China usa Facebook e Twitter para “denunciar” protestantes em Hong Kong

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A Xinhua News, maior agência estatal de notícias da China, está comprando espaço publicitário no Facebook e Twitter para “denunciar” os problemas causados em Hong Kong, devido aos protestos que vêm ocorrendo no território, desde junho. O objetivo do governo chinês é mudar a opinião internacional, convencendo o resto do mundo de que vários nativos não apoiam as manifestações.

No último domingo (18), aproximadamente 1,7 milhões de pessoas foram às ruas de Hong Kong, protestar contra a interferência política da China no território semiautônomo. Os protestos começaram em junho, depois da implantação de uma lei que permitiria a China capturar dissidentes políticos pró-democracia que estivessem no território de Hong Kong. Embora a lei já tenha sido derrubada, os manifestantes ficaram inflamados e agora querem garantias de que ela não será reimplantada.

No domingo (18), espectadores observam os manifestantes em Hong Kong. (Fonte: Reuters/Tyrone Siu)

As imagens das manifestações ganharam os jornais de todo o mundo com, inclusive, mensagens do grupo pró-democracia sendo publicadas em alguns grandes jornais americanos e canadenses, onde denunciam que os governos de Hong Kong e China, através da polícia, estão desrespeitando manifestantes pacíficos e fazendo uso da violência, até mesmo com tiros de balas de borracha.

A Xinhua News incluiu cinco campanhas publicitárias no Facebook, e também mantém vídeos no Twitter e YouTube, mas, neste último, parece que os vídeos são apenas veiculados pela própria agência e não anúncios comprados. Esses vídeos mostram cenas de violência, além de moradores e turistas revoltados com as manifestações, pelo fato de elas estarem atrapalhando a rotina da cidade-país.

Há também imagens de shoppings vazios e relatos de que a economia de Hong Kong está sofrendo as “consequências” dos protestos.

Nenhuma das três plataformas de redes sociais são permitidas na China, porém, o objetivo do governo é, claramente, mudar a opinião internacional sobre as manifestações, dando a entender que é preferível manter a paz e a ordem do que a democracia.

Fontes

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