A internet 4G vem aí. Mas o que preciso saber sobre ela?

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(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

O assunto da semana no mundo da tecnologia no Brasil não poderia ser outro se não a chegada da tão aguardada conexão 4G. O leilão de frequências foi realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na última terça-feira, 12, e estamos a apenas um passo de termos internet móvel de alta velocidade em nossos aparelhos.

Mas o que isso significa? Apesar de a euforia em torno da novidade ser enorme, muita gente ainda não sabe do que se trata ou quais são as diferenças do novo formato em relação ao tradicional 3G. Se você ainda tem dúvidas sobre o que esperar da sua próxima internet, saiba um pouco mais sobre ela antes de assinar qualquer pacote de dados que aparecer na sua frente.

Afinal, o que é o 4G?

Como o próprio nome sugere, a internet 4G é a quarta geração de telefonia móvel, sendo a sucessora (óbvia) do 3G. No entanto, mais do que trazer uma simples progressão numérica, temos uma evolução significativa em termos práticos, principalmente na velocidade.

Enquanto a conexão-padrão oferecida hoje tem um limite de 14,4 Mbps — embora quase nunca chegue a esse nível —, a nova tecnologia é capaz de oferecer até 20 Mbps. E não se trata de um valor teórico, pois vários países em que o 4G está disponível já chegaram nessa faixa de transferência de dados.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Como é de se imaginar, esse salto vai trazer muitos benefícios ao usuário, que poderá se conectar a seus sites favoritos de maneira muito mais rápida. Nos tablets e smartphones, os serviços de streaming também serão acessados com muito mais qualidade.

Quando vou poder utilizar?

Calma, não corra para a loja mais próxima ainda! O leilão da Anatel foi realizado ontem, então não adianta nada você tentar assistir a um vídeo do YouTube na esperança de ver a barra de carregamento se completar em poucos segundos. Será preciso esperar mais um pouco para que isso aconteça.

A previsão é que as primeiras redes 4G comecem a funcionar em meados de abril de 2013 e em apenas algumas capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. Outras cidades, como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Natal, Manaus e Cuiabá só receberão a tecnologia no final do ano.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Além disso, não é porque o município receberá a nova conexão que ela estará disponível em todos os bairros. Se nem mesmo o 3G tem uma abrangência completa, ainda teremos de esperar um pouco mais para que o 4G saia das regiões centrais e chegue a localidades um pouco mais afastadas.

Em relação às demais capitais brasileiras, a estimativa é de que a cobertura seja concluída até maio de 2014, assim como em outras cidades com mais de 500 mil habitantes. Com isso, o Brasil estaria pronto para receber turistas com equipamentos de alta velocidade na Copa do Mundo.

A ideia é que, até dezembro de 2017, todas as cidades com mais de 30 mil habitantes já tenham, pelo menos, uma opção de operadora com o novo sinal de internet móvel. Em 2019, todo o território já deverá estar sendo atendido pelo formato.

Preparando os bolsos

Sabendo disso, avisamos com antecedência: guarde seu dinheiro desde já. Se você é um dos loucos por novidades e quer ser um dos primeiros a desfrutar do poderio do 4G, saiba que será preciso desembolsar uma quantia um pouco salgada para ser um dos “colonizadores” da tecnologia. Em entrevista ao jornal Metro, o presidente da Claro, Carlos Zantena, disse acreditar que os primeiros a adquirir o serviço devem ser membros das classes A e B.

Prepare-se para trocar de celular! (Fonte da imagem: ThinkStock)

Além disso, será preciso atualizar seu aparelho caso queira aproveitar a nova velocidade. Como nem todos os celulares e smartphones são compatíveis com a rede, será preciso um investimento inicial considerável. Entre os equipamentos que já suportam o formato, temos o Samsung Galaxy S3 e o Nokia Lumia 900, cujas versões 4G ainda não estão disponíveis no país.

Produtos importados vão funcionar?

E se você está com viagem marcada para o exterior e quer aproveitar para trazer um desses telefones para o Brasil, é melhor pesquisar bem. As frequências utilizadas pelas operadoras internacionais são diferentes daquelas que foram leiloadas pela Anatel.

Por isso, antes de fazer qualquer compra, tenha sempre em mente as faixas disponíveis em nosso país para não ter nenhuma decepção mais tarde. O padrão estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações é de 2,5 GHz, enquanto a frequência de aparelhos norte-americanos varia entre 700 Mhz e 2,1 GHz — em outras palavras, aquele seu lindo novo iPad importado não aproveitará toda a velocidade possível.

Essa diferença acontece porque a faixa entre 700 e 800 MHz é ocupada no Brasil pela TV analógica, e sua liberação só deve acontecer após 2016, quando a Anatel acredita que o sinal da televisão digital for considerado padrão.

Fonte: INFO, Metro (PDF)

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