Será que o Wi-Fi vai morrer?

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Fios e cabos de rede definitivamente já são coisa do passado. Se até alguns anos atrás ter uma rede Wi-Fi era uma opção de luxo, hoje ter um cabeamento de rede passando pelos cômodos da casa se tornou algo oneroso e arcaico. A necessidade de conexão saiu dos aparelhos fixos ou de mobilidade restrita, como o computador ou os notebooks, e passou também para os dispositivos móveis, como os smartphones e os tablets.

Entretanto, tudo no mundo da tecnologia evolui, e com as conexões sem fio a situação não é diferente. No Brasil, questionar se o Wi-Fi vai morrer algum dia pode parecer algo absurdo e sem muito sentido. Porém, se levarmos em consideração o franco desenvolvimento da tecnologia 4G nos Estados Unidos e a quantidade crescente de pessoas que utilizam seus dispositivos como hotspot, é de se pensar como a situação estará daqui a uma ou duas décadas.

O fim do Wi-Fi?

(Fonte da imagem: Vivo Sano)

Embora hoje seja a opção que apresenta a melhor relação custo-benefício, os sinais de Wi-Fi não são uma unanimidade. Algumas ONGs ambientalistas já apresentaram estudos sugerindo que a radiação emitida pelas redes Wi-Fi pode ser nociva à saúde, causando câncer ou até mesmo matando árvores.

Na Espanha, um movimento se insurgiu contra o uso do Wi-Fi nas escolas. A alegação das ONGs Organização Para a Defesa da Saúde, Vivo Sano e Fundação Para a Saúde Geoambiental, é que a exposição prolongada às radiações emitidas pelo Wi-Fi teria efeitos nocivos à saúde.

Apesar de não haver motivo para pânico nem comprovação aceita na comunidade científica de que, de fato, isso pode acontecer, a campanha nacional realizada no ano passado surtiu efeitos. Com isso, escolas, museus e bibliotecas reduziram as áreas comuns em que o sinal está disponível.

Entretanto, frear as conexões sem fio é como dar um tiro no pé em termos de desenvolvimento tecnológico. Ações como essas promovidas pelas ONGs são isoladas e a propagação das redes Wi-Fi só aumenta, mas até que ponto esse desenvolvimento vai acontecer ainda não há como afirmar.

Um ponto de acesso por pessoa

Celulares vão dar fim aos modens? (Fonte da imagem: iStock)

No Brasil, o acesso à internet via conexão 3G está vivendo o seu melhor momento. Embora a qualidade do sinal ainda esteja longe de agradar aos consumidores, o acesso a ela se tornou mais barato (em algumas operadoras, é possível acessar a web gastando R$ 0,50 por dia). Já o 4G ainda é uma promessa que não tem previsão de ser colocada em prática.

Contudo, nos Estados Unidos a situação do 4G é diferente e ele é a principal aposta das operadoras para atrelarem seus planos de dados junto a smartphones e tablets. Os preços compensam e a qualidade de sinal já pode ser considerada satisfatória e estável, exceto ainda para transferências de dados de grande porte – acima de 500 MB.

Com sinais de acesso 3G e 4G mais estáveis, aumenta também o número de consumidores que optam por manter o próprio smartphone como um hotspot, transformando-o em um roteador até mesmo para o notebook ou para outros dispositivos de uma residência, como impressoras e aparelhos de TV.

É importante deixar claro que, mesmo nos Estados Unidos, o fim do Wi-Fi ainda está longe de acontecer e muito provavelmente ele estará presente na vida de muitas pessoas até o final desta década. Contudo, sua popularidade certamente não vai durar para sempre e as novas opções de mercado, embora ainda tecnicamente inferiores, têm um potencial maior de desenvolvimento.

Wi-Fi: até quando?

(Fonte da imagem: Wi-Fi Alliance)

A possibilidade de transformar um smartphone, que em tese está com você em qualquer lugar, em um hotspot de acesso à web, permitindo que os dispositivos à sua volta também se conectem à internet utilizando o mesmo pacote de dados, é bastante atraente. O acesso via 3G e 4G em notebooks pode até se tornar a primeira opção dos internautas.

Uma patente requerida pela Apple no ano passado pode comprovar o “investimento” no fim do Wi-Fi. Trata-se de adaptação aos notebooks da companhia, que transformaria uma das laterais do aparelho, mais especificamente ao lado do monitor, em uma antena, facilitando o acesso a dados 3G e 4G

(Fonte da imagem: CNET)

A solução, ao menos em um primeiro momento, parece prática, mas não há previsão de lançamento de um dispositivo como esse pela companhia, ao menos por enquanto. Até quando o reinado do Wi-Fi vai persistir só o tempo poderá dizer.

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