Cientistas sabem se você é homem ou mulher usando sua impressão digital

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Por mais eficientes que as impressões digitais possam ser na hora de identificar o suspeito de um crime, elas apresentam uma enorme limitação: só é possível descobrir a quem elas pertencem quando os investigadores possuem um registro anterior das digitais da pessoa em questão. Novas pesquisas, no entanto, podem ter descoberto uma maneira de diminuir a lista de suspeitos, identificando se o dono da digital era homem ou mulher.

Antes que você pense se tratar de alguma curvatura específica ou outro aspecto nas “ondas” de nossas digitais, já avisamos que o caso aqui é bem diferente. No lugar de utilizar alguma comparação visual, pesquisadores da Universidade de Albany desenvolveram uma técnica que analisa a composição química da digital, comparando as mais sutis diferenças no suor deixado na impressão.

Na teoria, a ideia é bastante simples. Tudo o que eles precisam fazer é analisar a concentração de aminoácidos presente no suor, uma vez que mulheres tendem a liberar duas vezes mais deles (e em uma distribuição diferente) do que os homens.

Na prática, no entanto, é necessário um bocado de trabalho para conseguir tudo isso. De acordo com os dados publicados na revista científica Analytical Chemistry, os pesquisadores tiveram que extrair os aminoácidos da digital através de uma transferência para um pedaço de plástico-filme. Depois, eles aplicaram ácido hidroclorídrico sobre o material e o aqueceram, para só então conseguirem incentivar a digital a liberar seus aminoácidos para análise.

Todo esse trabalho felizmente valeu a pena. Após uma série de testes usando como base digitais deixadas nas mais diversas superfícies, eles foram capazes de identificar o sexo da pessoa dona das digitais com uma precisão de 99% das vezes.

É claro que isso ainda não é suficiente para, sozinho, prender alguém, como ocorre com o método de comparação de digitais. Mesmo assim, como dito antes, esse sistema pode ao menos ajudar a filtrar os suspeitos do caso, levando a uma resposta mais rápida do que ocorre atualmente – ou até servir de prova quando uma digital não apontar uma identificação completa por culpa de estar borrada, por exemplo.

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