Análise: smartphone Sony Xperia Z5

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Desde 2013, ao menos duas vezes por ano a Sony introduz no mercado uma nova geração de seu smartphone top de linha. Mantendo essa tradição, o Xperia Z5 é a nova tentativa da companhia de se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e repleto de opções que combinam grande poder de processamento e preços cada vez mais acessíveis.

Para deixar a concorrência para trás, a companhia aposta em um dos melhores sensores fotográficos do mercado. O hardware atualizado é combinado com soluções de software que privilegiam a duração da bateria, preocupação cada vez maior entre os consumidores que buscam um dispositivo flagship.

Outras características do aparelho são previsíveis, mas não menos surpreendentes, incluindo o chipset Snapdragon 810 revisado, 3 GB de memória RAM e 32 GB de capacidade interna de armazenamento — especificações compartilhadas por muitos concorrentes diretos da Sony.

Será isso é suficiente para justificar o preço oficial de R$ 4.299 cobrado pela empresa no Brasil? E será que as melhorias feitas pela fabricante justificam um upgrade em relação ao Xperia Z3+? As respostas para essas e outras questões você descobre em mais uma superanálise do TecMundo.

Design – a evolução da linha Xperia Z

Dependendo da maneira como você faz a contagem, o Xperia Z5 pode ser considerado o quinto ou oitavo modelo da linha de dispositivos flagship lançados pela Sony desde 2013. A nova versão do smartphone mantém a linguagem de design Omnibalance, que recebeu diversos ajustes desde sua concepção original sem perder sua identidade.

A decisão da fabricante japonesa faz com que seja fácil confundir o novo aparelho com seus antecessores em um olhar mais superficial. Entre os fatores que contribuem para isso está a velocidade dos lançamentos da companhia, uma reclamação constante mesmo entre quem é fã da marca.

Em matéria visual, a principal diferença do Xperia Z5 está em seu botão Power, que deixou de se destacar na parte lateral. O que justifica a mudança é a inclusão de um sensor de impressões digitais nesse componente — algo inédito para a linha —, cujo objetivo é melhorar os processos de autenticação e aumentar a segurança do dispositivo.

A localização lateral é boa, mas a área reduzida do botão faz com que seja preciso certo costume até você conseguir desbloquear o aparelho com desenvoltura. Quando isso acontece, o processo parece até rápido demais — especialmente quando sua única intenção é somente ligar a tela do celular para conferir as horas, por exemplo.

Durante nossos testes, a solução da Sony se provou competente, mas um pouco menos prática do que as alternativas adotadas por outras fabricantes. Ao menos no que diz respeito a leitores de impressões digitais, a decisão da empresa japonesa deixa claro o motivo pelo qual os concorrentes preferem adotar leitores em áreas centrais de seus aparelhos — a maior área de contato resultante torna o processo de interação muito mais prazeroso.

As linhas gerais do Xperia Z5 se assemelham muito mais às do Xperia Z2 do que com as do Xperia Z3 ou do Xperia Z3+ Apesar de continuar apostando em bordas arredondadas, característica bastante pronunciada nos antecessores diretos do aparelho, a Sony optou por um design mais angular em seu smartphone top de linha, o que faz com que ele pareça até mesmo um pouco grosseiro em certos sentidos.

A decisão resulta em um smartphone que não escorrega tão facilmente das mãos — reclamação comum dos donos do Xperia Z3+ —, mas que traz problemas próprios. O principal deles é o desnível entre a lateral e a superfície traseira, que incomoda bastante e diminui a sensação de que estamos lidando com um gadget que deveria representar o auge do que a Sony tem a oferecer em matéria de design.

As linhas retas, somada ao uso do vidro fosco na parte traseira, dão a sensação de que o Xperia Z5 é um produto voltado ao mundo corporativo e que sobra pouco espaço para a diversão em seu visual. Embora isso resulte em um produto que não é desconfortável, a novidade não se encaixa tão bem na mão quanto o Galaxy S6, o Moto X Force ou o LG G4, que optam por acabamentos traseiros ligeiramente arredondados.

O novo top de linha é resistente à ação da água e da poeira, característica que compartilha com os demais modelos da linha Z. Dessa vez, a Sony optou pela presença de somente uma tampa lateral (que protege os cartões SIM e micro SD), deixando desprotegidas a conexão micro USB e a entrada de fones de ouvido — caso seu aparelho seja molhado, a fabricante recomenda que você espere um pouco para essas partes secarem antes de voltar a utilizá-lo.

Hardware

O Xperia Z5 tem em seu interior o Snapdragon 810, o chipset mais poderoso da Qualcomm. Combinado aos 3 GB de RAM, isso significa que é muito difícil encontrar algum aplicativo que o smartphone não consiga executar muito bem.

O dispositivo da Sony é uma opção completa que serve tanto para conferir redes sociais e ler mensagens de email quanto para aproveitar os títulos mais recentes do mercado. Mesmo jogos considerados mais pesados, como Mortal Kombat X e Asphalt 8, rodam muito bem e raramente apresentam queda em suas taxas de quadros por segundo.

Infelizmente, o Snapdragon 810 continua a aquecer bastante mesmo com as revisões feitas por sua fabricante. Isso fica bem evidente após alguns minutos de jogatina ou depois de usar o recurso de gravação em resolução 4K, o que levou a temperatura do celular a quase 50° C.

O aquecimento excessivo não fez com que o smartphone travasse durante nossos testes, mas trouxe diversas preocupações em relação à sua segurança. Depois de uma longa sessão de jogatina, a área central do aparelho fica bastante quente e demora algum tempo até que ela volte a níveis considerados normais.

Benchmarks

Para avaliar o Xperia Z5, submetemos o aparelho a três testes de benchmark: 3D Mark (Ice Storm Unlimited), AnTuTu 5 e Vellamo Mobile. Além disso, realizamos comparações com os aparelhos Galaxy S6, Xperia Z3+, Galaxy Note 5, Motorola Moto X Force e HTC One M9.

Os valores apresentados não devem ser interpretados de forma absoluta, visto que programas de benchmark nem sempre refletem o desempenho de um produto em situações reais. Dessa forma, a pontuação exibida deve ser tratada somente como um indicador que dá uma ideia aproximada do que esperar de um gadget.

Bastante conceituado entre os entusiastas de jogos eletrônicos, o teste Ice Storm Unlimited do 3D Mark é utilizado para fazer comparações diretas entre CPUs e GPUS. Entre os fatores que interferem no resultado obtido está a resolução do display do dispositivo utilizado. Quanto maior a pontuação resultante, melhor é o desempenho.

O AnTuTu Benchmark faz testes de interface, CPU, GPU e memória RAM. Os resultados são somados e geram uma pontuação final — quanto maior ela for, melhor é a performance oferecida popeloaparelho.

O Vellamo Mobile Benchmark trabalha com dois testes: o HTML5, que avalia o desempenho no acesso direto à internet, e o Metal, que se concentra no processador. Quanto maior a pontuação associada a um dispositivo, melhor é seu desempenho em cada uma dessas categorias.

Software

O lançamento do Xperia Z5 coincidiu com a chegada do Android Mashmallow aos aparelhos compatíveis, mas a Sony optou por usar o Android Lollipop em seu smartphone top de linha. Uma atualização para a nova versão está garantida, mas é estranho que a fabricante tenha deixado passar a oportunidade de oferecer aos consumidores um sistema mais atualizado que o usado pelas concorrentes.

A empresa aposta em mudanças pequenas no sistema operacional da Google, evidentes no tamanho de ícones e pastas. A empresa também traz alguns aplicativos proprietários, como seu reprodutor de músicas e o app do PlayStation. Felizmente, a quantidade de bloatwares é bastante reduzida e eles não ocupam um espaço considerável dos 32 GB de armazenamento.

O que incomoda no software do Xperia Z5 é o fato de ele apresentar lentidões que não são compatíveis com seu hardware. A transição entre telas nem sempre acontece de maneira rápida, e alguns aplicativos demoram um tempo razoável para carregar.

O maior problema é que isso não acontece de maneira consistente. Ou seja, um aplicativo que sempre abriu rapidamente pode ficar lento sem aviso, mesmo que o dispositivo tenha acabado de ser reiniciado. O contrário também acontece sem grande aviso: uma tarefa que estava demorando a ser executada pode passar a funcionar rapidamente sem nenhuma indicação do motivo que levou a tal mudança.

Isso deixa a impressão de que a Sony focou muito no hardware e deixou alguns detalhes de seu software de lado. Felizmente, isso é algo que a companhia pode melhorar no futuro com o lançamento de novos firmwares e com a chegada da atualização para o Android Marshmallow — no entanto, esse não deixa de ser um erro grave, especialmente para um celular top de linha.

Tela

O Xperia Z5 mantém a tela de 5,2 polegadas com resolução 1080p adotada pela Sony desde o lançamento do Xperia Z2. Essa combinação funciona bem, apresentando conteúdos de maneira clara e com um ótimo ângulo de visão. Caso você esteja em um avião, por exemplo, a pessoa a seu lado pode ver os mesmos conteúdos que você sem precisar forçar os olhos.

A maior mudança feita pela fabricante é no brilho do display, que agora chega a 700 nits. Isso traz como contraponto o fato de que o aparelho pode exibir cores com tons um pouco azulado, algo que deve incomodar consumidores mais exigentes.

É possível contornar o problema através das configurações do aparelho, que permitem ajustar o nível de branco utilizado. Isso também permite decidir se você quer ver imagens de maneira mais fria ou quente, o que tem impacto direto no cansaço que o usuário sente nos olhos após lidar muito tempo com o dispositivo.

Mesmo considerada antiga para os padrões de uma indústria que evolui a passos rápidos, a tecnologia Triluminous da Sony continua desempenhando seu papel de permitir a visualização confortável de conteúdos. Ao menos no quesito tela, a companhia acertou ao dar uma abordagem mais conservadora a seu novo smartphone — a resolução usada está longe de ser a maior do mercado, mas traz como vantagem um consumo controlado de bateria.

Bateria

O Xperia Z5 mantém a tradição da Sony de oferecer baterias com ótimo tempo de duração em seus smartphones top de linha. Usado de forma moderada — enviando mensagens, consultando redes sociais e assistindo a poucos vídeos —, o dispositivo pode passar dois dias longe da tomada sem grandes problemas.

No entanto, o chipset Snapdragon 810 faz com que o aparelho consuma uma quantidade considerável de energia quando seu potencial é exigido ao máximo. Assim, caso você esteja acostumado a jogar bastante ou dedique um tempo razoável a assistir conteúdos do YouTube, por exemplo, pelo menos uma recarga diária será necessária.

O aparelho possui os modos Stamina e Super Stamina, que desligam processos em segundo plano e garantem um tempo de uso prolongado. As soluções de software não apresentam muita diferença em relação às suas encarnações anteriores, mas continuam sendo uma das melhores alternativas do mercado para os momentos em que você precisa ter a certeza de que sua bateria vai durar tempo suficiente para conseguir chegar a uma fonte de alimentação.

Em nossos testes de stress, conseguimos reproduzir aproximadamente 8 horas de vídeos online com o brilho de tela configurado para metade de sua capacidade máxima. A marca é boa e se assemelha muito ao que foi atingido durante nossas análises do Xperia Z3+, que já tinha bons resultados para um produto da categoria.

Câmera

A câmera do Xperia Z5 é o quesito que mais chama atenção no aparelho. O novo sensor Exmor de 23 megapixels garante o registro de imagens em alta qualidade em qualquer ambiente e se mostra uma opção competente tanto para o fotógrafo casual quanto para quem exige um grande controle sobre a maneira como seu dispositivo opera.

Entre os quesitos que se destacam está o novo sistema de foco — capaz de detectar objetos em somente 0,03 segundo, segundo a Sony —, que funciona de maneira quase instantânea e se mostra ótimo para registrar objetos em movimento. Ele é complementado por um sensor que captura muito bem a luz do ambiente, diminuindo muito o número de situações em que é necessário apelar ao flash para iluminar uma cena.

A Sony também incluiu uma série de controles manuais que permitem que fotógrafos exigentes escolham o ISO, o tempo de exposição e até mesmo o balanço de branco de uma cena. Mesmo na configuração-padrão, que gera imagens de somente 8 megapixels, é difícil não se surpreender com a qualidade do dispositivo.

A gravação de vídeos é facilitada por um sistema de estabilização eficiente, que compensa os pequenos movimentos naturais feitos por uma pessoa. Também devemos elogiar a nova interface do aplicativo estreada pela Sony durante nosso período de análise, que permite alternar entre os diferentes tipos de gravações e acessar efeitos especiais de maneira simplificada.

Como você pode conferir em nossa galeria de imagens, o Xperia Z5 é uma solução versátil para os mais diferentes tipos de situações e iluminação ambiente. Embora ainda exista certa presença de ruídos em cenas com pouca luz, o desempenho geral do sensor fotográfico é excelente — o que não torna surpreendentes os rumores de que a Samsung está interessada em usá-lo na próxima geração do Galaxy S.

No entanto, as qualidades da câmera são um pouco prejudicadas pelo software utilizado pela Sony, que nem sempre é eficiente em perceber corretamente a iluminação ambiente — o que resulta em capturas com exposição excessiva. Além disso, o processamento de imagens leva um tempo considerável em relação ao de aparelhos como o Moto X Play, algo que dificulta tirar fotos simultâneas.

Áudio

O Xperia Z5 possui saídas de som estéreo localizadas em sua parte frontal que apresentam uma boa qualidade de áudio. O aparelho não reproduz sons de forma intensa, dando preferência a um sistema que preza pela clareza das músicas tocadas, embora peque um pouco pelos graves pouco pronunciados.

No geral, o dispositivo oferece uma boa experiência para quem deseja jogar, assistir a vídeos do YouTube ou escutar músicas em ambientes fechados. O desempenho fica ainda melhor quando você usa um fone de ouvido, e o dispositivo é compatível com as soluções com cancelamento de ruído fabricadas pela Sony.

Acessórios

Parte integrante do Xperia Z2 e do Xperia Z3, a SmartBand fabricada pela Sony deixou de ser ofertada junto de sua linha mais poderosa. O dispositivo continua sendo um bom complemento para o Xperia Z5, mas seu preço individual próximo aos R$ 400 é um pouco assustador — estranhamente, a empresa só vende o modelo SWR10 no Brasil.

O novo produto também é compatível com o SmartWatch 3, dispositivo baseado no Android Wear lançado em 2014. Ao menos no que diz respeito aos wearables, a fabricante parece estar reexaminando seu posicionamento no mercado e não há indícios de que um novo gadget do tipo seja lançado para acompanhar o smartphone top de linha.

Ao contrário do que acontecia com os aparelhos anteriores da linha, a Sony não oferece mais um suporte adaptado ao Xperia Z5. Aparentemente ciente da baixa demanda por esse tipo de acessório entre os consumidores, ela removeu do modelo a pequena reentrância presente em aparelhos antecessores destinada a oferecer um encaixe mais firme com esse tipo de base.

Para completar, é possível adquirir uma série de versões de fone de ouvido produzidos pela fabricante que são compatíveis com o smartphone. No entanto, a companhia continua não disponibilizando oficialmente no Brasil sua solução com cancelamento de ruído que funciona exclusivamente em dispositivos da linha Xperia.

Vale a pena?

O Xperia Z5 é uma das opções mais completas do mercado atual para quem busca um dispositivo com uma câmera fotográfica excelente. O novo sensor Exmor da Sony chama a atenção pela flexibilidade, gerando imagens de alta qualidade independente da iluminação disponível no momento.

O dispositivo também se destaca por sua bateria. Apesar de o processador Snapdragon 810 consumir bastante energia, as soluções de software da fabricante fazem com que seja possível passar até dois dias sem fazer uma recarga — contanto que você não exagere na reprodução de jogos eletrônicos e de vídeos.

A linguagem de design Omnibalance continua sendo funcional, mas pode ser hora de a fabricante se arriscar em ideias novas. A aposta em uma borda lateral desnivelada com a parte traseira compromete o conforto no uso do aparelho, mesmo fazendo com que ele se torne menos escorregadio do que o Xperia Z3+.

Já o software peca por nem sempre apresentar o desempenho que se espera do poderoso hardware, mostrando lentidões em alguns momentos sem nenhum motivo aparente. Também não contribui o fato de que, mesmo agindo de maneira discreta, a Sony continua usando modificações que não fazem muito para incrementar a experiência básica do Android.

No entanto, é o preço que deve impedir que o Xperia Z5 ganhe o destaque que ele merece. Pelos R$ 4.299 sugeridos, você pode comprar duas unidades do Xperia Z3+ e ainda sobra dinheiro para investir em alguns acessórios — ou para adquirir um produto top de linha da concorrência.

Nem mesmo a câmera excelente e o bom hardware justificam esse valor, que é simplesmente alto demais para qualquer smartphone — nem mesmo a Apple, conhecida pelos altos preçospraticados, chega a tal ponto. Para efeitos de comparação, é possível adquirir um iPhone 6s com 64 GB de armazenamento pelo que é cobrado pelo novo smartphone da fabricante japonesa.

Embora a tendência seja que isso diminua com o tempo, a aposta da Sony em consumidores mais endinheirados deve se voltar contra ela, que mais uma vez parece ter perdido a oportunidade de ganhar novos fãs com esse grande lançamento.

FAQ – Perguntas e Respostas

1. O gerenciamento de bateria é tão bom como o das gerações anteriores?

Sim, o Xperia Z5 mantém os mesmos recursos Stamina e Ultra Stamina presentes nas gerações anteriores da linha produzida pela Sony. Eles desligam alguns recursos não essenciais de forma a prolongar o tempo de uso da bateria, que normalmente só precisa ser recarregada após dois dias de uso moderado.

2. O recurso à prova da água é realmente bom?

A fabricante decidiu ser um pouco mais clara em relação a esse recurso do que no passado, afirmando que o dispositivo é resistente à água, mas que não é recomendado submergi-lo de forma intencional. Além disso, a companhia também afirma que é preciso esperar até que o smartphone seque antes de voltar a usá-lo para evitar problemas.

3. A qualidade de áudio emitido pelo alto-falante melhorou o regrediu em relação ao modelo anterior? Os graves foram reforçados?

A qualidade de reprodução de áudio permanece semelhante à do Xperia Z3+. A Sony tende a optar por sistemas que funcionamento de forma mais equilibrada, o que significa que os tons graves, embora sejam ligeiramente ressaltados, não chegam a se destacar de maneira muito proeminente.

4. Em relação à câmera, ela realmente merece estar no primeiro lugar do ranking do DoXMark?

Embora nossos métodos de teste sejam um pouco diferentes daqueles usados pelo DoXMark, devemos concordar com eles que a câmera do Xperia Z5 é excelente. No entanto, conforme destacamos em nossa análise, o software usado pela fabricante tem algumas limitações que não combinam muito bem com o ótimo hardware utilizado.

5. Tenho o Xperia Z2 e queria saber o Xperia Z5 é tão escorregadio quanto ele

Não, a Sony resolveu esse problema ao adotar uma borda lateral geralmente desnivelada em relação ao painel traseiro fabricado em vidro. Dessa forma, o dispositivo não tende mais a escorregar facilmente de diferentes superfícies.

6. O leitor biométrico está bem acessível?

Sim, o posicionamento lateral torna fácil acessar o leitor de impressões digitais. No entanto, a decisão da Sony faz com que a área de leitura de dados seja um pouco pequena e pode demorar um pouco até que você se acostume com o posicionamento de dedos necessário para destravar o smartphone.

7. O Snapdragon 810 foi domesticado ou continua esquentadinho?

O Snapdragon 810 revisado presente no Xperia Z5 não tem os problemas de superaquecimento do modelo inicial, mas também pode ser considerado um processador que roda a temperaturas elevadas. Durante nossos testes, o aquecimento não chegou a provocar travamentos, mas as temperaturas superiores a 40° C assustaram.

8. Com o anúncio que a Sony fez sobre lançamentos de novos smartphones no início de 2016, ainda vale a pena investir no Z5?

Conforme concluímos em nossa análise, o preço bastante alto cobrado pelo smartphone no Brasil e a relativa falta de evolução em relação aos modelos anteriores prejudicam bastante o Xperia Z5. No momento atual, investir no Xperia Z3+ ou no Xperia Z3 ainda resulta em uma melhor relação custo/benefício.

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