Com escândalo sexual Harper Avery, Grey's Anatomy dá mais um passo polêmico

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ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS!

No episódio 14x20 de Grey's Anatomy, "Judgment Day", finalmente descobrimos o que a Fundação Harper Avery tinha para esconder por trás de um acordo de confidencialidade com a Dra. Froy. E a notícia não era nada boa.

Acontece que, apesar de seu brilhantismo como cirurgião, Harper Avery era um criminoso sexual, acusado por 13 mulheres de assédio e abuso.

Em mais um emblemático caso de "a arte imita a vida" na Shondaland, graças à abertura não intencional de Jackson (Jesse Williams), as mulheres finalmente encontram uma brecha para enfrentar um homem poderoso que abusou delas (ou, ao menos, seu legado, já que o médico já morreu).

Isso tudo lembra alguma coisa? Pois é, em franco andamento do movimento #metoo em Hollywood e surfando na onda das acusações contra Harvey Weinstein, Grey's Anatomy dá uma verdadeira aula de como lidar com uma situação de escândalo sexual.

Recompensando as vítimas, salvando a fundação

Na série de Shonda Rhimes, Jackson sem querer coloca a fundação inteira em risco quando termina um acordo de confidencialidade com a Dra. Froy, já que ela era uma das vítimas de seu avô. Acontece que, depois disso, todas as 13 mulheres ficaram liberadas para vir a público falar sobre o assunto.

Diante disso, Jackson cobra Catherine no episódio 21, "Bad Reputation", quando descobre que foi ela quem propôs os acordos às mulheres, com o objetivo de ocultar os casos. Mas veja só a resposta dela!

"Você não pode ficar aí parado me julgando! Trinta anos atrás, ser assediada no trabalho não era algo contra o qual podíamos protestar. Era algo que tínhamos que engolir junto com o café da manhã. Era parte do trabalho. E se nós fizessemos barulho, nos diziam que estávamos exagerando. E, na maioria das vezes, nós perdíamos o emprego e nossa reputação junto com ele. Eu não era quem eu sou hoje, eu não tinha então a voz que eu tenho agora. Eu tive que fazer escolhas. Eu poderia ficar lá e ver seu avô demitir aquelas mulheres e arrastá-las para a lama, ou eu poderia garantir que elas levassem algum dinheiro e continuassem de pé, tivessem um caminho para trilhar, seguissem em frente. Eu não estou com vergonha de mim mesma, Jackson, mas estou com vergonha do que o seu avô fez."

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Pois é! Uma verdadeira aula sobre misoginia no ambiente de trabalho e como a sociedade sempre encontra uma mulher para chamar de culpada.

Quando uma especialista em crise sugere que Catherine leve a culpa pelos acordos, Jackson e Meredith salvam o dia com uma ideia genial: transformar a fundação Harper Avery em Fundação Catherine Fox, com uma declaração à imprensa que promete "dar voz àquelas que foram silenciadas". A proposta é a seguinte: "Escutar e aprender com a história de cada mulher. Pagar, treinar e recontratar todas as vítimas de abuso de Harper Avery".

No episódio seguinte, "Fight for Your Mind", Jackson passa um dia inteiro assinando cheques de indenização e tentando repor ao menos em parte o que foi tirado das mulheres que seu avô assediou. Ele até cogita vender o iate que acabou de comprar.

Isso tudo porque, como a própria Shonda Rhimes já disse em diversas entrevistas nos últimos anos, sexo não deve ser um assunto tão sensível — especialmente quando a TV tem coragem de mostrar tiroteios e ferimentos pesados sem nenhum pudor. Segundo ela, trazer à tona assuntos como assédio sexual dá ao público elementos para lidar com seus próprios abusos.

Agora é esperar para ver se o caso vai ter mais desdobramentos ou se, a partir de agora, a série vai focar nas saídas de April (Sarah Drew) e Arizona (Jessica Capshaw).

Este texto foi escrito por Lu Belin via N-Experts.

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