2ª temporada de American Crime Story mostra como surge um assassino

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ATENÇÃO: Contém spoilers deThe Assassination of Gianni Versace: American Crime Story.

Quem assistiu à The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story esperando ver em um lugar central o reconhecido estilista italiano, se enganou.

Depois de uma estrondosa primeira temporada contando a história de O.J. Simpson, a produção trouxe nos episódios veiculados de janeiro a março deste ano um relato sobre a morte de Gianni Versace, mas protagonizada por outra pessoa: seu assassino.

A temporada que terminou no último dia 21 de março mostra como uma pessoa aparentemente regular e típica vai se transformando em um criminoso e como histórias que poderiam ser muito parecidas acabam sendo completamente diferentes.

The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story acompanha Andrew Cunanan (Darren Criss) na trajetória que o leva a acabar com a vida do designer, interpretado por Edgar Ramirez.

"Nós nunca pensamos em fazer uma biografia de Versace, porque essa é sua incrível história de sucesso. Nós fizemos uma história de crime, e o crime dessa história é de Cunanan. E o que é interessante nesse caso é o simbolismo de Versace. O que ele representa, como ele superou tudo o que Andrew falhou em superar: a homofobia e a pobreza. Todas as coisas que fizeram Versace um sucesso, comparadas às coisas que fizeram Cunanan ser destrutivo", explicou o roteirista Tom Rob Smith ao The Hollywood Reporter.

Uma pessoa bastante complexa, com uma história de vida difícil, Cunanan intriga os norte-americanos até hoje pelo desfecho que decidiu dar à própria vida e que a série conta — embora alterando bastante a forma como isso acontece em nome da liberdade criativa da adaptação.

"A história de vida dele, o que seus pais fizeram. Diferentes pessoas conheciam diferentes versões dele, porque ele era muito específico com sua imagem e sua história. Eu penso que ele deve ter chegado a um ponto em que percebeu que, se fosse preso, aquela narrativa seria tirada dele, e a única forma de controlar isso e quase canonizar sua notoriedade seria se ele tirasse sua própria vida", completou.

Identidade e homofobia

Um dos pontos centrais da segunda temporada de American Crime Story gira em torno da homofobia, e essa é uma parte importante da constituição do assassino.

Por estar cristalizada na cultura da força policial, essa modalidade de preconceito impede que muitos casos sejam solucionados e, acima de tudo, afeta pessoas que acabam acumulando toda a raiva e a negatividade que ela implica.

Smith acredita que Cunanan tenha sido simplesmente vencido pela sociedade. Depois de ter sofrido com esse tipo de preconceito sua vida toda, ele concentrou a homofobia e foi se transformando em um monstro, em oposição ao que fez Versace, que transformou em beleza.

"Você está constrastando duas pessoas muito diferentes, mas com similaridades no começo: uma pessoa que era cheia de amor e criou tantas coisas e outra pesoa que se tornou um monstro. Isso, para mim, é uma das formas centrais da história", sugeriu.

Elaborada como American Crime Story já mostrou que consegue ser, a segunda temporada vem dando o que falar. Além da história coerente, ela conta ainda com um elenco incrível de coadjuvantes que incluem nomes como Penélope Cruz, Rick Martin e Dascha Polanco, entre outros.

Ansioso para ver?

Este texto foi escrito por Lu Belin via n-Experts.

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