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Deixe a Neve Cair aquece o coração com clichês teens (Crítica)

schedule12/11/2019, às 19:30

<p>Ent&atilde;o &eacute; (quase) Natal, e o que a Netflix fez? Adaptou a obra liter&aacute;ria hom&ocirc;nima <em>Deixe a Neve Cair </em>(2013), escrita por John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle, para monitores, TVs e dispositivos m&oacute;veis, seguindo o fluxo da tradicional avalanche de conte&uacute;do natalino que toma conta de nossos lares durante esse per&iacute;odo. Mas ser&aacute; que a adapta&ccedil;&atilde;o &eacute; um presente inesquec&iacute;vel ou apenas uma decep&ccedil;&atilde;o empacotada com o la&ccedil;o vermelho da gigante do streaming?</p>
<p>O cen&aacute;rio &eacute; Waffle Town, &eacute; v&eacute;spera de Natal e uma nevasca dificulta o deslocamento pelo lugar, for&ccedil;ando amizades, dilemas e romances em tr&ecirc;s hist&oacute;rias adolescentes que despertam familiaridade pelos clich&ecirc;s do g&ecirc;nero, mas que encontram seu valor. A dire&ccedil;&atilde;o &eacute; do novato Luke Snellin, que carrega os opacos <em>Wanderlust</em> (2018) e <em>Banana </em>(2015) em seu portf&oacute;lio. Sua vers&atilde;o de <em>Deixe a Neve Cair</em> segue parcialmente a ess&ecirc;ncia do livro e toma liberdades para criar complementos narrativos que situam o espectador em tem&aacute;ticas atuais, como smartphones e redes sociais. Os contos se entrela&ccedil;am em 1h33m e s&atilde;o facilmente compreendidos devido ao tom leve adotado pela dire&ccedil;&atilde;o em conjunto com as envolventes atua&ccedil;&otilde;es de um elenco escolhido a dedo.</p>
<figure class="image align-center"><img src="../../images/tmp/49786/11190651249487.jpg" alt="" width="2018" height="1134" />
<figcaption>(Fonte: Netflix/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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<p>No conto "O Expresso Jubileu", Isabela Merced e Shameik Moore protagonizam o casal que apresenta uma densidade mais corp&oacute;rea em sua constru&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m da boa qu&iacute;mica, a dualidade entre eles &eacute; sensitiva e capaz de justificar todos os entraves que a eles s&atilde;o postos at&eacute; a conclus&atilde;o. Em "O Milagre da Torcida de Natal", no entanto, h&aacute; uma altern&acirc;ncia nos holofotes em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; obra original, e o tri&acirc;ngulo amoroso vivido por Mitchell Hope, Kiernan Shipka e Matthew Noszka &eacute; meramente funcional e reticente; o que se destaca &eacute; a dosagem um pouco mais elevada no quesito aventura. J&aacute; em "O Santo Padroeiro dos Porcos", Odeya Rush e Liv Hewson seguem dilemas distintos, tocados de forma rasa e que, de alguma forma, conseguem se complementar perto do fim.</p>
<p>Ali&aacute;s, falando em complementa&ccedil;&atilde;o, &eacute; justamente esse fator que gera a magia do longa. Se existem disfuncionalidades em determinados pontos, s&atilde;o preenchidas quando os contos se cruzam &mdash; e aqui se sobressaem os personagens interpretados por Jacob Batalon, Joan Cusack e Anna Akana, por exemplo, respons&aacute;veis por algumas pontes importantes, mesmo com tempo &iacute;nfimo de tela. E &eacute; claro: se a obra &eacute; voltada para o universo adolescente, n&atilde;o podia faltar uma grande festa no fim, pensada carinhosamente para unir as tribos e afagar o cora&ccedil;&atilde;o do espectador. S&atilde;o momentos em que voc&ecirc; se sente acolhido e, dependendo do n&iacute;vel de afetividade, algumas l&aacute;grimas podem escorrer pelo rosto.</p>
<figure class="image align-center"><img src="../../images/tmp/49786/11190503375485.jpg" alt="" width="2400" height="1350" />
<figcaption>(Fonte: Netflix/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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<p><em>Deixe a Neve Cair</em> &eacute; um despretensioso apanhado de subtramas adolescentes que cumpre seu papel em ser afetuoso por transmitir importantes mensagens n&atilde;o exclusivamente natalinas, mas que servem para a vida de modo geral, sobretudo ao jovem rec&eacute;m-chegado na vida adulta. Excelente pedida para quem procura escapismo com conota&ccedil;&atilde;o positiva, embora seja muito prov&aacute;vel que voc&ecirc; assista hoje e esque&ccedil;a no dia seguinte. De certa forma, um grato presente sob a &aacute;rvore dos assinantes da Netflix.</p>
<p><em>Este texto foi escrito por&nbsp;Fabr&iacute;cio Calixto via nexperts.</em></p>
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