Nikolaj Coster-Waldau, o Jaime Lannister, se despede de Game of Thrones

Nikolaj Coster-Waldau acaba de gravar sua última participação como Jaime Lannister de Game of Thrones. Em uma entrevista recente, o ator comentou que as cenas de que menos gosta, como foi o processo de concluir uma série tão grande e os recentes movimentos por igualdade em Hollywood.

Lembrando que a oitava e última temporada de Game of Thrones estreia em 2019, sem data exata divulgada até o momento. Além disso, a série vai contar com seis episódios, com duração maior do que estamos acostumados. Agora, em junho de 2018, as gravações devem estar chegando ao fim.

Nikolaj Coster-Waldau se despede de Jaime Lannister

Game of Thrones foi um divisor de águas na vida de Nikolaj Coster-Waldau. Nascido e criado na Dinamarca, o ator atuava em muitos filmes independentes europeus, e a série fez com que ele se tornasse um rostinho conhecido no mundo todo.

Desde 2011, Coster-Waldau interpreta o cavaleiro Lannister, que tem uma relação complicada e incestuosa com sua irmã Cersei (Lena Headey). Ao longo da trama, Jaime passa de vilão (ele que empurrou o Bran da torre, lembra?) para um guerreiro experiente que entende que, por mais que ame Cersei, a relação deles é extremamente tóxica, e eles precisam se afastar.

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Durante sete temporadas, fomos descobrindo que ele teve motivos para assassinar o Rei a quem jurou proteger — mesmo que custasse sua honra e fizesse com que carregasse para sempre o nome de Regicida. E claro, existe a sua relação de uma estranha lealdade com Brienne (Gwendoline Christie).

Em entrevista à Variety, o ator contou que estava gravando sua participação na última temporada, na Irlanda — as cenas não são filmadas na ordem, mas a última dele já foi feita. E sobre as marcas da produção em sua trajetória, ele deixa claro: "Eu acho que isso nunca vai sair da minha vida".

Game of Thrones vai ter um final à altura, garante ator

E claro, todos os fãs se preocupam com o final. Mas parece que dá para ficar tranquilo: o ator garante que os criadores D. B. Weiss e David Benioff fizeram um bom trabalho. "Eles não poderiam ter feito um trabalho melhor finalizando essa história. Nós nunca trabalhamos tanto. Nós gastamos duas vezes mais tempo gravando esses episódios do que nas duas temporadas anteriores inteiras. Nenhum gasto foi poupado. Estamos inteiros nisso."

Além disso, ele acha que Game of Thrones está evitando narrativas polêmicas e chocantes e priorizando o desenvolvimento do enredo. "Eu acho que é nisso que a série tem se mostrado muito boa."

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Apesar disso, ele chama atenção para a cena da morte da pequena Shireen (Kerry Ingram). A filha de Stannis Baratheon (Stephen Dillane) é queimada em sacrifício ao Deus Vermelho, em uma demonstração da influência de Melisandre sobre o rei.

"Foi simplesmente cruel. Eu entendo por que eles fizeram isso, mas não consegui assistir. Foi difícil até mesmo ler [no roteiro]." Mais uma cena com a qual o ator teve problemas foi a de Robin Arryn sendo amamentado até os 7 anos. "Foi tão estranho e errado em tantos níveis", disse ele.

Outra área na qual o ator elogiou a série foi o elenco; afinal, eles estão juntos desde que o episódio piloto foi gravado, há 9 anos. Mas ele garante que todos vão continuar juntos mesmo após a série. "Não havia nenhum c*zão na série. Isso com certeza é algo. Eu vou sentir saudade de todas essas pessoas, isso é uma certeza."

"Você vê a mudança acontecendo", diz ator sobre assédios em Hollywood

E como não poderia deixar de ser mencionado, perguntaram ao ator sobre igualdade de gênero em Hollywood. Isso tem se tornado uma pauta comum nas entrevistas desde o ano passado, quando centenas de denúncias de assédio e abusos começaram a vir à tona, expondo esse grande problema. Na entrevista de Nikolaj Coster-Waldau, dois movimentos foram citados: o Me Too e o Time's Up, organizações da indústria do entretenimento que lutam por igualdade salarial entre homens e mulheres, assim como um ambiente saudável sem assédios sexuais.

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"Mundialmente, existe muito trabalho a ser feito. Você ainda tem 150 países, mais até, onde existem leis discriminatórias contra mulheres. Mas parece que os tempos estão mudando, e de um jeito bom." Ele também espera que a sociedade possa olhar para a atualidade em 20 anos e pensar "Como essas coisas podiam acontecer naquela época? Por que as pessoas não fazem mais isso? Como as pessoas sequer funcionaram sob essas leis?".

"Ainda há um longo caminho a ser feito, mas você pode ver a mudança acontecendo. É uma dessas coisas que não têm jeito de voltar atrás, porque fazem sentido. Isso vai acontecer simplesmente porque é a coisa certa."

Este texto foi escrito por Verenna Klein via nexperts.