Como é a experiência de trocar o Mac pelo PC - Parte 2

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Imagem: PC World

Na primeira parte deste especial, eu contei como foi a minha tragédia pessoal de perder um MacBook por conta de um vacilo, voltar a usar Windows e, poucos anos depois, comprar um novo MacBook, que teve seu teclado danificado graças a um inesperado xixi de gato. Agora, a segunda parte traz considerações importantes a serem feitas na hora de escolher seu novo notebook para substituir um Macbook.

Notebooks com Windows estão disponíveis em uma enorme variedade de fabricantes e modelos no mercado - diferentemente dos MacBooks, que se limitam a uma linha mais compacta de produtos. E com tantas opções à sua frente, às vezes fica difícil escolher qual a melhor para você (em especial se considerarmos um caso como o meu, em que precisei arrumar uma nova máquina de um dia para o outro para continuar trabalhando normalmente). Ainda, quem está usando Mac há muito tempo pode se ver um tanto quanto perdido nessa missão, já que provavelmente não tem muita familiaridade com os computadores da concorrência.

Para quem ainda tem um MacBook funcionando, tente um dual-boot com Windows

Essa dica vale somente para quem ainda tem seu MacBook funcionando: você pode se familiarizar com o sistema operacional da Microsoft antes de comprar uma nova máquina. Para isso, basta usar o Boot Camp Assistant, que permite aos computadores da Maçã terem um dual-boot com Windows.

Definindo suas necessidades

Antes de se deixar levar pela ansiedade e comprar aquele notebook que seu amigo recomendou, é preciso ter bem definidas quais são suas necessidades para com essa máquina. Que recursos você acha indispensáveis em seu Mac, e quais as alternativas que o Windows oferece? Você usará o novo notebook somente para o dia a dia, ou a máquina também servirá para trabalhar? As ferramentas que você utiliza para o seu trabalho no Mac também estão disponíveis no Windows?

Essas são apenas algumas questões a se considerar antes de escolher o modelo de seu novo notebook. Por exemplo, se você usa o Mac em conjunto com um iPad para trabalhar, será que não vale a pena investir em um notebook que também possa ser usado como tablet? Uma boa opção para este caso é o Surface Pro, da Microsoft, que pode ser usado tanto como um notebook, quanto como um tablet.

A CPU é muito importante

Usuários de Mac não têm muitas opções de CPUs para escolher, já que a Apple costuma trabalhar basicamente com a Intel. Já com PCs e notebooks com Windows, a variedade de fabricantes e modelos de processadores é enorme.

Caso você precise de uma máquina para jogar ou trabalhar com softwares pesados de edição de vídeos, por exemplo, o mais recomendado é investir em um computador com processador Core i7 para ter a certeza de que a máquina vai “segurar o tranco”. Já para quem usa programas de edição de imagens e dá uma jogadinha de vez em quando, um Core i5 pode atender às suas necessidades tranquilamente.

Memória e armazenamento não devem ser desconsiderados

Muitos “micreiros” seguem a máxima que diz: quando o assunto é memória RAM e espaço em disco, compre o máximo que seu bolso permitir. Quanto mais capacidade de memória você puder adicionar à sua máquina, mais rapidamente o sistema trabalhará (especialmente quando estiver com muitos programas abertos simultaneamente). E o mesmo vale para a capacidade do HD, que, quanto maior, mais arquivos caberão sem que seja necessário ficar fazendo backups em HDs externas e mídias físicas.

Ah, e vale a pena investir em SSDs no lugar dos tradicionais discos rígidos, já que essa nova tecnologia é mais silenciosa e o SSD acessa a memória flash mais rapidamente, tornando o uso do computador mais veloz. Além disso, um SSD é mais estável e resistente do que um HD convencional - sendo atualmente a melhor opção de armazenamento para notebooks.

Fique ligado aos gráficos e à qualidade do display

Existem notebooks com telas entre 10 e 17 polegadas (e há pouco tempo a Acer lançou o Predator 21 X, que tem uma tela curva monstruosa de 21 polegadas). Para determinar qual o tamanho do display é o mais adequado para o seu caso, basta pensar no uso que você faz da máquina. Por exemplo, quem trabalha editando fotos, criando designs ou precisa trabalhar com softwares diferentes abertos na mesma tela, acabará se sentindo melhor com displays maiores.

É preciso ter em mente que, quanto maiores as dimensões do display do notebook, mais bateria a máquina vai consumir. E um aparelho com uma tela grande precisará de um espaço maior para ser acomodado - então para quem precisa transportar o notebook por aí talvez a melhor escolha seja uma tela de 13 polegadas mesmo.

Já quanto à resolução da tela, há várias opções de displays que oferecem resolução de 1080p, mas quem está numa situação financeira mais confortável pode investir em uma tela de 4K. No entanto, essa opção mais “parruda” acaba sendo necessária mesmo somente para quem trabalha editando vídeos nessa resolução.

Teste modelos diversos antes de bater o martelo

Não vai adiantar muita coisa comprar um notebook com especificações de ponta, se você  acabar não gostando de digitar em seu teclado, ou não se afeiçoar com a “carinha” dele. É importante visitar lojas de computadores e gastar um tempinho testando as opções mais atraentes, não somente digitando em seu teclado para sentir se ele é ideal para você, como também testando a qualidade de seus speakers e conferindo se o modelo oferece uma quantidade suficiente de portas USB de acordo com a sua necessidade.

Na terceira parte deste especial falaremos sobre os desafios de trocar um sistema operacional com o qual você já está acostumado por um outro que, apesar de não ser um bicho de sete cabeças, pode dar um pouquinho de dor de cabeça até que você se acostume com seu “jeitão”.

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