Zuckerberg faz previsões sobre o futuro da internet e das redes sociais

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Imagem: Facebook/Q&A with Mark

Visitando Bogotá, na Colômbia, para a inauguração da Internet.org – ONG que busca conectar a população mundial que ainda não tem acesso à rede mundial – no país, Mark Zuckerberg aproveitou para fazer uma sessão de perguntas e respostas com o público. Questionado sobre como será o Facebook daqui há 10 anos, ele falou sobre o futuro das redes sociais e da internet em geral.

Segundo o CEO, a internet deve seguir algumas tendências que vão mudar bastante a forma como interagimos com ela dentro de uma década. Zuckerberg acredita que as principais alterações podem ser resumidas em três tópicos simples:

  • Vai haver muito mais gente na internet;
  • Será mais provável enviarmos mensagens para outras pessoas por fotos ou mensageiros online do que por SMS ou a interface clássica da web;
  • O futuro da computação será baseado em realidade aumentada, proporcionando comunicação sem distrações e com a cabeça erguida.

Caminho da tecnologia

As duas primeiras previsões de Zuckerberg não são muito surpreendentes. Estimativas recentes indicam que o número de pessoas conectadas deve aumentar consideravelmente até 2018, chegando as 526 milhões de internautas apenas na Índia – o dobro da base atual do país. O mesmo crescimento acelerado vem acontecendo em formas alternativas de mensagem, com o WhatsApp superando o uso do SMS e o Snapchat chegando as 100 milhões de usuários.

Mais interessante, no entanto, é a questão do surgimento de outras plataformas capazes de incorporar a realidade aumentada e fornecer comunicação de uma forma mais natural que a possível com os smartphones atuais. “Acho que é bem fácil imaginar que no futuro vamos ter algo que podemos vestir – e que vai parecer com óculos normais, então não vai ser esquisito como algumas coisas que já temos hoje”, afirmou Zuckerberg.

Ele acredita que, nesse futuro, as pessoas poderão ficar atentas ao contexto que as cerca, vão conseguir se comunicar com pessoas que não estão fisicamente próximas e, ao mesmo tempo, não terão que interromper suas conversas ao ficar olhando para baixo o tempo todo. Com relação a essa visão, o CEO afirmou que a companhia de realidade virtual Oculus poderia ser uma parte essencial para a implantação dessa tecnologia de realidade aumentada.

Mais por menos

Durante a sessão de perguntas e respostas, o CEO do Facebook também ressaltou as melhorias no aplicativo mobile da rede social, que segundo ele hoje usa 10% da quantidade de dados de que necessitava há um ano e meio, ao mesmo tempo em que se tornou dez vezes mais rápido. Zuckerberg afirmou que isso é especialmente bom para pessoas em países com acesso lento ou limitado à internet, que podem ter uma experiência melhor com o app.

O executivo acredita que é difícil para os engenheiros do Vale do Silício entender como é a relação dos usuários com a internet e outras partes do mundo. Enquanto em lugares como a Índia a velocidade da conexão é muito menor do que nos Estados Unidos, a experiência também pode ser bem mais rápida em países como a Coreia do Sul.

Por esse motivo, Zuckerberg acredita ser necessário que as empresas que desenvolvem aplicativos entendam melhor a realidade dos seus usuários. É justamente com esse objetivo que o Facebook criou um laboratório em que imita as velocidades de internet disponíveis em outros países, espaço esse que torna disponível para outras companhias de tecnologia.

E você, acha que as previsões de Zuckerberg fazem sentido? Acredita que o Facebook está tomando as medidas necessárias para garantir seu espaço no futuro? Deixe sua opinião nos comentários.

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