(Fonte da imagem: Reprodução/Duke University)
No início deste texto você pode conferir uma imagem com dezenas de cubos formados por pequenas bobinas de fios de cobre que compõem as chamadas superlentes, dispositivos que são capazes de criar ondas magnéticas de baixas quantidades de energia em distâncias pequenas.
Quando aplicadas corretamente, elas podem transmitir determinadas quantidades de energia exclusivamente pelo ar, sem qualquer tipo de uso de cabos ou fio.
Um time de pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, é responsável pelo projeto. Eles utilizaram metamateriais que incidem nos campos magnéticos para criar o efeito desejado, que por enquanto se estende somente alguns centímetros para além das superlentes. Esse foi o primeiro experimento com os respectivos campos magnéticos e as superlentes que pode ser considerado bem-sucedido e eficiente de acordo com os engenheiros.
É bom não ficar muito longe do equipamento
Yaroslav Urzhumov, um dos assistentes do projeto, disse que os testes de transmissão de energia sem a necessidade de fios ocorreram de modo positivo. Além disso, o sinal de abrangência pode ser aumentado para distâncias maiores do que o tamanho dos receptores ou dos transmissores – por mais que isso não seja exatamente indicado. Entretanto, a quantidade de energia transmitida pelo equipamento ainda é considerada baixa, já que menos de 1% do que está dentro das bobinas consegue ser aproveitado no ar.
(Fonte da imagem: Reprodução/Duke University)
"Na realidade, é bastante fácil aumentar o nível de energia que pode ser transmitido; só é necessário aumentar o tamanho das bobinas das superlentes", disse Urzhumov. O problema é que isso pode se tornar impraticável em determinados cenários realistas, que podem demandar grandes quantidades de transmissão de energia – além de o equipamento esquentar consideravelmente.
"Nós queremos utilizar fontes e receptores de pequeno porte e é nisso que as superlentes podem ajudar", explicou o assistente. Claramente, tal equipamento é mais focado em dispositivos pequenos e de bolso, como tablets e smartphones. Carregar celulares e outros equipamentos menores sem a necessidade da inserção de cabos pode ser algo bastante comum em um futuro não tão distante, afinal.
