Satélite quântico chinês deve criar rede de comunicação à prova de hackers

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Imagem: Reuters/China Daily

De acordo com informações divulgadas pela imprensa estatal chinesa e pelo Wall Street Journal (WSJ), a China recentemente lançou ao espaço o primeiro satélite quântico a entrar em funcionamento no mundo. Caso tudo siga conforme os planos, o feito deve entrar para a história como o marco inicial da criação de uma rede de comunicações impossível de ser invadida ou monitorada por hackers.

No lugar das técnicas comuns de codificação empregadas por redes comuns, o sistema baseado em tecnologia quântica depende das leis da Física para codificar suas informações. O novo satélite chinês, chamado Micius, parece utilizar um cristal capaz de criptografar tanto os dados das transmissões quanto chaves de encriptação na forma de partículas quânticas, que serão lançadas para a Terra.

Explicando a bruxaria

Como as partículas em questão se autodestroem se qualquer pessoa não autorizada tentar decifrá-las, somente bases terrestres selecionadas localizadas em dois continentes poderão ler as informações protegidas. “Se alguém tentar interceptá-las quando estiverem sendo transmitidas, eles [os invasores] as farão estourar assim que tocarem nelas”, disse o especialista Gregoir Ribordy ao WSJ.

O satélite sendo içado para o topo do foguete

Além disso, os computadores das bases receptoras poderão monitorar quaisquer mudanças do estado das partículas, de forma que conseguirão saber se alguém tentou mexer nas informações. Esses detalhes com certeza vão aumentar consideravelmente as defesas da China contra espionagem de outras superpotências mundiais, mas não significará qualquer ampliação em seu poder para ataques cibernéticos.

Se tudo der certo, o satélite Micius será utilizado para possibilitar a criação da primeira rede transcontinental de distribuição de chaves quânticas. Um projeto similar já havia sido proposto para a Agência Espacial Europeia em 2001, mas não conseguiu obter os fundos necessários. O professor responsável pela ideia original, Anton Zeilinger, agora está trabalhando na iniciativa da China.

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