Google ajuda a criar serviço de emergência 4 mil vezes melhor que o atual

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Imagem: Toronto Paramedics

É muito fácil perder tempo com o celular na mão. Afinal, é bastante comum que o aparelho seja usado para curtir fotos de gatinhos, compartilhar vídeo engraçados, cortar frutas como se você fosse um ninja ou simplesmente para jogar conversa fora, não é? A Google, porém, junto de uma associação europeia, tem mostrado que os smartphone são mais importantes do que imaginamos e podem ser ferramentas essenciais para salvar vidas.

O projeto encabeçado pela EENA – Associação Europeia de Número de Emergência – e adotado pela Gigante das Buscas tem um objetivo bem simples: fazer com que os serviços dedicados ao segmento e as autoridades possam localizar com muito mais precisão a origem de chamadas de emergência. Atualmente, a tecnologia usada nesse tipo de análise geográfica possui uma margem de erro de cerca de dois quilômetros – o que é uma área absurdamente grande para ser garimpada em uma situação de vida ou morte.

Os celulares são cada vez mais usados em chamadas de emergência

Essa função é simplesmente 4 mil vezes mais certeira do que a atual

Assim, a dupla resolveu desenvolver um sistema chamado Advanced Mobile Location (AML), que, ao reconhecer uma ligação para os números de emergência do país, ativam tanto o WiFi do dispositivo como o recurso de GNSS – uma espécie de versão mais encorpada de navegação via satélite. Essa função é simplesmente 4 mil vezes mais certeira do que a atual e deve permitir que atendentes e socorristas não percam nenhum tempo na hora de prestar atendimento a pessoas em episódios de risco.

O mais bacana do projeto é que o usuário em si não precisa fazer absolutamente nada para que o novo sistema seja colocado em prática, tudo depende apenas de os governos e as operadoras de telefonia móvel adotarem esse formato de chamada de emergência. Isso acontece porque a Google já adicionou o suporte ao AML ao Android em julho de 2016, com a ferramenta podendo ser usada em 99% dos gadgets com o sistema operacional da casa. Infelizmente, até agora, apenas o Reino Unido, a Estônia e a Lituânia aderiram à novidade.

Caso de sucesso

Em janeiro deste ano, tivemos uma bela prova de que o AML pode realmente salvar vidas. Na ocasião, um garoto lituano de apenas oito anos ligou para o serviço de emergência do país para informar que havia encontrado seu pai caído e inconsciente em casa. Claro que, por conta da sua idade, ele não sabia muito sobre seu endereço, número de telefone ou contato de parentes. Sendo assim, o identificador de celulares tradicional começou a fazer seu rastreamento pela localização da chamada.

O resultado? Uma área de cerca de 14 quilômetros de extensão na qual o garoto e seu pai poderiam ser encontrados. Para sorte de todos, alguns segundos depois o SMS gerado automaticamente pela ferramenta implementada no Android chegou ao atendente e passou uma localização “um pouco” mais precisa que a anterior: um raio de seis metros. Ou seja, passou a ser possível enviar a equipe de apoio exatamente para o prédio e apartamento onde a vítima se encontrava.

Recurso pode ser extremamente eficiente e ajudar os serviços de emergência

Para a EENA, a perspectiva é que o sistema seja adotado pelo restante da Europa futuramente, com a perspectiva de que seja possível salvar milhares de vidas e economizar bilhões de euros nesse tipo de atendimento nos próximos dez anos. Será que veremos esse tipo de tecnologia sendo adotada pelo Brasil? Deixe a sua opinião sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.

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