Elite: 3ª temporada mantém identidade das anteriores (REVIEW)

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No dia 13 de março, estreou a 3ª temporada de Elite, a série original da Netflix que traz um grupo de jovens estudantes da Las Encinas, uma rica escola da Espanha, que estão envolvidos em uma trama de traições e assassinatos.

(Fonte: Netflix/Divulgação)
(Fonte: Netflix/Divulgação)

Após o tenso e surpreendente final da 2ª temporada, a série retorna com um novo mistério para ser solucionado. Polo, interpretado por Álvaro Rico, é vítima de assassinato e seus colegas de classe são os suspeitos.

Pé na realidade

O grande destaque da nova temporada da série é que ela consegue manter os pés no chão em relação à trama. Os primeiros anos da série conseguiu construir bem a personalidade de cada um dos alunos, e a 3ª temporada se mantém fiel a isso, bebendo diretamente da sua rica fonte, sem a necessidade de inventar muito e, ainda assim, conseguindo ser interessante e pouco repetitiva.

Em paralelo à trama do assassinato de Polo, Elite consegue se aprofundar em temas adolescentes como poucas séries do mesmo estilo conseguem. A violência, os dramas familiares, o abuso de drogas, os conturbados relacionamentos com os colegas de escola, além da representatividade que a série trouxe desde o início, com personagens homossexuais e de outras etnias tendo que lidar com a difícil adaptação aos novos costumes do país europeu.

Mesmo trazendo personagens da “elite” econômica, o que poderia tornar a série menos empática, já que essa não é a realidade da maioria dos adolescentes, a série consegue traçar paralelos interessantes ao mostrar que não importa a sua situação financeira, todos estão sujeitos aos mesmos problemas.

A trama

Diferentemente das temporadas anteriores, em que os mistérios e crimes acontecidos não tinham testemunhas, o assassinato de Polo acontece no meio de uma casa noturna recheada de pessoas.

Polo foi liberado após pagar fiança. Todos se voltam contra ele, menos Cayetana, que está apaixonada por ele.

O destaque fica por conta de duas personagens femininas, Lucrecia e Carla, que está envolvida na trama suja do ex-namorado, Polo, desde o início. Na nova temporada ela continua tentando — e por muitas vezes conseguindo — manipular seus colegas e familiares.

A personagem se vê tão envolvida em suas falsas emoções que, por muitas vezes, se perde entre elas, tendo dificuldade em enxergar o que é real e o que é falso em seus relacionamentos.

Já Lu, uma personagem inicialmente superficial, conseguiu crescer na 2ª temporada e agora se mostra madura como nunca. Principalmente por fazer uma inesperada amizade com Nadia, sua antiga rival na luta por uma bolsa de estudos para os Estados Unidos — e também pelo coração de Guzmán.

Ao contrário da 2ª temporada, que gastou bastante tempo apresentando os novos personagens inseridos na trama, a 3ª temporada apresenta os novatos de maneira mais rápida, sem enrolação, focando naquilo que o público realmente quer ver, que é a trama principal do assassinato e os motivos pelo qual ele aconteceu.

Conclusão

A 3ª temporada de Elite consegue prender a atenção do público, que por diversas vezes pode acabar torcendo por um personagem — ou odiando outro. Ao contrário da temporada anterior, ela não tenta inovar demais e trazer novos elementos ao universo da série e foca em se aprofundar naquilo que já foi desenvolvido no início.

Com uma trama inteligente e com assuntos relevantes, Elite consegue entregar o que promete de uma maneira convincente.

Texto escrito por Marcelo de Morais via Nexperts.

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