Criador de Supernatural revela suas ideias iniciais para a série
Supernatural é hoje uma das produções de TV mais queridas pelo público e ostenta marcas capazes de fazer inveja a qualquer programa. Há 14 anos no ar, é a série mais longeva da história da CW e chegou neste mês (fevereiro) ao número de 300 episódios exibidos.
E isso com uma fórmula relativamente simples, que mistura horror e humor, a partir das aventuras (e dramas pessoais e familiares) de dois irmãos dedicados a caçar lendas urbanas, fantasmas, monstros e outras entidades sobrenaturais.
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Em comemoração à marca de 300 episódios, o criador de Supernatural, Eric Kripke, usou seu perfil no Twitter para divulgar, pela primeira vez, documentos escritos em 2004, quando ainda estava procurando emissoras interessadas em produzir a série. Kripke publicou sinopses dos primeiros episódios e também o pitch que escreveu para explicar do que se tratava a história dos irmãos Winchester.
“Em honra ao #SPN300, aqui está meu pitch original de #SPN de 2004. A história do piloto é bem diferente, mas o tom sempre esteve claro para mim. Eu nunca poderia imaginar o que esse programa se tornou e o quão bem feito é. Sou mais do que grato a todos vocês”, escreveu Kripke na rede social.
O pitch é uma espécie de apresentação do conceito, personagens e universo do programa, feita pessoalmente ou por escrito, para pessoas interessadas em produzir a série. Por isso, precisa ser bastante claro e convincente, já que geralmente os executivos de emissoras ou estúdios têm pouco tempo para ouvir (ou ler) a proposta, que concorre com outras centenas de ideias.
O documento de quatro páginas divulgado por Eric Kripke mostra que ele fez mesmo o dever de casa e que muitas das ideias iniciais para Supernatural foram levadas a cabo. “Em uma frase, isto é Arquivo X encontra Rota 66”, afirma Kripke na primeira sentença do pitch.
“Dois irmãos, cruzando estradas empoeiradas do interior em seu fiel Mustang 64, lutando contra as coisas que surgem durante a noite. Mas muito mais do que isto, trata-se de um programa sobre uma obsessão minha”, escreve o criador da série logo em seguida.
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Kripke então fala sobre as mais variadas histórias de lendas urbanas que são contadas principalmente no interior do país e que cresceu ouvindo quando criança. Essas histórias, sobre pactos com o demônio e seres sobrenaturais que vivem nas florestas, formam um folclore “tão exclusivamente americano quanto o baseball”, defende.
Para Kripke, Supernatural se diferenciaria de outras séries de horror por ser uma espécie de road movie sobrenatural, passado não em uma cidade ou região em específico, mas em todo o país, trazendo à tona histórias obscuras dos mais variados cantos dos Estados Unidos.
No pitch, o criador de Supernatural volta a citar Arquivo X, afirmando que Supernatural seria um programa “mais colorido, mais visceral e mais irreverente”. “O humor aqui é extremamente importante para mim, mas ele tem que surgir dos personagens e de suas atitudes. Os personagens podem ser divertidos, mas as histórias semanais têm de ser bem assustadoras — estou falando de O Chamado, de como o que você não vê pode ser muito mais aterrorizante do que o que você vê”, explica Kripke.
Em seguida, ele aborda os dois protagonistas, os irmãos Sam e Dean Winchester, papéis que definiriam futuramente as carreiras de Jared Padalecki e Jensen Ackles, respectivamente. Sam é descrito por Kripke como o Luke Skywalker da série: um sujeito “divertido, boa-pinta e inteligente”. “Se Sam é o bom garoto, Dean é o encrenqueiro. Se Sam é Luke Skywalker, Dean é Han Solo”, escreve o criador de Supernatural.
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Ao fim, Eric Kripke defende a proposta de a série ter episódios fechados em si, em que os irmãos buscam, a cada semana, monstros e aparições diferentes para combater, sempre a fim de vingar a morte de seus pais.
“Como eles matam essas coisas? A resposta: eles não têm a mínima ideia. Eles estão por conta. A cada semana, precisam entender primeiro com o que estão lidando e, depois, como vão conseguir matar essa coisa. Na maior parte do tempo, eles se enganam e precisam improvisar”, afirma Kripke.
Este texto foi escrito por Rafael Waltrick via nexpets.
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