A Apple é uma marca tão cobiçada na China que o país, campeão das falsificações, chegou a “piratear” até mesmo as lojas oficiais da empresa. É exatamente isso que você leu: existem revendas ilegais de produtos da Apple na China – alguns verdadeiros, outros não. E esse comércio é tão requisitado quanto os postos de venda oficiais da Maçã no país, que hoje somam 22 estabelecimentos legais.
Para que se tenha uma ideia, essas lojas falsas chegam a ter filas tão grandes quanto (ou até maiores) as que vemos nos locais oficiais. Pré-vendas, edições limitadas dos produtos e acessórios são comercializados sem o aval da Apple em um mercado que, hoje, é o segundo maior do mundo em smartphones.
“Há muitos fãs da Apple na China. Há pessoas dispostas a pagar dinheiro extra só para ter um novo iPhone antes de todo mundo”, diz Zhao, vendedor de uma dessas lojas não autorizadas, ao Reuters.
Aparelhos chegam a custar o dobro
O iPhone 6S e o iPhone 6S Plus, por exemplo, só estarão disponíveis nas lojas oficiais na data de lançamento aos consumidores que fizeram reserva, e a companhia já adiantou que a demanda excedeu as expectativas, cortando novos pedidos. Qual é a saída para quem quer um? Recorrer ao mercado ilegal – nem que, para isso, seja preciso vender um rim.
Os aparelhos podem custar o dobro do valor original sugerido pela Apple. As lojas falsas chegam até a fazer pré-vendas e garantem que terão os novos dispositivos até sexta-feira (25/09).
Isso é bom para a Apple?
Analistas do mercado dizem que a presença de estabelecimentos não autorizados que comercializam produtos da Maçã na China são bons para a empresa na medida em que ajudam a popularizar a marca num país em que apenas 22 Apple Stores (oficiais) estão presentes. A ideia da companhia norte-americana é aumentar esse número para 40 até a metade de 2016.
O corpo jurídico da empresa, naturalmente, atua para fechar o cerco a esses locais. Yang Fei, empreendedora que auxilia vendedores não autorizados a estabelecer comércios especializados em celulares, disse que esses negociantes podem começar a pensar em outras marcas. “Olhe todas as lojas que estão aí nas ruas. Seria difícil negociar produtos da Apple neste ano. Pode ser melhor trabalhar com a Huawei”, contou.
Nesse contexto, tanto a Apple quanto as outras empresas do segmento têm discutido medidas cabíveis que o governo possa adotar para coibir a disseminação do mercado negro.
Lojas falsas da Apple não param de crescer na China e chegam a formar filas! Você compraria nelas? Comente no Fórum do TecMundo.
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