Autoridades chinesas comandaram ataque a Google, diz WikiLeaks

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Reuters - O ataque de hackers a Google que levou a empresa de internet a suspender brevemente suas operações na China foi comandado por dois membros do principal órgão regulatório chinês, de acordo com documentos diplomáticos dos Estados Unidos recentemente publicados pelo WikiLeaks e citados pelo New York Times.

Mencionando os documentos, o jornal afirma que a China executou repetidos e, muitas vezes, bem sucedidos ataques contra o governo e empresas privadas dos EUA, e contra os aliados do Ocidente, a partir de 2002.

A Google fechou seu serviço de buscas na China em março, depois de ter anunciado que deixaria de censurar resultados de busca, em resposta ao que classificou como sofisticado ataque cibernético originado na China e diante de limitações mais severas à liberdade de expressão.

A disputa foi solucionada em julho após a Google alterar o direcionamento de usuários a um serviço de buscas que não passa por censura.

O Times mencionou um documento do início deste ano que, supostamente, afirma que "um contato bem posicionado alega que o governo chinês coordenou as recentes invasões ao sistema da Google. De acordo com o nosso contato, a operação sigilosa foi comandada em nível do Comitê Permanente do Politburo."

O jornal acrescentou que o documento citava a fonte como tendo dito que o ataque de hackers a Google havia sido coordenado pelo Gabinete de Informações do Conselho de Estado, sob a supervisão de dois membros do Politburo do Partido Comunista, Li Changchun e Zhou Yongkang. O artigo afirma que Zhou é o principal dirigente da segurança chinesa.

O Times, no entanto, declarou que, em entrevista ao jornal, a fonte mencionada, "uma pessoa chinesa que tem conexões de família com a elite," negou estar informada sobre quem comandou o ataque.

A pessoa disse que foi um dos subordinados de Li que orquestrou uma campanha para forçar a Google a acatar as normas de censura, e que Li e Zhou aprovaram o plano em diversos momentos, segundo o Times. "Mas a pessoa não sabe se esses importantes líderes comandaram o ataque."

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