Em clima de despedida, equipe de Kimmy Schmidt relembra bastidores da série

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É triste, mas real: Unbreakable Kimmy Schmidt chegou ao fim. Os seis últimos episódios, que completam a quarta e derradeira temporada da série, foram liberados pela Netflix no último dia 25 de janeiro. A produção, que se consolidou como uma das mais bem-sucedidas comédias do streaming, vai deixar saudades.

Foi aproveitando o clima de despedida que Tina Fey e Robert Carlock, criadores de Kimmy, e o quarteto de ouro do elenco principal, formado por Ellie Kemper, Tituss Burgess, Carol Kane e Jane Krakowski, concederam entrevista à Entertainment Weekly relembrando os melhores momentos e os bastidores da produção.

Na ocasião, os seis contaram detalhes que nunca tinham vindo a público e revelaram como se sentem com o fim da série. Confira alguns trechos:

Uma história bem diferente

Você certamente se lembra que, no início da série, Kimmy é libertada depois de 15 anos presa em um abrigo mantido por um sequestrador. Essa história, porém, esteve a poucos passos de ser bem diferente. Antes de chegarem à ideia do sequestro e das “mulheres-toupeira”, Robert Carlock e Tina Fey tinham pensado em duas possibilidades alternativas para contar a história da personagem: na primeira, menos elaborada, ela seria alguém que volta de um coma prolongado. Na segunda, ela seria uma rebelde que se cansa das privações e decide fugir de um acampamento mantido por uma seita religiosa ultraconservadora. “Ficamos com a opção mais complexa”, brincou Carlock.

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Foto: Reprodução/IMDb

Apesar de desafiadora, a ideia de retratar Kimmy como a vítima de um sequestro tão peculiar teve suas motivações. Segundo Carlock, o rumo da história deu “ainda mais relevância [à série] por denunciar a maneira como muitas mulheres são vistas e tratadas. Queríamos escrever uma comédia sobre alguém que se reinventa depois de uma experiência ruim”, disse. No começo, nem a atriz Ellie Kemper levou o roteiro a sério. “Achei que fosse uma brincadeira, um teste. Mas essa é a magia por trás do que Tina e Robert fizeram: eles conseguiram transformar um enredo absurdo em uma história divertida, que não perde a conexão com a realidade”, disse a atriz.

Pluralidade enriqueceu a trama e uniu os atores

Para Carol Kane, que interpretou a divertida Lillian, o segredo de Unbreakable Kimmy Schmidt está na diversidade dos personagens. “As diferenças entre eles são imensas e, ao mesmo tempo, extraordinárias. Trabalhar essas distinções foi o nosso maior desafio. Confesso que não sei lidar bem com textos homogêneos demais”, comentou. Para Ellie Kemper, “os personagens de Kimmy são todos pessoas mais ou menos excluídas tentando vencer os obstáculos que a vida impõe. Acho que os espectadores se identificam com isso, com histórias de recomeço. O foco da série está no primeiro passo que damos depois de uma tragédia, na ideia de ir em frente”.

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Carlock complementou a fala das atrizes dizendo que todos os personagens vivem seus próprios sequestros metafóricos. “Lillian vive no passado; Titus não sai da concha, vive preso à personalidade que ele mesmo criou para se proteger tanto do fracasso quanto do medo que tem do sucesso, e Jacqueline nunca sai de sua gaiolinha dourada.” Além de enriquecer a história, a pluralidade de Kimmy fortaleceu os laços entre os atores. “A energia entre nós quatro no set foi obra do destino. É muito difícil ver um elenco se apaixonar de forma tão rápida por uma história”, revelou Tituss Burgess, que interpretou o inesquecível Titus Andromedon.

A sensibilidade de Tina Fey e Robert Carlock

Parte da responsabilidade por um set de gravação tão harmonioso recaiu, claro, sobre Tina Fey e Robert Carlock. Para a atriz Jane Krakowski, que deu vida à perua Jacqueline White, “Tina e Robert escrevem roteiros maravilhosos, mas também são pessoas incríveis, capazes de tornar o set um ambiente agradável e acolhedor, com uma atmosfera bastante familiar”. Aproveitando o clima, Ellie Kemper puxou a palavra para demonstrar a gratidão por ter vivido Kimmy Schmidt. “Ainda não acredito que tive a oportunidade de interpretar uma personagem tão doce e empolgante, dona de tanta força. Kimmy tem traços únicos que fazem dela alguém muito cativante”, disse.

Se, por um lado, Ellie Kemper vai sentir falta das sacadas brilhantes e da ternura de Kimmy, por outro, Jane Krakowski terá de se acostumar com a ausência de Jacqueline. “Ela realmente vinha passando por um processo difícil e, a cada temporada, precisava encontrar um novo jeito de se manter de pé. Vou sentir falta de brincar com as vulnerabilidades de Jacqueline”, revelou. “Tivemos cenas memoráveis e surpreendentes em Kimmy Schmidt. É uma série que consegue ser completamente alienada e histérica em um minuto, mas, no instante seguinte, joga um monte de verdades super-honestas na sua cara. Ela veio no momento certo”, completou.

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O texto é mesmo um dos trunfos da série. Que o diga Carol Kane, para quem “é preciso assistir a Kimmy Schmidt pelo menos dez vezes até você pegar todas as piadas”. A atriz confidenciou que, às vezes, sequer entendia as tiradas escritas pelos roteiristas, e que recorria a eles para desvendar o que havia por trás de uma frase ou outra. “As piadas são muito precisas e bem direcionadas. Esse é o grande desafio, a coisa mais estimulante e rara de todas, e da qual vou sentir muita falta”, disse. Burgess concordou: “É difícil, afinal, precisamos acertar no ponto da interpretação. Nós não improvisávamos, então tínhamos de ser certeiros na hora das gravações”, revelou.

Ao que tudo indica, a história de Unbreakable Kimmy Schmidt pode ganhar uma continuação, ainda que rápida. Como adiantamos aqui, a Netflix segue negociando a produção de um longa-metragem que encerrará, de fato, a trama de Kimmy, Titus, Lillian e Jacqueline.

Este texto foi escrito por Rodrigo Sánchez via nexperts.

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