Amor ou ódio? Estudo aponta o que as pessoas pensam sobre as selfies

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As selfies fazem parte do cotidiano de todo mundo que acessa as redes sociais, especialmente o Instagram e o Facebook. Embora elas sejam tão presentes, parece que as pessoas vivem uma relação de amor e ódio com o autorretrato. Pelo menos é o que demonstra um estudo recentemente realizado nos Estados Unidos pela YouGov, empresa multinacional especializada em pesquisa e análise de dados.

Para o trabalho, a instituição usou um painel online com cerca de 2 milhões de pessoas. Seus resultados mostram que dois terços (63%) dos norte-americanos tiram selfies com frequência, mas uma parcela considerável deles acha que esse tipo de foto é algo narcisista (36%) ou irritante (36%).  Ao mesmo tempo que parecem não gostar muito dessas imagens, também destacaram várias qualidades percebidas nelas:

  • Moderna (31%)
  • Divertida (30%)
  • Modismo/Estar na moda (30%)
  • Engraçada (22%)
  • Confiante (16%)

Os sentimentos conflitantes quanto a essas fotos têm certo sentido. Para Jesse Fox — professor de Comunicação que estuda a relação entre selfies e narcisismo , isso pode estar relacionado ao fato de julgarmos os outros com maior rigidez do que a nós mesmos. Assim, quando tiramos um autorretrato e o postamos na web, pensamos estar mostrando as qualidades acima. Mas quando são outras pessoas, o efeito é o contrário: pode ser interpretado como narcisista.

Gostar ou não de uma determinada selfie também tem a ver com o contexto com que ela é tirada/apresentada. Na pesquisa do YouGov, os participantes apontaram situações que consideram mais inadequadas: funeral (81%) e durante o banho (60%). Já as mais vistas positivamente foram: em um ponto/destino turístico (75%), durante uma festa (71%) e na academia de ginástica (68%).

Distorção ou realidade?

Em entrevista ao Mashable, site norte-americano de entretenimento, o cirurgião plástico Boris Paskhover relata que as selfies estão impactando até mesmo no consultório. Isso porque seus pacientes estão sempre em busca de procedimentos que os tornam mais bonitos para esse tipo de foto. Mesmo que o médico informe a eles que nem sempre a mudança é necessária e pode ser uma distorção da realidade, a cirurgia acaba vencendo.

Dicas de como tirar as melhores selfies também não faltam na internet. Da mesma forma, filtros e aplicativos para edição de imagem com os mais diversos efeitos surgem a cada dia. Então até que ponto elas são assim tão relevantes? Com esses fatos, nota-se que muito. São tudo aquilo que queremos que os outros pensem de nós mesmos e o que também queremos/esperamos deles. 

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