O Firefox 7 usa mesmo menos memória RAM?

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Imagem de: O Firefox 7 usa mesmo menos memória RAM?

(Fonte da imagem: Mozilla Project)

Em agosto deste ano, a Mozilla publicou uma atualização em seu blog oficial em que afirma que, comparado às versões anteriores, o Firefox 7 consome de 20% a 30% menos memória RAM – valor que pode chegar a 50% em alguns casos.

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Com isso, a empresa não só pretende conquistar novos usuários, como trazer de volta aqueles que migraram para a concorrência devido ao aumento de consumo de recursos visto nas últimas versões do navegador. Para comprovar se as alegações da empresa são verdadeiras, decidimos submeter o software a alguns testes de desempenho.

Além do Mozilla Firefox 7 (em sua versão Beta), analisamos as versões 5.0 e 6.0. O objetivo era não só comprovar as alegações da empresa, como traçar uma evolução do consumo de recursos do navegador. Também traçamos um comparativo com os principais concorrentes (Internet Explorer e Google Chrome) para identificar qual deles usa menos memória RAM.

Para evitar desigualdades, submetemos as três versões do produto a teste sob as mesmas condições. Nenhum software pesado estava sendo executado pelo sistema, além de todos os complementos terem sido desativados.

Primeiro teste – GeoGoo

Para verificar o consumo de memória dos navegadores, testamos primeiro seu desempenho em lidar com os elementos de um site repleto de recursos. O escolhido para isso foi o endereço GeoGoo, que gera mapas de forma totalmente aleatória e exige uma quantidade razoável de recursos do computador.

A média de desempenho das versões 5.0 e 6.0 do navegador permaneceu praticamente a mesma, consumindo cerca de 170 MB de RAM nos momentos de pico. Prova de que, entre os dois lançamentos, não houve muito esforço da Mozilla em reduzir o uso de recursos feitos pelo software.

Firefox 7.0 Beta

Já a versão 7.0 apresentou uma diminuição de consumo de memória relevante, usando quase 30% de RAM a menos do que as versões anteriores do navegador. Mesmo nos momentos de pico, dificilmente o navegador consumia mais do que 125 MB, prova de que os desenvolvedores não estavam mentindo quanto à melhora no desempenho.

Em comparação, ambos os concorrentes se mostraram muito superiores a qualquer versão do navegador da Mozilla. Enquanto o Google Chrome consumiu menos da metade dos recursos (60 MB), o Internet Explorer 9 foi capaz de abrir o GeoGoo gastando somente 30% da RAM usada pelo Firefox 7.0: 40 MB.

Segundo teste – diversos sites

Como forma de comprovar o menor consumo de memória, decidimos testar mais uma vez os navegadores, dessa vez em uma situação mais próxima ao cotidiano. Para isso, testamos novamente as três opções com cinco sites abertos em abas: Tecmundo, Imax Hubble, Apple Trailers, GeoGoo e World’s Biggest Pacman.

Nessa situação, houve uma melhoria de desempenho progressiva conforme a versão do navegador era atualizada. Para lidar com todos os endereços abertos, a versão 5.0 consumiu nada menos que 250 MB nos momentos de pico.

Já o Firefox 6.0 teve um desempenho um pouco melhor, com um consumo médio de 223 MB com todas as abas abertas. Mais uma vez, a versão 7.0 Beta teve o resultado mais agradável nesse quesito, consumindo uma média de 200 MB de memória RAM nos momentos de pico do carregamento de dados.

De forma inesperada, o Google Chrome apresentou desempenho pior até mesmo do que a versão mais antiga do navegador da Mozilla, consumindo 284 MB para abrir todas as abas. Mais uma vez, isso não foi problema para o Internet Explorer, que usou somente 160 MB de RAM no processo.

Veredicto

Ao menos em sua versão Beta, o Firefox 7.0 cumpre o que é prometido pela Mozilla e realmente apresenta uma redução relevante no consumo de memória RAM em relação aos lançamentos anteriores da empresa.

Tabela comparativa de desempenho (Fonte da imagem: Baixaki)

Porém, o navegador da Mozilla ainda tem que melhorar muito para superar os concorrentes nesse quesito, especialmente o Internet Explorer 9 da Microsoft. Embora o consumo de RAM não seja o único critério que define a qualidade de um navegador, pode servir como ponto decisivo para quem não possui um computador de última geração.

Resta saber se, na versão final do produto, as melhorias de desempenho serão ainda mais relevantes do que as detectadas nos testes realizados. Para atrair mais usuários, não só o time de desenvolvimento terá de cumprir as promessas feitas, como trazer novidades capazes de diferenciar o produto da competição cada vez mais acirrada, especialmente aquela representada pelo Google Chrome.

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