3 tecnologias de bateria em desenvolvimento para aumentar a vida útil

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Processadores mais potentes e telas maiores já foram os principais requisitos na hora de escolher um smartphone, mas isso tem mudado um pouco ao longo dos anos com o fraco desempenho das baterias. Agora são elas que estão na mira dos consumidores.

As fabricantes parecem que finalmente estão dando a devida atenção para isso, com novos dispositivos que aguentam mais que um dia inteiro de carga. Mas ainda é possível fazer mais do que simplesmente otimizar recursos do sistema operacional ou de aumentar os mAh.

Conscientes deste clamor coletivo, diversas empresas estão botando a mão na massa para desenvolver novos padrões e opções de baterias que sejam capazes de durar muito mais dias sem comprometer o tamanho e o preço dos atuais aparelhos. Confira algumas novas opções disponíveis:

Hush

O primeiro item da lista não é propriamente uma nova tecnologia, mas um aplicativo que (realmente) é capaz de economizar bateria. Ele está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Perdue, da Intel e da Mobile Enerlytic.

Os desenvolvedores resolveram investigar o quanto de energia é gasto em um dispositivo Android enquanto a tela está desligada e descobriram que quase metade do consumo é representado pelos processos em segundo plano. Pior: grande parte dessa energia é despendida devido a problemas de software.

O Hush (como o programa foi batizado) é capaz de economizar até 16% do consumo de energia. Mas a equipe ainda está trabalhando nele para dobrar a capacidade de salvar a carga do aparelho enquanto ele não está sendo utilizado.

Waldio

Um problema na memória de armazenamento pode ser a solução parcial para um problema de memória. Uma tecnologia relacionada pode ser capaz de melhorar a performance de energia do aparelho. Pesquisadores da Universidade Hanyang, na China, encontraram uma maneira de reduzir o envelhecimento deste tipo de memória e, de quebra, aumentar a vida útil da carga em até 39%.

O problema do armazenamento de memória flash é que cada pequeno bloco de dados só pode ser rescrito um número limitado de vezes antes que ele perca suas propriedades eletromagnéticas. Ou seja, o armazenamento é reduzido à medida que o sistema operacional grava mais dados.

Para reduzir esse envelhecimento, os pesquisadores conseguiram otimizar o banco de dados SQLite usado pela bateria do Android, reduzindo assim o volume de dados gravados a cerca de 1/6 do original. Dessa forma, o SO conseguiu operar de forma mais rápida ao gravar dados no armazenamento interno.

Bateria de lítio puro

Em 2014, nós reportamos aqui no TecMundo que cientistas da Universidade de Stanford alegaram a descoberta de uma fonte de energia poderosa usando o próprio lítio, o material já usado nas baterias atuais.

A diferença é que a equipe afirma ter obtido um ânodo estável de lítio, criando uma bateria "pura" que extrai o máximo da substância e aumenta a própria eficiência. A ideia é ampliar em até quatro vezes o desempenho dessas peças.

Para explicar o funcionamento, é preciso voltar às aulas de Química. A bateria tem três componentes: o eletrólito, que providencia elétrons; o ânodo, que os descarrega; e o cátodo, que recebe. Os modelos atuais são de íon-lítio, o que significa que a substância age somente no eletrólito, mas não no ânodo — e obter um ânodo de lítio puro é o que os cientistas mais desejam.

Um dos professores da equipe, Yi Cui, afirma que o material é chamado de "Santo Graal"  por ter um enorme potencial que ainda permanece escondido. Como ânodo, o lítio é leve e tem alta densidade de energia (ou seja, armazena muita em um pequeno volume, resultando em baterias menores e poderosas).

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