As 25 melhores e piores séries originais da Netflix de 2017

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Equipe TecMundo

Neste ano a Netflix dificultou nossa vida social e lançou tanta série que ficou complicado filtrar o que valeu a pena e o que não valeu. Desde 13 Reasons Why no começo do ano, a plataforma provou, mais uma vez, que a televisão será cada vez mais online e com maratonas para deixar a gente acordado durante a madrugada.

É verdade que nem tudo o que a Netflix lançou fez sucesso, mas muita coisa se tornou o assunto das nossas rodinhas de conversas por semanas. Por isso, relembramos 25 novas séries que estrearam e elencamos as produções da pior para a melhor, segundo análise da crítica especializada. Confira!

25. Disjointed (média da crítica: 17%)

Sinopse: Na história, Kathy Bates interpreta uma mulher que durante anos lutou pela legalização da maconha. Agora ela é a proprietária de um estabelecimento que oferece a erva como medicamento. Com ela trabalham três funcionários, além de seu filho de 20 e poucos anos e um guarda de segurança cheio de problemas, sendo que eles passam mais tempo fumando do que trabalhando.

A crítica detestou a nova série de Chuck Lorre (criador de The Big Bang TheoryTwo and a Half ManMom) e fez questão de realçar o texto cansado do autor e as repetições infinitas de suas piadas, que reciclou tudo na produção da Netflix, apenas colocando a maconha como tema central.

24. Punho de Ferro (média da crítica: 17%)

Sinopse: Retornando a Nova York depois de ficar desaparecido por anos, Daniel Rand luta contra o elemento criminoso corrompendo a cidade com seu incrível domínio de kung-fu e a habilidade de invocar o fantástico poder do impetuoso Punho de Ferro.

A adaptação do herói da Marvel foi detestada tanto pela crítica quanto pelos fãs, e quase todo mundo concordou que, apesar de um elenco carismático, o protagonista era ruim, o roteiro era incoerente, e as lutas eram malfeitas. O pior? Os jornalistas acharam a série... chata. Não deu certo.

23. Friends From College (média da crítica: 23%)

Sinopse: Vinte anos depois da graduação, um grupo de amigos da faculdade se reconecta e descobre que o amor não ficou mais fácil com a idade.

Aqui a única coisa que chamou a atenção da crítica foi como os roteiristas conseguiram juntar um elenco invejável de ótimos atores e fazer com que nem eles salvassem a série. Piadas ruins, roteiro de mau gosto e péssimos personagens fizeram de Friends From College uma das séries mais criticadas do ano. Mas para quem curtiu, a Netflix deu mais uma chance e a renovou para uma segunda temporada.

22. Gypsy (média da crítica: 25%)

Sinopse: Jean Hollaway é uma psicóloga que começa a se relacionar intimamente com pessoas próximas de seus pacientes.

Embora a boa atuação da Naomi Watts tenha sido lembrada, a crítica massacrou a série, especialmente na hora de analisar as ações absurdas dos personagens e as diversas pontas soltas que a série apresentou e que não serão juntadas, já que a Netflix cancelou a produção, e ela não retorna para um segundo ano.

21. Neo Yoki (média da crítica: 30%)

Sinopse: Criada e produzida por Ezra Koenig, Neo Yokio conta a história de Kaz Kaan, um jovem garoto de uma família de magistocrats que tem seu mundo virado de cabeça pra baixo quando conhece Helena, uma blogueira de moda que o faz questionar tudo que ele conhece sobre sua cidade.

Sobre essa ninguém falou muito, e o pouco falado não foi muito bom. A série não consegue desenvolver nada direito: nem seus personagens nem a crítica ao capitalismo e à sociedade materialista. Alguns sites disseram que a série tenta passar uma crítica social ferrenha, mas só passa mesmo frivolidade. Pesado.

20. Girlboss (média da crítica: 32%)

Sinopse: Baseada no best-seller autobiográfico de Sophia Amoruso, fundadora da famosa marca de roupas online Nasty Gal, a trama conta a história de Sophia, uma jovem com ideais anarquistas que se recusa a entrar para a vida adulta e conseguir “um emprego de verdade”. Após topar com sua paixão de vender roupas vintage na internet, Sophia se torna uma improvável dona de empresa ao ver o seu pequeno site crescer.

Quase todos acharam a narrativa bagunçada e as ações da protagonista, irritantes. Ou seja, com uma história contada de maneira irregular e uma protagonista que não agradou, a série amargou um fracasso de crítica e público e acabou sendo cancelada não muito depois de seu lançamento.

19. O Justiceiro (média da crítica: 61%)

Sinopse: Depois de se vingar dos responsáveis pela morte de sua mulher e de seus filhos, Frank Castle revela uma conspiração que corre de forma muito mais profunda do que o submundo do crime em Nova York. Agora, conhecido na cidade como O Justiceiro, ele deve descobrir a verdade sobre injustiças que afetam não só a sua família.

Aqui as coisas já começam a melhorar, e as séries não ganham uma cotação tão baixa. O Justiceiro foi bastante elogiada, especialmente por seu realismo e sua coragem de mostrar cenas violentas e bastante depressivas. Alguns críticos apontaram, porém, que a série precisa ser mais dinâmica na hora de contar sua história. Mas no geral, a adaptação do herói da Marvel foi bastante querida.

18. Ozark (média da crítica: 64%)

Sinopse: A história acompanha a vida de Marty, um consultor financeiro que se muda com a família para a cidade de Ozark, no Missouri, onde inicia um negócio de lavagem de dinheiro com o objetivo de pagar a dívida que tem com um traficante.

A série fez bastante sucesso neste ano, e o público embarcou na pesada história de Marty, mas as comparações com Breaking Bad e alguns furos no roteiro a prejudicaram e não escaparam aos olhos da crítica. Mesmo assim, Ozark foi uma das produções mais tensas do ano.

17. Santa Clarita Diet (média da crítica: 72%)

Sinopse: Sheila e Joel são dois corretores de imóveis que compartilham muito mais do que a mesma profissão. Casados e com uma filha adolescente, eles estão descontentes com a vida que levam em Santa Clarita, no subúrbio de Los Angeles. O destino deles começa a mudar quando Sheila passa por uma mudança radical: vira um morta-viva e começa a comer corpos humanos.

Exemplo clássico de série "ame-a ou deixe-a". Muita gente adorou a mistura de comédia familiar clássica com um toque de zumbis, mas outros a acharam grotesca. No geral, a crítica achou a série bem simpática, ainda que com algumas piadas mal desenvolvidas, mas ela agrada por causa dos personagens carismáricos e das situações divertidas que vão aparecendo ao longo da temporada.

16. Os Defensores (média da crítica: 75%)

Sinopse: Mais uma adaptação da Marvel para a Netflix, Os Defensores reúne Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro. Os quatro heróis têm um objetivo comum – salvar Nova York. A saga é de personagens solitários atormentados por angústias particulares, mas que percebem como podem ser mais poderosos quando lutam juntos.

Diferentemente das decepções que foram (ao menos para a crítica) as últimas produções dos heróis da Marvel para a Netflix, Os Defensores agradou boa parte da imprensa especializada, especialmente porque conseguiu desenvolver e dar espaço para todos os personagens. As críticas negativas ficam por conta dos clichês da trama, que não mostrou nada de original.

15. Wet Hot American Summer: Ten Years Later(média da crítica: 76%)

Sinopse: A primeira temporada, Wet Hot American Summer: First Day of Camp, funcionou como um prelúdio do filme. Já a segunda temporada é situada 10 anos após os eventos ocorridos no longa, na década de 1990.

O ótimo elenco certamente foi o que chamou mais atenção nesta temporada de We Hot American Summer. Embora não tenha ganhado uma atenção especial ao longo do mundo nem despertado elogios inflamados, a série conseguiu agradar boa parte da crítica com sua sátira aos filmes românticos. Os jornalistas, entretanto, deixaram claro que a série não conquista quem não embarca na ideia de um humor um tanto quanto tosco.

14. Atypical (média da crítica: 77%)

Sinopse: A série acompanha um jovem de 18 anos com autismo em sua busca por amor e independência. Sua jornada de autodescoberta é tão divertida quanto dramática e tem um impacto em toda a sua família, forçando-os a lidar com as alterações em suas próprias vidas e os fazendo questionar: afinal, o que realmente significa ser normal?

Público e crítica parecem ter gostado bastante da série, especialmente pela habilidade com que o roteiro conseguiu mesclar drama e comédia sem deixar nada muito melodramático ou bobo. Algumas críticas negativas vieram por parte de psicólogos, que disseram que a série estava distorcendo o modo de um adolescente viver com autismo.

13. 13 Reasons Why (média da crítica: 83%)

Sinopse: Baseada no best-seller de Jay Asher, a série acompanha Clay Jensen que, ao voltar da escola, encontra uma caixa misteriosa com seu nome na porta de casa. Dentro dela estão fitas-cassetes gravadas por Hannah Baker — sua colega de classe e paixão secreta —, que cometeu suicídio 2 semanas antes. Nas fitas, Hannah explica as 13 razões que a levaram à decisão de acabar com a própria vida.

Aqui as notas já começam a ficar altas. 13 Reasons Why foi um dos fenômenos da Netflix neste ano e garantiu uma segunda temporada, mesmo com o arco principal já fechado. Os principais elogios vieram do fato de os produtores lidarem com um assunto tabu — o suicídio — e colocarem o fato como protagonista da série, sem falar que o público foi obrigado a acompanhar o calvário de Hannah Baker sem poder fazer nada a respeito e ainda se identificar com diversas atitudes reprováveis dos personagens. Algumas críticas negativas vieram por causa dos diálogos um tanto ruins e algumas cenas que só serviram para criar barriga na história. Mas as piores críticas vieram de quem afirmou que a série glamourizou o suicídio, dando a ideia de que se matar pode ser uma ótima vingança. Você concorda com a afirmação?

12. Castlevania (média da crítica: 85%)

Sinopse: Um caçador de vampiros luta para salvar uma cidade sitiada por um exército de criaturas controladas pelo próprio Drácula. Inspirado no clássico videogame.

Com apenas quatro episódios e não muito comentada, a animação foi bastante elogiada por não apresentar uma trama infantil e conseguir tratar de assuntos muito sérios, como a morte e a depressão.

11. Anne with an E (média da crítica: 87%)

Sinopse: A série é baseada no famoso livro de Lucy Maud Montgomery, que conta a história de uma menina órfã em 1890 que, depois de uma abusiva infância em orfanatos e casas de estranhos, é erroneamente enviada para viver com uma solteirona idosa e seu irmão. Ao longo do tempo, Anne, de 13 anos de idade, transforma as suas vidas e, eventualmente, a pequena cidade onde vive com sua inteligência e sua imaginação.

Com sensibilidade, a série da Netflix parecer ter derretido o coração da crítica, que destacou a fidelidade ao livro e a delicadeza da história, que fez bastante gente se emocionar.

10. She's Gotta Have It (média da crítica 88%)

Sinopse: She’s Gotta Have It, baseada no filme indie de 1986, é sobre Nola Darling, uma jovem diferente de todas as outras. Com seus 20 e poucos anos, ela é uma artista do Brooklyn que desafia os padrões da sociedade. Enquanto busca sua própria identidade, ela divide seu tempo entre seus amigos, seu trabalho e seus três amantes: Greer Childs, Jamie Overstreet e Mars Blackmon.

A série conseguiu expandir o universo do filme original e dar espaço a todos os personagens. Além de tudo isso, a história abordou assuntos importantes, como o papel do negro na sociedade e gentrificação. Por tudo isso, ela foi bastante elogiada.

9. Godless (média da crítica: 90%)

Sinopse: Situada nos anos de 1800, a história gira em torno de Roy Goode, um foragido que, ferido e perseguido pelos membros de sua gangue, chega a La Belle, uma cidade do Novo México, onde a maioria dos homens morreu trabalhando nas minas, o que levou as mulheres a tomarem o controle. Escondido no rancho de Alice Fletcher, Roy é procurado por Frank Griffin, o líder da gangue que um dia o considerou como a um filho.

Mesmo com um ritmo lento, a série agradou a crítica especializada com bons personagens e um roteiro que vai se desenvolvendo aos poucos. E ao contrário do que a Netflix propõe, muita gente garante que a série pode ser mais bem aproveitada se consumida aos poucos em vez de maratonada.

8. Desventuras em Série (média da crítica: 94%)

Sinopse: Baseada na coleção campeã de vendas do escritor Lemony Snicket (também conhecido como Daniel Handler), Desventuras em Série conta a trágica história dos irmãos Baudelaire – Violet, Klaus e Sunny –, órfãos sob a guarda do terrível Conde Olaf, que fará de tudo para colocar as mãos na herança das crianças. Os irmãos precisam constantemente despistar Olaf, frustrar seus planos malignos e investigar a misteriosa morte de seus pais.

A boa adaptação dos livros de Lemony Snicket fez bonito neste ano, e a crítica elogiou a forma inteligente de mesclar um drama familiar pesado com uma história mágica. A série, aliás, foi mais elogiada do que o filme de 2004.

7. GLOW (média da crítica: 94%)

Sinopse: Baseada na adorada série dos anos 80, GLOW conta a história fictícia de Ruth Wilder. Ruth é uma atriz desempregada e batalhadora em Los Angeles, que encontra sua última chance de virar estrela ao entrar de cabeça no mundo do glitter e dos colãs da luta livre de mulheres. Além de trabalhar com 12 mulheres excêntricas de Hollywood, Ruth precisa competir com Debbie Eagan, uma ex-atriz de novelas que deixou sua carreira de lado para ser mãe, mas voltou ao trabalho quando percebeu que sua vidinha perfeita não era bem o que parecia ser. Dirigindo todas elas está Sam Sylvia, um diretor de filmes de segunda categoria, acabado e viciado em cocaína, que agora precisa liderar esse grupo de mulheres em uma jornada rumo ao estrelato da luta livre.

A despretensão de GLOW fez dela uma das séries mais elogiadas da Netflix neste ano. Com muita nostalgia e um roteiro redondinho, a série agradou público e crítica com um enredo original e divertido.

6. Mindhunter (média da crítica: 95%)

Sinopse: Inspirada nos relatos do ex-agente John Douglas e do escritor Mark Olshaker, a série se passa em 1979 e acompanha os talentosos investigadores Bill Tench e Holden Ford interrogando assassinos em série para resolver diversos casos de homicídio.

Se tem uma série pela qual a crítica caiu de amores imediatamente, foi Mindhunter. Embora muita gente tenha reclamado do ritmo, a série de David Fincher foi muito elogiada por seu esmero no roteiro e por contar uma história absolutamente assustadora sem mostrar uma cena de sangue sequer.

5. Onde Day at a Time (média da crítica: 96%)

Sinopse: Remake da comédia dos anos 1970, é estrelada por Justina Machado, que interpreta Penelope, uma ex-militar divorciada que precisa se adaptar à sua nova vida de solteira. Com ela moram sua filha adolescente, seu filho extremamente sociável e sua mãe, uma cubana da velha guarda. A família ainda conta com a ajuda de Schneider, o zelador do prédio.

Embora comédias tradicionais com risadas ao fundo estejam perdendo espaço na TV, o remake da Netflix parece ter agradado a crítica com uma história simples, mas divertida, que serve perfeitamente para relaxar depois de tantos dramas pesados na TV. E ainda traz uma gama de personagens muito carismáticos e piadas espertas que realmente fazem rir.

4. American Vandal (média da crítica: 97%)

Sinopse: A série original de comédia da Netflix satiriza os documentários criminais como Making a Murderer e American Crime Story. Na trama, um jovem de Ensino Médio é expulso da escola após cometer atos de vandalismo.

De forma surpreendente, American Vandal conseguiu satirizar os documentários seriados tão em alta hoje em dia, criar uma história engraçada e ainda fazer com que a gente ficasse interessado de verdade naquilo tudo. O tema da série parecia mais um besteirol, mas os episódios estão cheios de críticas sociais que são muito presentes no nosso a dia a dia.

3. Alias Grace (média da crítica: 98%)

Sinopse: Grace Marks é uma jovem irlandesa de classe média baixa que decide tentar a vida no Canadá. Contratada para trabalhar como empregada doméstica na casa de Thomas Kinnear, ela é condenada à prisão perpétua pelo assasinato brutal do seu patrão e da governanta da casa, Nancy Montgomery. Passados 16 anos desde o encarceramento da imigrante, o Dr. Simon Jordan se apaixona por Grace e fará de tudo para descobrir a verdade sobre o caso.

Depois do sucesso de The Handmaid's Tale (da Amazon), não demorou muito para a Netflix distribuir ela mesma uma adaptação de um livro da Margaret Atwood. Alias Grace arrebatou a crítica com uma história cheia de feminismo, abusos e com cenas claustrofóbicas que deixaram o público roendo a unha de tensão, além de trazer reflexões que ficam na nossa cabeça depois de muito tempo.

2. Dear White People (média da crítica: 100%)

Sinopse: Baseada no aclamado filme independente, essa série original da Netflix satiriza as relações "pós-raciais" dos EUA acompanhando alunos negros que entraram em uma universidade de elite.

Com personagens fortes e uma história absolutamente crítica, Dear White Peopleescancarou o racismo de forma esperta e entregou uma comédia que faz rir e pensar (muito) sobre a sociedade atual e todo o sistema.

1. Big Mouth (média da crítica: 100%)

Sinopse: A animação conta a história de diversos adolescentes enfrentando a puberdade.

Séries adolescentes existem aos montes, mas Big Mouth conseguiu criar uma história extremamente honesta, lúdica e que leva às telas questionamentos que todos nós já tivemos um dia.

Este texto foi escrito por Rodrigo de Lorenzi via N-experts.

Via Minha Série

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