Crítica: Deadpool, o insano mercenário tagarela, tem o filme que merece

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Por este filme do Deadpool, Ryan Reynolds conseguiu a redenção. O ator, que vive o mercenário tagarela neste reboot, batalhou por anos para levar propriamente o anti-herói para as telas – com sua boca-suja, seu humor ácido, seu linguajar obsceno e sua habilidade de quebrar a quarta parede.

Depois de uma passagem vergonhosa (e que todo mundo quer esquecer) em X-Men Origens: Wolverine, o personagem Deadpool reaparece neste novo filme exatamente como foi concebido nos quadrinhos. Reynolds tem sua merecida segunda chance para provar que, com a equipe certa e com o aval do estúdio para fazer um filme adulto, ele pode ser a encarnação perfeita do mercenário nos cinemas.

O que se vê nas telas é o reflexo desse desejo de Reynolds em interpretar Deadpool como ele deveria ser. Fã assumido do personagem, o ator parece se divertir muito no papel. Ao longo do filme, a tagarelice do mercenário não perdoa nada e ninguém: são inúmeras piadas por minuto nos momentos mais inspirados do anti-herói, que brinca com Wolverine, com os X-Men, faz críticas ao próprio estúdio e a outros filmes de super-heróis.

Deadpool é subversivo em diversos aspectos, tanto em sua estrutura narrativa quanto no (ab)uso de violência e humor. O longa apresenta o conto de origem do personagem de forma um pouco diferente, intercalando cenas presentes do anti-herói – com muita ação! – e sequências de flashback que relatam a história de Wade Wilson com Vanessa e sua passagem pelo programa de Francis/Ajax, onde adquiriu as habilidades mutantes.

Se o humor do personagem já parecia garantido pelas prévias e pelos materiais de divulgação, havia certa dúvida se o filme – do estreante em longas-metragens Tim Miller – seria capaz de entregar grandes cenas de ação. O receio passa logo nos primeiros minutos de projeção, já que Deadpool começa com uma alucinante sequência, muito bem editada, que combina com perfeição o humor obsceno do personagem com lutas, tiroteio e muita violência!

O filme traz também diversas surpresas ao longo da história, especialmente pela maneira como Reynolds interpreta o personagem. Quando você acha que já viu de tudo e que Deadpool não tem como fazer piadas mais sujas, o mercenário aparece com uma novidade – seja em uma nova brincadeira falando diretamente ao público, fazendo referências ao universo mutante ou ao cenário pop, ou simplesmente soltando palavrões e gritos agudos em meio à ação.

Fonte da imagem: Divulgação/20th Century Fox

O longa certamente tem um apelo maior aos fãs de quadrinhos e aos cinéfilos que acompanham as adaptações de super-heróis nos cinemas, mas Deadpool não deve decepcionar aos novatos nesse universo. É muito gratificante e prazeroso assistir a uma produção que foi feita com tanto gosto pelos realizadores, em que podemos notar o envolvimento e comprometimento de toda equipe.

Este resultado só foi possível pela insistência de Ryan Reynolds em levar corretamente Deadpool aos cinemas. Temos muito a agradecer ao ator; pela maneira como encarnou o personagem, ele merece mesmo nosso respeito e gratidão – Reynolds fez de Deadpool nosso anti-herói favorito.

Via Minha Série.

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