Como 2 adolescentes fizeram dos spinners uma moda e faturaram US$ 350 mil

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Os fidget spinners não chegam a ser uma novidade, mas a sua atual onipresença, sim. Enquanto alguns se fascinam, outros não fazem ideia de como isso se tornou uma febre especialmente entre os mais jovens. Contudo, independente da sua opinião a respeito desses giradores, o fato é que eles estão aí e já são encarados como um negócio sério.

Mas de onde veio essa moda? Se eles não são novos, o que os trouxe à tona exatamente agora? Os nomes por trás desse feito são os dos dois estudantes de 17 anos Allan Maman e Cooper Weiss. Juntos, eles criaram uma empresa que produz fidget spinners e já faturaram US$ 350 mil em seis meses de negócio.

Onde tudo começou

Maman sofre de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e procurava na internet algo que pudesse ajudá-lo a se concentrar. Ele se deparou com algumas alternativas na internet, entre elas os fidget spinner, um brinquedo para pessoas inquietas que girava na mão.  Ele teve contato com pessoas que fabricavam isso para uso próprio usando impressoras 3D, mas nenhuma empresa que fizesse isso em grande escala.

Foi aí que veio a ideia de ele mesmo tomar a frente nesse negócio. Para dar início à empreitada, Maman pediu ajuda ao antigo parceiro de empreitadas Cooper Weiss — a dupla já havia criado em conjunto um aplicativo para ajudar estudantes a obter informações sobre universidades antes de escolher uma instituição de ensino.

Eles recorreram à impressora 3D no laboratório da escola onde estudavam para fabricar as primeiras peças. De cara, alguns colegas se interessaram e, aos poucos, todo mundo queria um exemplar do fidget spinner feito pela dupla. Eles chegavam a faturar US$ 500 por dia vendendo cada brinquedo a US$ 25, até que a direção da escola ameaçou os dois de expulsão, acusando-os de usar a propriedade da instituição para obter lucro.

Negócio levado a sério

A dupla então mudou o seu quartel-general para o porão da casa de Weiss, quando também adquiriram oito impressoras 3D para impulsionar a produção e deram um nome à empresa: Fidget360. Depois disso, veio a fase de divulgação: para fazer o negócio seguir adiante, eles precisavam mostrar as suas criações para o mundo. Foi então que eles tiveram a ideia de criar uma conta no Instagram.

Nessa fase inicial, Maman e Weiss mal saíam de casa e ficavam acordados às vezes até depois da meia noite planejando novos designs e colocando as ideias em prática. E assim eles conseguiram caminhar em um primeiro momento, com o dinheiro arrecadado dando apenas para cobrir os custos — e é aí que a coisa muda, quando um investidor entra na jogada.

A Fidget360 fabrica spinners de várias cores e formatos.

Dono de uma aceleradora de startups, Gerard Adams se tornou mentor da Fidget360 e ajudou a impulsionar o negócio. Após o aporte financeiro, a empresa cresceu e já conta com 30 funcionários — todos estudantes com idade entre 14 e 18 anos trabalhando meio período. O resultado de tudo isso? US$ 350 mil para a firma e um negócio para comercialização de 300 mil hand spinners na rede Wal-Mart em todos os EUA.

E o futuro?

Weiss deve se mudar e ir para outro estado fazer faculdade, período no qual ele espera aprimorar ainda mais os negócios da empresa. A distância, aliás, não será um problema, garantem os dois, que já tem uma nova ideia sendo preparada — apesar de não darem qualquer ideia sobre qual será o próximo passo da Fidget360.

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