Nokia desiste de celulares potentes e aposta em modelos baratos

A HMD Global, detentora há alguns anos da marca Nokia para smartphones, confirmou uma mudança estratégia de planos para a empresa que já era sugerida pelo catálogo recente da marca.

Segundo o site Android Authority, que entrevistou o chefe de marketing de produto da HMD Global, Adam Ferguson, a ideia agora é abandonar os modelos top de linha e focar em celulares de entrada e, no máximo, intermediários — além dos features phones, que sempre foram uma de suas marcas registradas.

"Fazer um celular de US$ 800 não faz sentido para nós no momento", afirmou Ferguson, em entrevista durante a MWC 2022. Ele ainda reforçou que a empresa não quer entrar uma "guerra de especificações técnicas" e que, por isso, prefere "se posicionar por algo bem diferente".

Pedras no caminho

O último top de linha da Nokia foi o Nokia 9 PureView, um modelo ambicioso com cinco câmeras traseiras lançado em 2019. Sucessores foram especulados nos anos seguintes e possivelmente até desenvolvidos, mas o lançamento foi adiado e agora é tido como descartado.

A HMD Global relançou a marca Nokia com uma proposta geral de modelos para todos os bolsos e com atualizações rápidas. Agora, a empresa está em 11º lugar no mercado global, mas conseguiu ao menos voltar a apresentar lucro nos últimos trimestres após períodos difíceis desde o final de 2019.

O Nokia 9 PureView.

Na MWC 2022, que aconteceu entre o final de fevereiro e início de março, a estratégia já estava em voga: os três modelos lançados (Nokia C21, C21 Plus e C2 2ª edição) trazem como sistema operacional a versão básica Android 11 (Go Edition) e preços mais camaradas.

No Brasil, a empresa desde o início focou apenas nos modelos com relação custo-benefício, como os celulares Nokia 5.3 e Nokia 5.4.