Jeff Bezos provoca Elon Musk sobre influência da China no Twitter
A provocação de Jeff Bezos a Elon Musk refere-se a possíveis benefícios que a Tesla poderia obter com um possível retorno da China ao Twitter

Imagem de Jeff Bezos provoca Elon Musk sobre influência da China no Twitter no tecmundo
Desafeto de Elon Musk, que já contestou uma concessão da NASA à SpaceX para levar astronautas à Lua, Jeff Bezos, fundador e ex-CEO da Amazon, aproveitou a onda de notícias sobre a venda do Twitter para “alfinetar” o seu colega bilionário. Ele perguntou ao novo dono da rede social qual será a influência da China no serviço de microblog.
Em um tweet publicado na segunda-feira (25), o também dono da aeroespacial Blue Origin publicou, citando um outro tweet: “Pergunta interessante. O governo chinês acabou de ganhar um pouco de influência sobre a praça da cidade?”. Ele se refere à primeira publicação de Musk após a aquisição do Twitter, que chamou a rede social de “praça da cidade digital onde os assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos”.
Interesting question. Did the Chinese government just gain a bit of leverage over the town square? https://t.co/jTiEnabP6T
— Jeff Bezos (@JeffBezos) April 25, 2022
Por que Bezos mencionou a China na provocação a Elon Musk?
No seu tweet, Bezos compartilhou uma publicação do repórter investigativo do New York Times, Mike Forsythe, que destaca a importância da China para os negócios da Tesla, fabricante de carros elétricos de Musk. O país chinês, que deixou de operar no Twitter em 2009, é não só o segundo mercado da Tesla, como também o principal produtor das baterias que equipam os veículos da empresa.
Logo em seguida, o próprio Bezos responde à sua pergunta, afirmando achar improvável que qualquer pressão da China resulte em algum tipo de censura para a rede social. “O resultado mais provável a esse respeito é a complexidade na China para a Tesla, em vez de censura no Twitter", concluiu.
A venda do Twitter foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração na segunda-feira (25), após Elon Musk pagar US$ 54,20 (R$ 270) por ação. O negócio precisa ser ainda submetido à aprovação dos acionistas da empresa, e também dos órgãos reguladores dos EUA. Especialistas têm se manifestado sobre mudanças na política de moderação que deverão ocorrer sob o comando do novo dono.