Análise: smartphone Sony Xperia Z3 Dual

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Apostando novamente em um ciclo de renovação com duração de seis meses para sua linha de smartphones, a Sony decidiu adotar uma estratégia diferente com o Xperia Z3. Em vez de investir em grandes evoluções no quesito hardware, a empresa optou pelo refinamento de ideias que já funcionavam bem em seus modelos anteriores.

Para isso, a companhia japonesa investiu em um design que mantém sua identidade visual única ao mesmo tempo em que traz mudanças suficientes para tornar o aparelho digno de figurar entre os modelos mais bonitos do mercado. No lugar de linhas retas e agressivas, agora há um acabamento curvo elegante que contribuiu para uma experiência de uso mais confortável.

Com o Xperia Z3, a Sony encontra a combinação ideal entre design de produto, potência e software. Apresentando uma bateria com duração sem igual na categoria, o smartphone top de linha merece sua atenção entre os lançamentos que chegam às lojas no final de 2014.

Este produto foi cedido pela loja Guri Véio para análise.

Design

Experiência refinada

O elemento que mais chama atenção no Xperia Z3 é seu design, que mostra uma clara evolução em relação ao que foi apresentado pelo Xperia Z2. Uma avaliação inicial sugere uma grande semelhança entre os dois modelos, mas a presença de cantos arredondados no novo smartphone — aliado a uma menor espessura e um peso reduzido — faz com que ele tenha uma “pegada” muito mais confortável.

O aparelho mantém a mesma largura e altura de seu antecessor, o que contribui para uma sensação de continuidade. Muito disso se deve à dimensão generosa da tela, que continua um tanto difícil de lidar com uma única mão sem ter que recorrer a alguns malabarismos, embora essa dificuldade tenha diminuído um pouco no novo smartphone.

Apresentando uma lateral feita em metal, o Xperia Z3 possui acabamento em vidro temperado tanto em sua parte frontal quanto em sua traseira, o que dá mais resistência ao produto. Isso contribui para um visual mais elegante, mas em contrapartida o uso do material resulta em um aparelho um tanto quanto escorregadio — característica que pode resultar em alguns acidentes caso você o deixe sobre superfícies ligeiramente inclinadas.

O smartphone também traz mudanças em seus botões laterais, que mantêm o mesmo posicionamento visto no Xperia Z2, mas se tornaram menores e mais arredondados. O mesmo se aplica às proteções que garantem resistência à ação da água e da poeira que, infelizmente, ainda parecem um tanto frágeis e dão a sensação de que podem se desprender a qualquer momento.

A Sony também mudou a posição das saídas de som estéreo, que aparecem de forma mais centralizada em seu novo produto. O que se mantém é a localização do conector para fones de ouvido e das câmeras fotográficas — a principal diferença nessas áreas é a presença de um acabamento ligeiramente modificado que dá a impressão de que estamos lidando com componentes menores, mesmo que eles mantenham o mesmo tamanho do passado.

No Brasil, o aparelho é vendido tanto em sua versão convencional quanto em um modelo Dual SIM. Enquanto o primeiro é exclusividade das operadoras, o segundo pode ser encontrado no comércio em geral de forma desbloqueada. Assim como acontece no Xperia Z2, o novo smartphone vem acompanhado pela primeira geração da pulseira SmartBand —o que pode decepcionar um pouco quem esperava a presença da versão Talk, anunciada durante a IFA 2014, na embalagem.

Assim como acontece em seus antecessores, o Xperia Z3 possui resistência nativa à ação da água e da poeira. Segundo a fabricante, é possível submergir o aparelho em água a uma profundidade de 1,5 metro durante um período máximo de 30 minutos sem que isso resulte em qualquer tipo de dano.

Todas as mudanças adotadas pela Sony resultam em um produto que se encaixa muito melhor na categoria “top de linha” do que seus smartphones produzidos no passado. Embora mais fino e adotando linhas mais sutis, o Xperia Z3 continua transmitindo a sensação de que estamos lidando com um dispositivo resistente e bem construído.

O visual modificado também ajuda a finalmente tornar a linha da Sony mais atrativa a um número maior de consumidores. Embora as linhas retas adotadas anteriormente pela empresa sejam sua marca registrada, fato é que o novo design acaba com a aparência de “tijolo” vista em muitos de seus produtos, deixando o novo aparelho menos intimidante ao olhar.

Tela

As 5,2 polegadas da tela do Xperia Z3 possuem exatamente as mesmas dimensões vistas em seu antecessor. A Sony decidiu não seguir o caminho de suas concorrentes diretas e, em vez de apostar em um painel com resolução QHD, continua utilizando a resolução 1080p (1920x1080 pixels). Do ponto de vista técnico, isso pode dar a entender que a empresa “ficou para trás”, mas na prática temos um aparelho que exibe conteúdos de forma clara e com cores bem definidas.

A densidade de 431 ppi se prova mais do que suficiente para ler textos, jogar games, reproduzir vídeos e realizar qualquer outra atividade que você possa pensar. Com toda essa qualidade, faz sentido a companhia não ter decidido realizar mudanças nesse componente, visto a quantidade maior de energia que um painel de resolução maior tende a consumir.

O uso de uma tela com resolução 2K poderia implicar em uma ligeira queda no desempenho do dispositivo, pois o processador teria que se dedicar a exibir uma quantidade de pixels simultâneos muito maior. Além disso, quando falamos de um celular, a diferença entre a resolução 1080p e o padrão QHD acaba sendo negligenciável, ainda mais em um painel de 5,2 polegadas — usando como base uma distância e um ângulo de visão considerados normais, é difícil notar qualquer diferença entre as duas tecnologias nesse contexto.

A principal alteração que a tela do Xperia Z3 apresenta é o fato de ela solucionar um problema comum no Xperia Z2, smartphone que não se adaptava muito bem a ambientes iluminados. A reflexibilidade do novo display se prova muito menor, o que possibilita usar o dispositivo em dias ensolarados sem grandes problemas.

Isso ocorre principalmente devido a um aumento na luminosidade da tela do novo aparelho em relação ao seu antecessor. Enquanto o brilho máximo do Z2 é de 460 nits, o Xperia Z3 possui uma capacidade de 600 nits — um aumento de aproximadamente 20% que não resulta em uma redução no tempo de duração da bateria do dispositivo.

Hardware

Benchmarks

3D MARK (ICE STORM UNLIMITED)

O teste Ice Storm Unlimited, do 3D Mark, é utilizado para fazer comparações diretas entre processadores e GPUs. Fatores como resolução do display podem afetar o resultado final. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

BASEMARK X

O Basemark X tem como foco principal mensurar a qualidade gráfica dos dispositivos. Baseado na engine Unity 4, o app aplica testes de alta densidade, mostrando qual dos aparelhos se sai melhor na execução de jogos. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

ANTUTU BENCHMARK 5

Um dos aplicativos de benchmark mais conceituados em sua categoria, o AnTuTu Benchmark 5 faz testes de interface, CPU, GPU e memória RAM. Os resultados são somados e geram uma pontuação final. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

GFX BENCH

O GFX Bench é voltado para mensurar a qualidade gráfica. Isso inclui itens como estabilidade de desempenho, qualidade de renderização e consumo de energia. Os resultados são revelados em média de frames por segundo (fps). Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

VELLAMO MOBILE BENCHMARK

O Vellamo Mobile Benchmark aplica dois testes ao aparelho: HTML5 e Metal. No primeiro deles é avaliado o desempenho do celular no acesso direto à internet via browser. Já no teste Metal, o número final indica a performance do processador. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.

Desempenho

No Xperia Z3, a Sony optou pelo uso de um modelo ligeiramente diferente do processador Snapdragon 801, também presente no Xperia Z2. O novo aparelho da Sony apresenta a versão MSM8974AC do chipset, enquanto seu antecessor utiliza o modelo MSM8974AB.

A nomenclatura semelhante prova que estamos lidando com hardwares com características bastante próximas, que compartilham especificações como ISP, frequência máxima de GPU e frequência interna de memória. A principal diferença fica pela velocidade de operação máxima da nova CPU, que é de 2,5 GHz, contra os 2,3 GHz do modelo anterior.

Mesmo que teoricamente isso signifique que estamos lidando com um aparelho mais rápido, na prática é difícil sentir alguma diferença notável de desempenho — o que não é necessariamente algo negativo. A navegação pelas diferentes telas e janelas acontece de forma fluida e dificilmente há algum problema de travamento causado por limitações no hardware.

Durante nosso período de testes, não houve qualquer caso de aplicativo que o smartphone não tenha conseguido executar de maneira competente. Tanto games medianos como Plants vs Zombies 2 quanto títulos mais pesados, como Epoch 2 e Batman: Arkham Origins, puderam ser jogados sem qualquer problema ou lentidão.

No entanto, o Xperia Z3 continua apresentando um problema de aquecimento semelhante ao visto em suas versões anteriores. Basta realizar qualquer atividade considerada mais intensa para, em questão de instantes você note um aumento de temperatura considerável na região traseira do smartphone. Felizmente, isso não resulta nos travamentos constantes relatados por alguns donos do Xperia Z2.

Armazenamento

Disponível em modelos com 16 GB ou 32 GB de memória interna, o Xperia Z3 oferece espaço suficiente para você armazenar uma quantidade razoável de aplicativos e arquivos. A versão básica — usada como parâmetro para esta análise — dispõe de 11 GB que podem ser usados livremente a partir do momento em que o produto é retirado de sua embalagem.

O tamanho pode ser considerado razoável, mas pode ser uma boa ideia apostar na compra de um cartão micro SD para o smartphone — acessórios com capacidade de até 128 GB são suportados. Isso vai se mostrar especialmente necessário para quem pretende usar o recurso de gravações em resolução 4K, que costuma lotar rapidamente a memória disponível no smartphone.

Uma gravação do tipo com duração próxima aos 5 minutos ocupa 1,98 GB na memória do smartphone. Com isso, o investimento em um acessório que expande o espaço de armazenamento se mostra essencial caso você não queira ter que ficar gerenciando arquivos para liberar espaço em ritmo constante.

Bateria

O aspecto que mais se destaca no Xperia Z3 em relação a outros aparelhos top de linha disponíveis no mercado é a duração de sua bateria. Mesmo usado de maneira intensa — com o WiFi ligado, reproduzindo vídeos e jogos —, o dispositivo permite que você passe praticamente dois dias sem precisar de uma recarga.

Caso você se veja com pouca bateria, é possível recorrer ao novo Ultra Stamina Mode, que reduz o dispositivo às suas funções mais básicas. Essa restrição garante um tempo de uso prolongado, oferecendo a possibilidade de realizar ligações emergenciais até o momento em que você encontrar uma tomada.

Em um teste de stress conduzido por nossa equipe, conseguimos esgotar completamente a carga do Xperia Z3 (partindo da marca de 100% de bateria) em pouco mais de 10 horas executando um vídeo em resolução 720p hospedado no YouTube através de uma conexão WiFi — além disso, o brilho da tela do gadget estava em seu nível médio. Tudo isso, claro, com os modos de economia de energia desativados.

Vale notar que essa quantidade de tempo, embora impressionante, não é necessariamente representativa da duração real da bateria em um caso de uso convencional. Utilizando o smartphone para realizar ligações, acessar páginas da internet, conversar em comunicadores instantâneos e reproduzir games, em nenhum momento houve qualquer espécie de redução drástica de carga ou necessidade de carregar o aparelho com urgência devido a algum comportamento estranho.

O que mais surpreende na situação é o fato de que a bateria do Xperia Z3 sofreu uma redução em sua carga máxima em relação ao Xperia Z2. Enquanto o novo smartphone possui 3.100 mAh, seu antecessor apresenta a capacidade de 3.200 mAh — o que prova que, dessa vez, a fabricante se concentrou mais em melhorias de software do que em aprimoramentos de hardware.

Câmera

Adotando o mesmo sensor Exmor de 20,7 megapixels presente desde o primeiro modelo da linha Xperia Z, o Z3 se diferencia por apostar em uma nova lente de 25 milímetros. Baseado na série de câmeras Cyber-shot, o novo hardware permite que você enquadre mais elementos em suas fotografias.

A fabricante também aumentou a sensibilidade de sua lente, que agora é compatível com o ISO 12.800. Isso garante a possibilidade de capturar imagens de alta qualidade em ambientes escuros sem ter que recorrer ao flash embutido no smartphone.

Para completar, o Xperia Z3 permite filmagem de vídeos em resolução 4K, processo durante o qual o smartphone se aquece de forma notável. Também é possível gravar vídeos em câmera lenta com até 120 quadros por segundo com a resolução HD (720p).

Não há tempo limite definido para a realização de filmagens, porém há grandes chances de seu aparelho travar graças a um aquecimento excessivo — possibilidade que é alertada pela própria Sony. Em nossos testes, a gravação de um vídeo em 4K durante um período de 5 minutos fez com que o Z3 chegasse a 43° C, valor consideravelmente alto.

Submetido às mesmas condições, o Xperia Z2 registrou uma temperatura semelhante, embora tenha demonstrado uma desvantagem clara. Logo após o processo de gravação ter sido encerrado, surgiu uma mensagem automática alertando que o aplicativo de câmera teria que ser encerrado para que o aparelho pudesse ser resfriado — algo que não ocorre no modelo mais recente.

O ponto no qual o smartphone falha um pouco é no software de sua câmera. Mesmo repleto de opções, o aplicativo dedicado a fotos e vídeos não é muito intuitivo e pode tornar difícil a tarefa de registrar aquilo que você deseja da maneira adequada. Certas funções especiais, como alguns dos filtros oferecidos pela Sony, demoram um tempo notável para serem carregados e se provam ligeiramente problemáticos.

As principais novidades em matéria de aplicativos são as funções que permitem usar a câmera frontal do aparelho para se inserir em meio a fotografias e a opção de registrar imagens acompanhadas por sons. Além disso, agora é possível fazer a ligação com outros dispositivos Xperia Z3 e produtos da linha Cyber-shot para capturar ângulos diferentes da mesma imagem.

Infelizmente, a maioria dessas opções já está presente em diversos aparelhos concorrentes e, assim como acontece neles, aqui elas servem mais como uma curiosidade do que como algo que realmente aprimora a experiência oferecida pelo aparelho.

Áudio

O único quesito claramente inferior do Xperia Z3 em relação a seu modelo anterior é sua capacidade sonora. Na tentativa de tornar o novo aparelho mais compacto, a Sony optou por saídas de som frontais com um tamanho menor e potência reduzida.

Embora o aparelho ainda seja capaz de reproduzir áudio com certa qualidade sem o auxílio de fones de ouvido, a experiência não se prova tão prazerosa quanto no passado. Assim, quem deseja ouvir músicas com boa qualidade provavelmente vai se ver forçado a investir em um acessório do tipo.

Assim como acontece com a versão nacional do Xperia Z2, o Xperia Z3 Dual acompanha um fone de ouvido simples e com qualidade que pode ser considerada no máximo mediana. Embora a Sony disponibilize no país o modelo MDR-NC31EM, com cancelamento de ruído, ele só pode ser adquirido de forma separada ao smartphone.

Software

Seguindo tendências adotadas por outras fabricantes, como a Motorola, a Sony aposta em uma versão ligeiramente remodelada do Android 4.4 KitKat em seu novo aparelho. Além de exibir ícones de maneira mais destacada do que no modelo puro, a companhia incorporou uma área de notificações que permite acesso rápido a algumas das principais configurações do smartphone.

A fabricante também oferece uma forma mais fácil de gerenciar os conteúdos apresentados nas diferentes telas à disposição do usuário. Basta deixar o dedo sobre certa área da tela principal do dispositivo durante alguns instantes para ter acesso facilitado a uma lista de widgets e aplicativos, além de poder mudar rapidamente o papel de parede e o tema utilizado.

Os softwares proprietários da Sony surgem de forma limitada e discreta. A empresa deixa sua presença clara no reprodutor de músicas Walkman, no álbum de fotos padrão (que mais parece uma propaganda do serviço PlayMemories) e no navegador Chrome — único caso no qual a companhia age de forma invasiva, dominando a página inicial do aplicativo.

Fora essas pequenas alterações, a fabricante não mudou muitos quesitos da plataforma da Google. Com isso, o smartphone não somente ganha em velocidade de operação, como pode ser usado sem problemas por qualquer pessoa acostumada com o que a versão “limpa” do Android oferece.

O Xperia Z3 possui Rádio FM integrado e acompanha o software de controle remoto TV SideView: Telecomando para você gerenciar aparelhos que compartilham a mesma rede WiFi. No entanto, o produto perde o recurso de televisão digital integrada, que era um dos principais diferenciais presentes em seu antecessor.

A função de rádio não exige qualquer espécie de acessório especial, porém só pode ser utilizada caso você possua um fone de ouvido conectado ao smartphone. Já a função de controle remoto tem seu funcionamento restrito a determinados modelos da linha Bravia e aos sistemas de leitura de Blu-ray produzidos pela própria Sony.

Remote Play

Uma das principais novidades introduzidas pela Sony no Xperia Z3 (também presente no Z3 Compact e no Z3 Tablet Compact) é o recurso Remote Play. Já presente no PlayStation Vita, a opção possibilita realizar o streaming de conteúdos do PlayStation 4 diretamente para a tela do smartphone — o video game faz todo o processamento do game e cabe ao smartphone simplesmente receber e processar as imagens geradas.

Para que isso seja possível, tanto o console quanto o aparelho devem estar conectados à mesma rede WiFi. Além disso, é preciso fazer o login com a mesma conta da PSN no Z3 e PlayStation 4 — caso identidades distintas estejam conectadas, não vai ser possível estabelecer a conexão entre os aparelhos.

A transformação completa do smartphone em uma espécie de “portátil” se dá através do pareamento entre ele e o controle DualShock 4, o que acontece por meio da comunicação Bluetooth. Embora pareça complexo a uma primeira vista, o processo de configuração é simples e se torna bastante intuitivo graças a instruções mostradas na tela do gadget.

Durante nossos testes, o Xperia Z3 mostrou desempenho semelhante ao do PlayStation Vita no que diz respeito ao Remote Play. Isso significa que, embora tudo funcione da maneira esperada, é preciso contar com uma rede sem fio poderosa para que a comunicação entre o smartphone e o console ocorra da maneira esperada — caso contrário, se prepare para lidar com mensagens de erro constantes.

Vale notar que, embora esteja restrita atualmente à linha Z3, a opção em breve também deve chegar a produtos mais antigos da empresa. Embora não tenha divulgado uma data para isso, a Sony já anunciou que o recurso deve ser disponibilizado em breve tanto para o Xperia Z2 quanto para o Xperia Z2 Tablet.

Vale a pena?

Com um design mais atraente, o Xperia Z3 é uma união quase perfeita entre um visual moderno e um desempenho de ponta. Mesmo não tendo as melhores especificações do mercado, o smartphone se destaca em relação à concorrência por oferecer uma bateria com duração surpreendente.

Após passar algum tempo com o aparelho, é difícil não ficar com a impressão de que ele foi feito com a única intenção de agradar aos consumidores. O produto se mostra muito competente, seja para navegar pela internet, jogar games modernos ou registrar fotografias, fazendo muito bem tudo aquilo que se espera de um dispositivo top de linha.

Quem procura a última palavra em hardware pode ficar um pouco decepcionado com o que a Sony tem a oferecer, visto que não há a presença de elementos como um display QHD ou a versão mais recente do processador Snapdragon. No entanto, vale notar que essa não é a proposta da empresa: em vez de representar um salto tecnológico, o Xperia Z3 se foca na usabilidade e em oferecer a melhor experiência de uso a seus compradores — mesmo que ao custo de especificações que alguns podem julgar desatualizadas.

Apesar disso, as mudanças dificilmente vão justificar a troca do Xperia Z2 pelo novo modelo. Não houve uma grande atualização de desempenho, e a maioria das mudanças feitas pela Sony em seu software deve chegar em breve ao smartphone mais antigo por atualizações em seu firmware.

Outro fator que deve influenciar muito em sua escolha é o preço cobrado pelos produtos. Enquanto o modelo anterior já pode ser encontrado por um valor médio de R$ 1.800, oficialmente o Xperia Z3 custa R$ 2.699 no Brasil, o que representa uma diferença um tanto grande quando levamos em consideração que o aparelho evoluiu mais em design do que em hardware.

Caso você tenha que fazer uma escolha, sem dúvida é uma melhor ideia investir no smartphone mais recente. O design confortável e a longa duração da bateria vão torná-lo um aparelho simplesmente indispensável em seu dia a dia. Se você procura um aparelho top de linha completo, não é preciso procurar além do novo lançamento da Sony.

No entanto, caso você decida comparar com as demais opções disponíveis atualmente no mercado, o produto já não se mostra tão atrativo. O LG G3, por exemplo, apresenta especificações semelhantes (e uma tela QHD) e já pode ser encontrado por um preço mais atraente — em média, R$ 1.500.

Outro modelo que deve ser levado em consideração é o novo Moto X, que possui especificações semelhantes (incluindo o mesmo chipset) e um preço mais acessível, podendo ser encontrado por aproximadamente R$ 1.300. O aparelho da Motorola ainda traz como vantagem uma versão mais pura do Android e a garantia de que atualizações devem chegar mais rapidamente a ele do que ao Z3.

Com isso, o aparelho da Sony traz como principal vantagem em relação à concorrência o fato de apresentar resistência à ação da água e da poeira, característica que já está aparecendo em outros aparelhos. Como deixamos claro nesta análise, o Xperia Z3 está repleto de qualidades — no entanto, o contexto em que ele se encaixa faz com que elas percam certo destaque quando comparadas à relação entre custo e benefício de outras opções do mercado.

FAQ

1. Afinal o Z3 é Dual Chip, possui TV Digital ou os dois?

No Brasil, o Xperia Z3 vai ser vendido em duas versões: uma com somente um chip e TV Digital integrada e o modelo Dual, que apresenta compatibilidade com dois cartões SIM e deixa de lado recursos de televisão. Enquanto o primeiro é exclusivo das operadoras, o segundo está disponível nos lojistas em geral.

2. Qual a pulseira que acompanha o novo flagship da Sony?

O smartphone vem acompanhado pela primeira geração da SmartBand, que fez sua estreia junto ao Xperia Z2. Até o momento, não há informações quanto a uma possível data de lançamento ou preço do modelo Talk.

3. Para quem já tem um Z2, vale a pena comprar o Z3?

A principal diferença entre os modelos é o design refinado da versão atual. Ambos são muito semelhantes em hardware e software, o que acaba não justificando a transição para o novo smartphone caso você já possua o Xperia Z2.

4. Ele será atualizado para o Android Lollipop?

Sim. Em uma publicação em seu blog oficial, a Sony Mobile confirmou que vai trazer o Android 5.0 Lollipop a todos os dispositivos da linha Xperia Z. No entanto, até o momento a empresa não informou a data em que isso deve acontecer.

5. Por que vocês acham que a Sony insistiu no Snapdragon 801?

Segundo a companhia, o Xperia Z3 tem como principais qualidades a duração de sua bateria e a resistência à água e à poeira. O uso de um processador mais avançado poderia encarecer o aparelho e encurtar o tempo total de uso que ele oferece sem a necessidade de uma recarga.

6. Quando vão lançar o Xperia Z4?

Ainda não há previsão de quando isso deve acontecer. No entanto, o desempenho negativo que a Sony testemunhou recentemente em sua divisão de smartphones indica que a empresa pode passar a apostar em ciclos de renovação mais longos, o que significa que o novo dispositivo só pode ser lançado no final de 2015.

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