Divisão de games não seria suficiente para sustentar a Microsoft em um eventual colapso

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(Fonte da imagem: Reprodução/FinanceYahoo)

Há mais ou menos um ano, projetava-se um apanhado de cenários econômicos hipotéticos que poderia significar o colapso dos negócios da Microsoft. Claro que tudo não passou de uma série de suposições, que configuraram o que o Yahoo Finances chamou de “o pesadelo de Ballmer”. No entanto, depois de um ano com inúmeras atribulações da economia mundial, pode ser que o pesadelo de Steve Ballmer — CEO da Microsoft — esteja se concretizando.

No que se refere ao mundo dos games, o pior cenário possível para a Microsoft seria se o Xbox 360 tivesse a missão de sanar os buracos deixados pelo colapso de outros produtos principais da companhia, como o Office ou o Windows. O console se tornaria o principal produto da empresa, as pessoas continuariam comprando-o, principalmente junto com o Kinect, o que seria uma grande chance da companhia marcar presença na sala de estar das residências.

Porém, para uma empresa do porte da Microsoft, o Xbox não tem cacife suficiente para sustentar tudo sozinho. Ao todo, a companhia teve mais de US$ 21 bilhões (mais de R$ 42 bilhões, de acordo com a cotação do dia) em operações comerciais durante o ano passado. Disso, “somente” US$ 364 milhões é proveniente das negociações da divisão de Entretenimento e Dispositivos — que cuida das movimentações do Xbox 360.

O Xbox é forte, mas não é o Hulk

(Fonte da imagem: Divulgação/Microsoft)

Então, por mais legais que a plataforma e o Kinect possam ser e por mais relevantes que os números que eles movimentam no mercado financeiro sejam, a divisão de games ainda não é possante o suficiente para segurar a empresa inteira nas costas. Caso a Microsoft entrasse em um colapso, certamente não haveria mais recursos para continuar investindo em tecnologia e em novos produtos.

Assim, a família Xbox não seria capaz de suprir as necessidades da empresa-mãe e, por conseguinte, fatalmente teríamos uma enorme perda na qualidade do mercado de video games. Claro que a indústria de jogos está pulsando a todo o vapor e o console da Microsoft seria vítima de perdas em outros segmentos da empresa. E mesmo com toda a improbabilidade de isso acontecer, é melhor Ballmer abrir o olho, pois o cenário econômico mundial já esteve melhor para a Microsoft. Vamos torcer para que a empresa nunca precise se apoiar totalmente sobre os seus games.

Via BJ

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