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Pequena Grande Vida: Matt Damon se perde em mundo miniatura (crítica)

schedule22/02/2018, às 18:00

Pequena Grande Vida, o novo filme estrelado por Matt Damon, tem uma premissa interessante. O longa apresenta um cenário no qual os avanços tecnológicos permitem encolher os seres humanos, o que parece como uma solução para as questões de habitação, lixo e comida no planeta.

A trama inicial trata da sustentabilidade em um nível social, mostrando como o personagem de Damon escolhe o encolhimento como uma alternativa para suas dificuldades financeiras (compartilhadas com sua esposa), enquanto coloca em xeque o próprio sistema capitalista.

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Há um excelente desenvolvimento dessas ideias na primeira metade do filme, quando vemos que os encolhidos deixam “pegadas” menores no ambiente, consomem um volume menor de comida e, consequentemente, têm um maior rendimento de suas finanças.

undefinedFonte da imagem: Divulgação/Paramount Pictures

Até esse ponto da narrativa, o longa-metragem vai bem. No entanto, o roteiro opta em seguida por explorar uma jornada de autodescobrimento do personagem e, ao mesmo tempo, buscar uma saída para o modelo capitalista através de um viés humanitário e assistencialista – o que se torna um problema.

Isso porque, após o encontro com o personagem de Christoph Waltz, o protagonista passa a entender que a lógica do capital continua ditando a tessitura social – mas isso não deveria ser uma surpresa; afinal, mesmo sendo um minimundo, esse universo permanece ligado ao planeta de tamanho natural.

Não satisfeito com essa percepção, o personagem parte em uma jornada ao lado de uma ex-militante ambientalista que foi encolhida como forma de punição. Apesar de suas boas intenções morais, o que vemos na tela são escolhas equivocadas que nos fazem perder a credibilidade com o protagonista.

undefinedFonte da imagem: Divulgação/Paramount Pictures

Sem entregar o desenvolvimento completo da narrativa, podemos dizer que o filme se encaminha - sofrivelmente - para uma ameaça de extinção, a descoberta de um romance (possivelmente o plot mais condenável nesta trama) e a salvação junto a um grupo de hippies economicamente privilegiado.

Ao final dessa jornada, a lembrança de como a história começou poderá chocar os espectadores. O que tinha tanto potencial no início acabou se perdendo no caminho, e pior, para chegar em lugar nenhum.

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