Tizen: uma ameaça ao Android?

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Em meio à guerra entre iOS e Android, surgem alguns sistemas visando oferecer alternativas às fabricantes e aos consumidores. O segmento móvel já recebeu o Bada, o MeeGo, o Maemo, o Windows Phone e, agora, está prestes a conhecer o Tizen.

(Fonte da imagem: Divulgação/Tizen Association)

Anunciado previamente em algumas notícias do Tecmundo, o software desenvolvido em uma parceria entre Samsung, Intel, Linux Foundation e outras corporações promete oferecer bom desempenho, compatibilidade com aplicativos de Android e interface agradável. Testamos a versão x86 do sistema e você confere nossas primeiras impressões neste artigo.

Configuração de testes

Para avaliar a prévia do Tizen, utilizamos uma máquina virtual. Por se tratar de um teste no computador, não pudemos utilizar a versão ARM. Todavia, algumas configurações básicas possibilitaram uma boa simulação do funcionamento em um smartphone. Confira as especificações de nossa máquina virtual:

  • Tela com resolução de 1280x720 pixels
  • Densidade do display configurada para 316 DPI
  • 1 GB de memória RAM
  • Três teclas de atalho
  • Compartilhamento de arquivos ativado

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Ao inicializar o sistema pela primeira vez é solicitada a seleção de um idioma-padrão. Apesar de estar em versão de testes, o Tizen já oferece tradução completa para o idioma português. Depois, basta configurar o teclado e o horário para começar a brincar com o software.

Tela inicial e barra de status

Ao iniciar o Tizen, você logo nota semelhanças com o Android. Apesar disso, existem algumas diferenças para você saber que não está usando o sistema da Google. A Samsung aproveitou alguns elementos visuais do Bada para deixar o software com um estilo próprio.

A tela inicial do Tizen traz os atalhos para as aplicações disponíveis. Além disso, um número na parte superior do display indica que você está na primeira área de trabalho — não é possível adicionar novas telas usando o SDK.

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Acima dos ícones, está uma barra de status com algumas informações úteis. O sistema exibe um ícone da rede 3G, do sinal da operadora, do volume e da bateria. O relógio também é mostrado nesta barra, o que a deixa muito parecida com a do Android.

Apesar dessa semelhança, um atalho “Home” aparece na parte esquerda da barra, facilitando o acesso à homescreen. Basicamente, o Tizen conta com cores sólidas e opções bem claras — o que pode ser um ponto positivo na primeira versão do sistema.

Aplicações e configurações

O Tizen ainda está dando os primeiros passos, por isso ele traz apenas aplicativos básicos. Por enquanto, os softwares originais não têm nomes definidos, mas dão acesso às seguintes funções: Internet, Calculadora, Relógio, Contatos, Calendário, Galeria, Memorando, Mensagem, Música, Telefone, Definições e Procurar.

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O Tizen Browser, navegador do sistema, apresenta boa velocidade para carregar sites com grande carga de conteúdo. Apesar de estar em um estado avançado de desenvolvimento, o programa não foi capaz de completar o teste Acid3 — mas marcou 99 de 100 pontos. O programa alcançou 400 pontos (mais 15 de bônus) no teste do site The HTML5 test. Detalhe: talvez o navegador do seu PC não alcance tal desempenho.

A galeria de imagens é muito bonita e funciona perfeitamente. Ela traz opções de slideshow, zoom e agrupamento de imagens em álbuns. Os demais programas apresentaram bom funcionamento, porém não há muitas atividades para realizar com eles.

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Algo que merece destaque é o suporte para múltiplas tarefas. O Tizen não só é capaz de executar diversos softwares, mas ainda fornece um gerenciador rápido para encerrar e alternar entre os programas abertos.

Um concorrente à altura?

O Tizen nos impressionou com sua interface modesta e os poucos recursos que fornece. Ainda que não seja um sistema robusto como os concorrentes, ele parece estar preparado para receber uma enxurrada de programas e ter sua funcionalidade ampliada.

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Apesar de não termos meios para testar todos os recursos do programa, vale lembrar que ele tem suporte para NFC, GPS e tecnologia 4G. Isso sem contar que o sistema deve receber versões para smartphones, tablets, notebooks e televisores.

Por enquanto, o Tizen não representa ameaça para o iOS, tampouco para o sistema da Google. Todavia, ele pode ganhar destaque, visto que ele é open source e tem capacidade para executar aplicativos de Android. Esperamos por novidades para tirar conclusões mais aprofundadas. Os primeiros dispositivos com Tizen chegam ainda este ano!

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