O que podemos esperar de American Crime Story: The assassination of Gianni Versace

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Um dos formatos que mais vêm crescendo em popularidade ultimamente é o gênero conhecido como true crime, que consiste na criação de séries documentais sobre crimes que marcaram época e despertam curiosidade, conseguindo mostrar além do que era divulgado pelos tabloides. Ryan Murphy, já bastante conhecido por Glee e American Horror Story, apostou no gênero e é produtor executivo deAmerican Crime Story, que chega à sua segunda temporada contando a história do assassinato de Gianni Versace.

O crime aconteceu há 20 anos, quando o estilista foi assassinado à luz do dia por Andrew Cunanan, que se suicidou 8 dias depois do fato, para não se entregar às autoridades. O caso também ficou famoso por provar a ineficiência do sistema policial e investigativo norte-americano na época, já que o serial killer havia feito outras quatro vítimas antes de Versace e era considerado um dos 10 foragidos mais procurados pelo FBI. Mesmo assim, conseguiu morar em Miami por 2 meses sem ser capturado, mesmo usando seu nome verdadeiro para penhorar um objeto, o que poderia garantir que fosse rastreado.

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A série conta com um um elenco de peso: Édgar Ramírez, Penélope Cruz e Ricky Martin, interpretando Gianni, Donatella e Antonio D'Amico (parceiro de longa data de Versace), respectivamente. Mas talvez o grande destaque seja Darren Criss, que interpreta o garoto de programa e serial killer Andrew Cunanan. Famoso principalmente por sua participação em Glee, o ator conseguiu ficar idêntico ao assassino e demonstrou uma ótima atuação, pelo menos no primeiro episódio. Só nos resta aguardar os próximos e torcer para que Cruz tenha mais destaque, já que conseguiu entregar uma Donatella bastante fiel no sotaque e nos maneirismos, mais até do que na aparência física.

Um dos pontos positivos, além da caracterização dos personagens, é a riqueza de detalhes na ambientação da época. Murphy conseguiu reservar a antiga mansão de Versace, que atualmente funciona como um hotel, o que foi crucial para garantir uma atmosfera fiel à realidade e de acordo com a extravagância da marca. Aliás, vale citar que tudo o que cerca a família italiana é glamouroso e bonito, fazendo um contraponto direto com a realidade de Cunanan, que, pelo menos no primeiro episódio, se mostra sempre decadente e desajustada.

Talvez o que seja mais ousado na série, já bem claro desde o primeiro episódio, é que o protagonista é o assassino, e não a vítima. Em pouco mais de 50 minutos, conseguimos ter uma noção bem clara de quem são todos os personagens principais, suas personalidades e ambições, mas não do mesmo jeito como somos apresentados ao serial killer. Eu, que não estava familiarizada com o caso, fui envolvida pela narrativa e me surpreendi com a construção do personagem. Manipulador, mentiroso e completamente sem escrúpulos, fica clara a obsessão dele por Gianni, que parecia representar tudo o que ele sonhava em ser, mas não conseguia.

A produção foi rejeitada pela família Versace, que não garante a veracidade dos fatos e enfatiza que a série deva ser apreciada apenas como ficção. É por esse motivo, também, que a figurinista teve o grande desafio de encontrar roupas em brechós de luxo e até mesmo de reproduzir algumas peças icônicas, já que não recebeu apoio da grife. Murphy rebateu as críticas enfatizando que se baseou no livro que conta a história, publicado em 1999, e que tratou a família com respeito, o que até então parece verdade. Os Versace da série são cultos, fortes e têm uma ligação muito bonita.

A produção tem muitos elementos interessantes, garantindo que seja quase impossível não querer assistir ao resto depois do primeiro episódio.

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Este texto foi escrito por Juliana de Carvalho via n-Experts.

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