Google dará R$ 4 milhões para ONGs brasileiras com inovações sociais

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Google quer acabar com os problemas sociais do país (Fonte da imagem: Google Brasil)

Em um evento realizado em São Paulo capital, a Google Brasil anunciou hoje (10) que estão abertas as inscrições para a terceira edição de seu tradicional Google Impact Challenge, competição que visa estimular o desenvolvimento de projetos sem fins lucrativos capazes de resolver problemas sociais em uma determinada comunidade ou país. Desta vez, a empresa decidiu trazer o programa para o Brasil, selecionando ONGs nacionais que estejam dispostas a mudar o país através de projetos sociais que envolvam qualquer tipo de tecnologia.

Funciona da seguinte maneira: qualquer entidade filantrópica e não governamental (devidamente registrada em território brasileiro) pode acessar a página oficial do desafio e inscrever um projeto através de um formulário online até o dia 12 de março. A partir do dia 13 de março, após o término das inscrições, um time de funcionários da Google escolherá dez finalistas que serão submetidos a votação popular no dia 29 de abril.

A grande final ocorrerá em 8 de maio, quando esses mesmos dez finalistas apresentarão suas ideias ao vivo para um grupo de cinco jurados no escritório da Google Brasil, em São Paulo capital. O júri é composto pelo apresentador Luciano Huck, a empreendedora social Viviane Senna, o empresário Josué Gomes, o músico ativista MV Bill e a diretora da Google.org, Jacqueline Fuller. Serão eleitos três vencedores por parte do time de jurados e um por votação pública. As quatro entidades receberão R$ 1 milhão cada uma a título de financiamento para seus projetos e poderão contar com o expertise da Google na área de tecnologia para a aplicação dos próprios.

Fábio Coelho durante sua apresentação do Google Impact Challenge (Fonte da imagem: Tecmundo)

Contribuindo com sua comunidade

De acordo com Fábio Coelho, diretor-geral da Google Brasil, o Google Impact Challenge Brasil tem como objetivo “mostrar a criatividade das ONGs brasileiras e o poder da tecnologia para melhorar a sociedade em que vivemos”. O desafio já foi organizado também na Inglaterra e na Índia, onde mais de mil projetos foram inscritos. Coelho acredita que a nova edição do concurso terá um número ainda maior de participantes e ressalta que o Brasil é um dos mercados mais importantes para a Google.

Os principais critérios de seleção para os projetos finalistas serão a tecnologia empregada, a inovação, o impacto social, a viabilidade do projeto e a equipe por trás da ONG que submeteu a ideia. Isso não quer dizer, contudo, que entidades recém-criadas ou com estruturas menores serão ignoradas pelo júri. Basta que o projeto seja consistente e realista, com capacidade real e direta de mudar problemas sociais de seu país.

Estando à frente da Google.org desde sua fundação, Jacqueline ressalta algumas idéias inovadoras que deram as caras nas edições anteriores do programa. Um dos premiados no Impact Challenge da Índia, por exemplo, propôs a purificação microionizante de água através da energia solar, melhorando a infraestrutura de vilarejos rurais indianos. “A Google.org apoia ONGs com ideias impactantes. Já atuamos contra o tráfego de pessoas e exploração infantil, e investimos em educação, lutas contra a pobreza e intensificação do desenvolvimento econômico de comunidades”, afirma a executiva.

“Pagar os impostos não é o suficiente”

Já para Viviane Senna, fundadora do Instituto Ayrton Senna e uma das juradas do concurso, o povo brasileiro precisa se desprender da visão de que os problemas públicos são inteiramente de responsabilidade do governo. “Se é uma questão pública, ela é de todo mundo. Exige um esforço público para que seja resolvida”, afirma.

De acordo com Senna, países estrangeiros como os EUA já carregam esse conceito de coletividade em sua cultura e história; para o Brasil, contudo, esse pensamento ainda é uma novidade. “Pagar os impostos não é o suficiente”, comenta, sugerindo que a sociedade deve se envolver mais em problemas de sua própria comunidade em vez de simplesmente esperar que o governo o faça.

A empreendedora defende ainda que grandes corporações – como a Google – possuem o dever de contribuir na resolução desses problemas oferecendo não apenas ajuda financeira, mas também seu expertise para as pessoas dispostas a empreender com ideias inovadoras. Senna deixa bem claro que a ideia da Google não é “substituir o governo”, mas sim ser corresponsável pelo país no qual a empresa está instalada.

Se você possui uma ONG e deseja subtmetê-la ao Challeng Impact Brasil, acesse g.co/desafiobrasil até o dia 12 de março e faça sua inscrição. O país agradece.

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