Neon Genesis Evangelion: entenda o final da série

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Um dos animes mais influentes de todos os tempos chegou à Netflix. Neon Genesis Evangelion mistura elementos clássicos das animações japonesas com temas religiosos, unindo Mechas e Anjos em uma saga de 26 episódios que deixa muita gente confusa no final.

Se você é uma das pessoas que acabaram de assistir a Evangelion e não entenderam como acabou, continue lendo, pois tentaremos explicar.

https://tm.ibxk.com.br/2019/06/28/28164020787064.jpg" alt="(Fonte: TV Tokyo/Netflix)

O que começa como uma batalha de robôs gigantes contra monstros muda de figura mais ou menos na metade do anime. Traumas, falta de confiança e outros problemas pessoais dos personagens passam a ganhar maior visibilidade, o que é importante para construir o final. A trama dos últimos acontece ao redor do projeto da Instrumentalidade Humana, conduzido pelos membros da organização SEELE (importante ressaltar que seele é a palavra alemã para alma).

Esse projeto tem como objetivo forçar a evolução humana, a partir do Terceiro Impacto, fazendo com que todas as almas se fundam em um único ser, o que faria com que a espécie humana, como conhecemos, fosse efetivamente destruída. Não enxergamos, entretanto, a Instrumentalidade Humana acontecendo durante os episódios, mas ela pode ser vista no filme posterior, The End of Evangelion (1997), que também está disponível na Netflix e é uma versão alternativa para os últimos dois episódios da série.

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Enquanto a Instrumentalidade acontece, os capítulos finais ficam bastante introspectivos e, lembrando do enfoque nos problemas pessoais, os personagens são confrontados por seus próprios traumas e motivações de vida. Para Asuka, são sua mãe e sua profunda insegurança e medo do fracasso; para Misato, são a sua frustração com os pais e seus próprios sentimentos confusos em relação a Shinji; e para Shinji é o isolamento mental que ele mesmo criou para evitar se machucar devido à morte da mãe e ao abandono do pai.

Shinji retoma um pensamento do início da série: ele não deve fugir. Isso se aplica para ele mesmo e para as pessoas ao seu redor. Shinji é apresentado a versões alternativas de sua vida, mas, ao final, escolhe ser ele mesmo. Ele entende que precisa aprender a amar a si mesmo, apesar de tudo o que aconteceu na sua vida, e deixar que os outros se aproximem, por isso a série termina com Shinji rodeado por seus amigos, que o parabenizam.

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(Fonte: TV Tokyo/Netflix)

É preciso entender que existem motivos para o final ter sido dessa forma. O orçamento apertado para os últimos episódios fez com que a equipe precisasse encontrar alternativas mais baratas na animação. Outra razão é que Hideaki Anno, o criador de Evangelion, não havia escrito um final para a história e ela precisava acabar, por isso existem finais diferentes e os filmes que foram lançados após o término da série dão contextos e perspectivas diferentes.

Anno sofreu com depressão clínica por muito tempo e isso se reflete na história de Neon Genesis Evangelion, já que escrever sobre isso o ajudava. Ele também se interessa bastante por psicologia e psicanálise, o que influenciou suas criações. Ao abandonar a narrativa lógica e entrar na mente de Shinji, Anno pode explorar os pensamentos difíceis, pesados e assustadores que uma pessoa com depressão tem, e o final é como uma luz no fim do túnel, quando ele escolhe a vida, o amor e a amizade.

Você assistiu aNeon Genesis Evangelion? Gostou do final ou preferia que tivesse sido diferente? Conte a sua perspectiva nos comentários.

Este texto foi escrito por Carolina Bernardi via nexperts.

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