Enquanto ainda pensa como lidará com o lançamento global do Mate 30 sem os aplicativos do Google, a Huawei trabalha no quintal da sua própria casa: ao inaugurar sua primeira loja em Shenzhen, a fabricante viu evaporarem das prateleiras o seu novo flagship. Em três horas, sem ter onde encontrar o celular nas lojas físicas, usuários encomendaram um milhão de unidades.
Segundo a marca, o valor arrecadado com a venda da série Mate 30 ultrapassou os US $ 70 milhões em um minuto. A meta da gigante chinesa para a série Mate 30 é chegar aos 20 milhões de unidades vendidas.
A família de celulares Mate 30 representa o lançamento mais importante da Huawei no segundo semestre de 2019. A nova série teve investimento de US$ 294 milhões para competir com aparelhos de última geração da Samsung e da Apple.
O próximo passo será enfrentar o desafio das vendas globais. Se as remessas de smartphones para a Europa (seu mercado mais importante fora da China) caíram 16% no segundo trimestre de 2019, segundo a empresa de pesquisa Canalys, o quadro só tende a piorar, já que, para rodar o pacote do Google Mobile Services, a Huawei teria que pagar uma licença de uso para o Google.
Aumento das vendas na China
Segundo o CEO do grupo de Negócios Móveis da empresa, Richard Yu Chengdong, a proibição comercial dos EUA poderia acabar com os embarques de cerca de 10 milhões de smartphones no último trimestre do ano. Segundo análise da seguradora Tianfeng International, a gigante chinesa deve terminar 2019 com 260 milhões de smartphones exportados.
Em compensação, a empresa viu suas vendas aumentarem exponencialmente no mercado chinês. Uma das razões é a onda de patriotismo que está levando os usuários a dar preferência às marcas chinesas em detrimento das americanas.
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