Como funciona uma fábrica de aviões

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Gigantes sobrevoando as grandes cidades, os aviões precisam de processos de fabricação muito cuidadosos para que seja evitado qualquer tipo de problema – afinal de contas, eles transportam centenas de pessoas ao mesmo tempo e qualquer falha pode causar uma tragédia. Você imagina como são esses processos?

Conheça agora algumas das principais etapas que devem ser respeitadas pelas montadoras de aeronaves. Para esta matéria, utilizamos como referência a montagem de aviões da Boeing, conforme relatado pelo site Dvice. Aperte os cintos e se prepare para a decolagem em direção a mais um pouco de conhecimento.

As maiores fábricas do mundo

Indústrias automobilísticas conseguem produzir centenas de carros por dia, mas quando os comparamos com um avião, podemos imaginar que o tempo gasto para a produção de uma aeronave é muito maior. E é mesmo. Raramente um avião é criado em menos de uma semana, pois há muitas fases diferentes pelas quais eles devem passar.

Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/The Boeing Company)

A fábrica da Boeing, em Everett, possui centenas de milhares de metros quadrados. São imensos galpões responsáveis pela produção de várias peças, além das diversas estruturas encarregadas do armazenamento de materiais que chegam prontos de outras empresas.

Para alimentar todo o sistema, há inclusive conexão direta da fábrica com estradas de ferro para trens. Também existem estradas exclusivas para facilitar o acesso dos mais de 30 mil funcionários que se dividem em até três turnos diferentes.

Há centrais de combate a incêndios e um departamento de segurança exclusivo no local, tudo para prevenir problemas e – quando não for possível – contê-los rapidamente. Os serviços existentes lá vão muito além disso. Um centro médico está preparado para emergências 24 horas por dia, assim como as creches e as cantinas, que oferecem mais de 17 mil refeições por dia.

Sistemas de manutenção da temperatura

Ao contrário do que se imagina, não existem centrais de ar-condicionado gigantescas ou redes de calefação na Boeing Everett Factory. Quando o calor começa a ser sentido pelos funcionários, grandes portas (que chegam a ter o tamanho de campos de futebol americano) são abertas para que a ventilação seja suficiente.

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“E no inverno, Tecmundo?” Aí o aquecimento fica por conta dos próprios empregados da Boeing. Em constante movimentação, o calor gerado por eles faz com que seja criada uma climatização natural. O único equipamento térmico utilizado é um exaustor, que impede o acúmulo de vapor no teto dos galpões.

Montagem dos aviões

Apesar de serem enormes, os aviões contam também com peças muito pequenas. Elas chegam até as linhas de montagem por meio de caminhões e trens, que têm acesso direto à fábrica da Boeing. Mas também há outras peças que são levadas até lá por aviões modificados. É o caso das asas de alguns modelos de aeronave, transportadas em um 747 alterado para suportar mais carga.

Em cada um dos galpões, é montado apenas um tipo de avião (747, 767, 777 ou 787). O processo funciona dessa forma porque cada aeronave precisa de diferentes manejos durante a fabricação. O Boeing 777, por exemplo, é construído em linhas de progressão, sendo movido a cerca de cinco centímetros por minuto.

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Para evitar que qualquer detalhe escape aos olhos dos funcionários, eles são colocados em mesas anexadas a gruas móveis, com seus computadores e ferramentas acopladas. Dessa forma, não há riscos de alguma peça ser mal-encaixada por falta de tempo.

Um modelo que exige menos tempo de montagem é o 787 Deamliner. Por ter várias peças pré-montadas, os funcionários da Boeing só precisam realizar o encaixe dos principais componentes. É possível construir um desses em apenas três dias – excluindo o motor, que será instalado apenas em outro momento.

Hora da pintura

Antes da entrega das aeronaves, elas precisam passar por uma etapa de pintura. Você sabe por que a maioria das empresas aéreas opta por pintar os aviões de branco ou prata? O motivo não está no preço da tinta, mas tem a ver com economia. Essas cores atribuem menos peso às estruturas, permitindo uma maior economia de combustível.

(Fonte das imagens: Reprodução/The Boeing Company)

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Depois dessas etapas, as aeronaves já estão prontas para serem enviadas até os novos donos. Você deve imaginar que elas não são nada baratas, não é? E tem razão. Os mais recentes aviões da Boeing (787 Deamliner) não saem por menos de 180 milhões de dólares (312 milhões de reais).

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