Assistimos a “Caminhos da Floresta”, o novo filme da Disney

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Na última quinta-feira, o novo filme da Disney chegou a alguns cinemas do Brasil. O longa-metragem “Caminhos da Floresta” é baseado em um musical da Broadway e vem para contar uma história inusitada sobre os contos de fada.

A obra tem direção de Rob Marshall, cineasta gabaritado na área que foi o responsável por comandar Chicago, que inclusive ganhou o Oscar de Melhor Filme em 2003, e Nine, o qual também foi indicado em diversas categorias na premiação da Academia.

Além da presença imponente de Marshall, o longa-metragem traz um elenco de peso, incluindo grandes nomes como Emily Blunt, James Corden, Anna Kendrick, Johnny Depp e Meryl Streep — esta que por sinal está concorrendo à estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel neste título.

Apesar de o time de astros chamar a atenção, o filme ganha destaque por conta de seu enredo surpreendente, que mistura os contos “João e o Pé de Feijão”, “Cinderela” e “Rapunzel”. Para dar consistência a este emaranhado, o roteiro de James Lapine (que também foi responsável pelo musical) traz dois personagens adicionais: o padeiro e sua esposa.

Pode parecer um filme absurdo, mas a verdade é que o resultado ficou muito bom. Não são poucas as pessoas que não gostam de musicais e acabaram soltando comentários positivos com respeito às cantorias de “Caminho da Floresta”. O filme tem uma direção de arte magnífica e um capricho extra no figurino. Vamos falar mais sobre esta bela obra da Disney.

Alerta spoiler

Antes de dar continuidade à crítica, vale uma pausa para deixar bem claro que vamos abordar diversos detalhes da trama no desenvolvimento deste texto. É recomendável efetuar a leitura após ter conferido o filme, pois algumas informações aqui presentes podem prejudicar sua experiência no cinema. Nós avisamos.

Uma floresta densa e surpreendente

Não é preciso uma estatística para saber que há muita gente que tem certo preconceito com filmes musicais, mas a história muda de figura quando se trata de Disney. Mesmo que não é fã do gênero acaba se surpreendendo com esta obra. Basta dar alguns minutos para perceber que não estamos tratando de um monte de canções soltas e desconexas.

O pessoal responsável pelo musical — que por sinal compõe quase toda a trama — foi muito inteligente ao misturar perfeitamente as histórias, cruzando falas de diferentes contos e unindo os caminhos dos personagens conforme o desenrolar do roteiro. A cada emoção, o filme mostra um som diferente; e alguns acabam se saindo melhor do que esperávamos.

Parte da genialidade aqui está no cenário. A floresta é repleta de mistérios e dá espaço para que os contos se desenvolvam de forma convincente. Aliás, vale notar que o roteiro do filme é inteligente ao alterar os contos e pegar o espectador de surpresa. Nem tudo que você conhece é mostrado da mesma forma e há muitas boas ideias que deixam a obra mais interessante.

A direção de arte e a fotografia do filme são perfeitas. Tanto nas cenas diurnas quanto nas sequências noturnas, os diferentes rumos apresentados na floresta e nos arredores são muito coerentes e se apresentam de forma espetacular. É importante notar que toda a magia da floresta ainda serve para deixar a trama mais curiosa, já que é possível fazer reviravoltas sem precisar dar muitas explicações.

A obra é rica em drama e comédia, mas há boas dosagens de suspense e de ação que deixam o resultado bem empolgante. Com atores muito competentes e capazes de dar o suporte necessário, o novo título da Disney acaba empolgando a plateia que ficas vidrada na história muito bem amarrada. O figurino também ficou caprichado, com uma roupagem que dá nova cara aos personagens.

O elenco é muito talentoso e alguns atores deixam a plateia boquiaberta, já que ninguém esperava que determinados figurões fossem tão bons na cantoria. As pitadas de humor e de drama apresentadas por algumas celebridades deixam a temática mais adulta, o que é muito perspicaz, a julgar pelo público ao qual o filme é destinado — sim, este filme é focado nas pessoas que viram os contos da Disney há uns 20 anos atrás e querem redescobrir a magia.

“Caminhos da Floresta” talvez não seja um musical tão surpreendente a ponto de ganhar uma indicação pelo conjunto da obra, mas é um filme capaz de agradar aos príncipes e donzelas dos mais diversos tipos com seu roteiro inusitado. A Disney acertou novamente ao apostar em inovação (e dar uma pitada de modernidade) e tem aqui um filme que pode dar espaço para outras adaptações similares. Vale ir ao cinema ver este musical sensacional!

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