Paradoxo de Bootstrap: entenda a teoria científica explorada em Dark

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O final da 3ª temporada de Dark na Netflix gerou vários discussões pela internet, além de algumas teorias e investigações mais aprofundadas sobre o que eram alguns dos conceitos trabalhados em tela. Um deles é o Paradoxo de Bootstrap, que, inclusive, é mencionado ao longo dos episódios por um dos personagens. Com ele, fica mais fácil entender o fim de Dark!

Em linhas gerais, bootstrap se refere à frase em inglês “pulling yourself up by your bootstraps“, que, em uma tradução livre, significa “puxar-se a si mesmo pela alças de suas botas”. 

Esse paradoxo remete à lógica que a série Dark apresenta em suas três temporadas. Objetos, fatos e até pessoas podem existir em determinada época sem terem sido criados. Nesse sentido, a série questiona: como pode algo ter influência direta sobre sua própria origem?

Atenção: spoilers à frente!

(Reprodução) Netflix/Reprodução

Como o Paradoxo de Bootstrap funciona em Dark 3?

Vamos imaginar uma situação em que você está intrigado com as viagens no tempo, como H.G. Tannhaus também estava em Dark. Eis que você recebe um livro contendo informações e conceitos que lhe ajudariam a realizar a construção de uma máquina do tempo e também outras teorias sobre o tema. Você, então, estuda a respeito daquilo e assume a autoria do livro.

Em Dark, Tannhaus só publicou seu livro graças à Claudia Tiedemann, que viajou no tempo para lhe dar um exemplar de presente. Aonde estava a origem do livro, então? Se ele não tivesse sido publicado, Claudia não teria lhe entregado no passado e ele Tannhaus não o teria publicado. Faz sentido? 

De alguma forma, mesmo existindo, o livro não teria sido escrito por ninguém. Ou seja, o Paradoxo de Bootstrap cria um looping temporal no qual é impossível definir o ponto de origem. 

(Reprodução) Netflix/Reprodução

Por abordar diferentes questões temporais, Dark mostra esse paradoxo em diversas outras ocasiões e relações entre personagens. Um outro exemplo na trama é quando Charlotte Doppler, na 2ª temporada, descobre que sua filha, Elisabeth Doppler, na verdade, é sua mãe.

A criação de um ciclo infinito questiona a origem dos seres e, de alguma forma, não podemos saber quem veio primeiro ou quem surgiu a partir de quem, já que o tempo consegue brincar com essas reviravoltas. 

Um paradoxo, por natureza, é um ciclo que faz questionar a sucessão lógica. E, para as leis da física, as viagens no tempo se tornam impossíveis por conta disso.

Outras obras da ficção já usaram desse tipo de paradoxo, mas foi em Dark que isso foi mais explorado. E com a 3ª temporada de Dark, bootstrap foi elevada a todas as potências!

Texto escrito por Matheus Rocha da Silva via Nexperts.

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