Qual é a relação da taxa Selic com o reajuste do aluguel?

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Imagem: Pexels/Lukas/Reprodução

Quem aluga uma casa para morar ou conta com a renda de um imóvel alugado deve ficar atento sempre aos indicadores de mercado que podem influenciar no reajuste do aluguel. Entre tantas siglas, a taxa Selic chama bastante atenção por estar presente no noticiário financeiro, independente do assunto tratado.

Isso acontece porque o índice é considerado a taxa de juros básica da economia brasileira, com efeitos em tudo que é negociado no país. Contudo, o grau de impacto não é igual em todos os setores e varia de acordo com cada produto ou serviço.

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Entenda qual é a relação da Selic com o reajuste do aluguel.

Como a Selic impacta no mercado imobiliário?

(Fonte: Pexels/Luis Yanez/Reprodução)(Fonte: Pexels/Luis Yanez/Reprodução)Fonte:  Pexels/Luis Yanez/Reprodução 

A Selic não tem uma relação direta com o financiamento imobiliário, mas seus efeitos são sentidos rapidamente por quem utilizou o crédito para comprar um imóvel. No entanto, o Custo Efetivo Total (CET), que envolve todos os juros, encargos e impostos pagos juntos com a parcela, é influenciado por ela.

A taxa básica de juros saiu de 2% ao ano em fevereiro de 2021 para 10,75% ao ano no mesmo mês de 2022. No mesmo período, os juros médios cobrados pelos bancos no crédito imobiliário aumentou de 6,96% para 9,33%, de acordo com o site MelhorTaxa. Essa diferença de 2,37 ponto percentual aumenta a dívida final e torna mais caras as parcelas do financiamento.

Como calcular o reajuste do aluguel?

(Fonte: Pexels/Oleg Magni/Reprodução)(Fonte: Pexels/Oleg Magni/Reprodução)Fonte:  Pexels/Oleg Magni/Reprodução 

Os contratos de aluguel preveem, geralmente, o reajuste pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). O indicador foi criado pela Fundação Getulio Vargas nos anos 1940 e considera a variação de preços de serviços e bens da indústria, agricultura e construção civil. Na prática, funciona como medidor do nível da atividade econômica.

Em março, a inflação medida pelo IGP-M ficou em 1,74%, apresentação uma desaceleração em relação aos meses anteriores, quando registrou 1,83% (em fevereiro) e 1,82% (em janeiro). A taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em 14,77%. Isso quer dizer que um aluguel que custava R$ 1.000 deve passar para R$ 1477,00 quando aplicado o reajuste anual.

Se o aluguel é reajustado pelo IGP-M, qual a influência da Selic?

(Fonte: Pixabay/Lalmch/Reprodução)(Fonte: Pixabay/Lalmch/Reprodução)Fonte:  Pixabay/Lalmch/Reprodução 

O reajuste do aluguel em combinação com a variação da Selic pode influenciar, de forma implícita, a decisão dos inquilinos e proprietários em manter o contrato em vigor. Com isso, existem impactos diferentes a curto e a longo prazo no mercado.

Se o IGP-M estiver muito alto e houver um cenário de baixa da taxa básica de juros, torna-se mais interessante para o locatário abandonar o imóvel alugado para financiar um bem próprio. A longo prazo, esse cenário tende a aumentar a oferta de bens disponíveis para alugar, o que tende a pressionar os valores para baixo.

No sentido inverso, com uma inflação mais baixa e os juros mais altos, os locadores podem resolver se desfazer do imóvel para realizar um investimento do valor da venda em uma aplicação com remuneração mais alta. Esse conceito econômico é conhecido como “custo de oportunidade”. Com menos imóveis no mercado, a tendência é que o aluguel suba.

Mas calma, o reajuste não é automático!

Todas essas relações são complexas e envolvem múltiplas variáveis, como a dinâmica do próprio mercado imobiliário local. No final das contas, os contratos são negociados diretamente entre proprietários e locatários. Mesmo com o IGP-M ou a taxa Selic mais altos, o valor pago pelo aluguel pode continuar o mesmo ou ter um reajuste mais tímido.

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