Executivo da Xiaomi explica porque seus top de linha não usam microSD

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Imagem: Engadget

Ao adquirirem um smartphone top de linha entre os oferecidos pela Xiaomi, muitas pessoas costumam se queixar da falta de uma entrada para cartões microSD, o que tornaria as especificações do aparelho mais flexíveis. Em uma entrevista recente, o vice-presidente da companhia, Hugo barra, justificou os motivos pelos quais acha que a presença desse tipo de elemento nos aparelhos de ponta na verdade seria algo prejudicial.

Segundo ele, é essencial ser contra a entrada para cartões microSD em dispositivos de ponta porque, para que houvesse espaço para esse componente, uma série de outros elementos teriam que ser reduzidos ou comprometidos. Entre os principais deles, Barra lista a capacidade da bateria, o segundo cartão SIM – para os aparelhos que contam com essa possibilidade – a ergonomia do dispositivo e a aparência final do produto.

Além disso, o executivo afirma que os cartões microSD são “extremamente suscetíveis a falhas de vários tipos diferentes” e que existe uma grande quantidades de cartões falsos disponíveis para compra. Segundo Barra, os consumidores demoram a entender que o problema está no cartão e acabam culpando o aparelho e a fabricante. Para ele, em pouco tempo todos os celulares top de linha deixarão de ter esse tipo de componente.

“Você acha que está comprando um Kingston ou um SanDisk, mas na verdade não está e aí eles [os cartões falsos] vêm com uma qualidade extremamente ruim, são lentos, param de funcionar de vez em quando. As pessoas sofrem com inúmeros problemas, como apps que travam toda hora e perda de dados. Tudo o que isso causa são reclamações e frustração para os consumidores”, pontua.

Razões comerciais

Embora a argumentação de Barra pareça fazer sentido, vale ressaltar que esses problemas são mais difíceis de acontecer caso o cartão microSD utilizado seja de boa qualidade e que escolher não colocar o slot nos aparelhos é uma decisão comercial. Em seus smartphones de ponta, a Xiaomi também passou a impedir o acesso às baterias com o provável objetivo de incentivar a demanda por power banks – que a empresa também fabrica.

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