O futuro da reciclagem? Robôs separadores de materiais

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Quem assistiu Wall-E viu uma visão meio apocalíptica do papel do lixo no futuro do planeta. Dos resíduos gerados, o plástico é um dos que apresenta um dos maiores riscos: só em 2015, a indústria criou 448 milhões de toneladas do material – e apenas 14 por cento dos produtos derivados do plástico são reciclados no mundo todo.

Para ajudar na tarefa de buscar o que pode, de fato, ser reciclado, algumas empresas estão buscando soluções tecnológicas. Um exemplo é a AMP Robotics que, em parceria com a prefeitura da cidade de Carton, nos EUA, e com a empresa de coleta de resíduos Alpine Waste & Recycling, está desenvolvendo um robô que utiliza um sistema baseado em inteligência artificial e uma estrutura de captação de imagens para fazer a separação dos materiais.

A máquina é chamada de Clarke e vem trabalhando nas instalações da Alpine há um ano. A câmera instalada nele é utilizada para identificar recipientes de leite, suco e comida, para daí um braço mecânico coletar esses itens e separá-los dos demais.

O robô consegue separar até 60 recipientes por minuto – 20 a mais do que um trabalhador humano – com uma precisão de 90%, o que, de acordo com a empresa, ajudou a reduzir em 50% os custos no processo de separação.

Outro exemplo é o robô com o sugestivo nome de Wall-B, da Sadako. Belén Garnica, co-fundador da empresa, explica que a criação dessas máquinas não significa apenas tirar os humanos do processo: “Claro que algumas tarefas sempre vão precisar de um humano envolvido, mas a nossa expectativa é de que parte das tarefas mais difíceis e perigosas poderão ser feitas pelas máquinas no futuro”.

De qualquer forma, boa parte do esforço de reciclagem ainda depende da separação correta dos resíduos – e talvez a gente não deva depender dos robôs para nos ajudar a fazer isso, ou vamos nos ver em meio a pilhas de plástico muito antes do que esperamos.

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