O sonho de montar lanches usando touchscreen no McDonald’s já é realidade

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Quando o assunto é hambúrguer, os norte-americanos esbanjam criatividade. É bem difícil de acreditar, mas a verdade é que, lá na Terra do Tio Sam, o McDonald’s enfrentou outro trimestre fiscal de prejuízos. Na busca por recolocação no mercado, a rede de fast-food pretende adotar uma medida que não necessariamente é inovadora, mas cuja interatividade pode ajudar a angariar mais clientes: permitir que eles construam seus próprios lanches por meio de touchscreens.

A medida, batizada de “Create Your Taste” (algo como “crie seu sabor”, em tradução livre), já está em vigor em alguns restaurantes na Califórnia, mas ontem a companhia anunciou uma significativa expansão para até 2 mil unidades em 2015. Matematicamente, isso atinge uma a cada sete lanchonetes da rede. Para o futuro próximo, a iniciativa estará disponível em 30 restaurantes espalhados em Geórgia, Illinois, Missouri, Pensilvânia e Wisconsin.

Sim, é um sonho, mas o pedido demora mais e é caro

Os que optarem pelo pedido personalizado naturalmente têm um preço a pagar. Além disso, o tempo de preparo é maior. A montagem do lanche não envolve colocar todo e qualquer ingrediente ali e em qualquer ordem – essa medida preserva a sanidade dos consumidores e dos atendentes, afinal de contas, é preciso ter alguma agilidade no processo todo.

Basicamente, as lojas utilizam quiosques com uma touchscreen por meio da qual os clientes escolhem os ingredientes cabíveis – molho, tipo de queijo, salada – para montar o sanduíche. Cogumelos grelhados, barbecue, bacon, picles e outros itens estão ao alcance de um toque. É possível montar sanduíches de chicken também, coisa que não é tão comum em redes de fast-food (e o McDonald’s pode se gabar por isso, portanto).

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Conforme mencionado, todo esse “poder” que o consumidor tem pede um preço. Dois, na verdade: o tempo de espera, que é maior, e o valor, que é onerado. O conceito de “fast-food” não é tão “fast” assim: os pedidos do “Create Your Taste” podem levar até 10 minutos para ficarem prontos.

O objetivo final é fazer os clientes pensarem que estão comendo algo “premium”, que está à frente dos lanches comuns e que é absolutamente personalizado. A coisa vai muito além do que o querido McTriplo. Aliás, que saudade do McTriplo...

A apresentação do lanche também é pomposa: em vez do tradicional embrulho ou caixa em papel, ele vem numa embalagem especial toda gourmet. O preço sofre reajuste: em vez de US$ 5 ou US$ 6 dólares pelo combinado com batatas fritas e refrigerante, o pedido pode ultrapassar a casa dos US$ 10, ou seja, praticamente o dobro.

A ideia do McDonald’s ao adotar esse sistema de escolhas busca elevar a qualidade e alcançar a concorrência, que lá nos EUA se acirra entre redes como Chipotle, Panera Bread e outras que se destacam por terem opções mais “saudáveis” do que a rede.

A medida não funciona no Drive-Thru. Portanto, se você quiser personalizar o seu lanche, entre no restaurante, procure o quiosque e se acabe na touchscreen. Depois se acabe no hambúrguer, que é a melhor coisa do mundo.

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