Além dos bitcoins: conheça outras moedas virtuais

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Litecoin, um dos principais rivais dos Bitcoins (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Se você é um entusiasta das controversas Bitcoins, certamente deve saber que as moedinhas virtuais foram criadas em 2008 através de um relatório publicado na internet por Satoshi Nakamoto, correto? O que muita gente não sabe é que o conceito de cryptocoins (ou criptomoedas, em português) é muito mais antigo do que isto.

De fato, a ideia de um dinheiro descentralizado e eletrônico surgiu em meados de 1998 através do “Manifesto Cypherpunk”, um texto de autoria do programador Eric Hughes que defendia o uso de criptografia para proteger nossa privacidade na era da informação (você pode ler o texto original aqui e uma versão traduzida aqui). Na ocasião, Hughes afirmou que devemos garantir que cada parte constituinte de uma transação financeira tenha conhecimento apenas do que é estritamente necessário para aquela operação.

“Se eu compro uma revista de uma loja e dou dinheiro para o caixa, não há necessidade de ele saber quem eu sou”, explicou o criptoanarquista. “Se eu peço ao meu provedor de correio eletrônico para mandar e receber mensagens, meu provedor não precisa saber com quem eu estou falando ou o que outros estão me dizendo; meu provedor só precisa saber como levar a mensagem até lá e quanto eu devo.”

Feathercoin, outra criptomoeda relativamente famosa (Fonte da imagem: Reprodução/Bitcoin Magazine)

O nascimento do dinheiro alternativo

Foi a partir das ideias defendidas no Manifesto Cypherpunk que programadores do mundo inteiro passaram a concentrar suas forças na criação de moedas eletrônicas que permitissem o comércio anônimo e protegido por chaves criptográficas. Embora os Bitcoins tenham se consagrado como o primeiro sistema de criptomoedas realmente funcional, vários outros entusiastas do conceito passaram a desenvolver seus próprios protocolos e divulgá-los em fóruns ao redor da web.

Um dos exemplos mais famosos é o Litecoin (LTC ou Ł), que surgiu em outubro de 2011 e destaca-se por ser bem mais leve do que o BTC tradicional. O processamento de blocos, por exemplo, ocorre a cada 2,5 minutos (contra os 10 minutos do Bitcoin original). Além disso, os pacotes de dados dos Litecoins são bem mais leves e podem ser minerados através de hardwares mais modestos, dispensando o uso de máquinas criadas especialmente para essa finalidade. Atualmente, 1 LTC equivale a cerca de US$ 2,92 (ou R$ 6,64 aproximadamente).

(Fonte da imagem: Reprodução/BitcoinTalk)

Moedinhas para todos os gostos e finalidades

Indo mais a fundo, é possível encontrar algumas moedas bastante desconhecidas e que são utilizadas por um número bastante diminuto de pessoas – mas ainda assim funcionam perfeitamente. A Peercoin (PPC), por exemplo, surgiu em agosto do ano passado e promete ainda mais segurança para as suas transações. Já a Feathercoin (FTC), por sua vez, é bem mais recente: está em atividade desde abril de 2013 e combina alguns recursos de segurança da PPC com a leveza oferecida pela LTC.

Não poderíamos deixar de citar ainda a Terracoin (TRC), a Freicon (FRC), a PhenixCoin (PXC) e a AnonCoin (ANC). Para dizer a verdade, pesquisando sobre o assunto em sites afins, é possível encontrar mais de 80 criptomoedas diferentes (entre algumas que já foram desativadas e outras que ainda estão em desenvolvimento).

Há, inclusive, alguns protocolos com nomes bastante curiosos, como Noirbits, Nuggets, TimeKoin, Sexcoin (criado especialmente para ser usado na indústria pornográfica) e WorldCoin (cujos desenvolvedores prometem revolucionar o mundo e só pretendem lançar a moeda oficialmente quando a população do planeta estiver pronta; a taxa de processamento de blocos prometida é de apenas 30 segundos!).

Imagem de divulgação da WorldCoin (Fonte da imagem: Reprodução/CryptoCoinsNews)

Qual usaremos?

No fim das contas, os Bitcoins continuam sendo o sistema de criptomoeda mais famoso e confiável disponível no mercado, e é bem provável que sua popularidade aumente cada vez mais. Afinal, o dinheiro eletrônico está se tornando cada vez mais comum até mesmo no “mundo físico”; caso você ainda não tenha conferido, leia agora mesmo a nossa matéria especial sobre coisas que você pode comprar com BTCs e não sabia.

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