Novo revestimento de tela permite que gadgets gerem sua própria energia

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Um material transparente que pode ser aplicado sobre telas sensíveis ao toque pode ser responsável por gerar grande parte da energia dos gadgets que você vai usar em um futuro próximo. Quem afirma isso são pesquisadores da Lanzhou Universidade, na China, que desenvolveram a novidade a partir do estudo da maneira como interagimos com esse tipo de tecnologia.

A solução criada pelos cientistas transforma a energia mecânica dos dedos que tocam um display em eletricidade, que é enviada para a bateria de um aparelho eletrônico. Embora isso não deva significar o fim dos carregadores convencionais em um primeiro momento, a novidade pode fazer com que dispositivos passem mais tempo longe de uma tomada.

O material é produzido a partir de uma borracha de silicone conhecida como PDMS, que é revestida por cabos com tamanho de 700 nanômetros — 140 vezes menos que a espessura de um fio de cabelo. Conforme a solução endurece, os pesquisadores usam campos elétricos para organizar os nanofios em coluna, o que define tanto as propriedades elétricas quanto visuais do resultado final.

Solução para o futuro

Ao encostar o dedo na tela, os nanofios são torcidos e geram eletricidade em um fenômeno conhecido como piezoeletricidade. Ao apostar em uma configuração de fios em grade, os cientistas asseguram que eles vão reagir à interação humana de forma consistente, produzindo assim a maior quantidade possível de energia.

Segundo um dos autores do estudo, Yong Qin, o produto final é praticamente transparente, o que permite sua aplicação em gadgets convencionais. A descoberta também pode ajudar a aumentar a privacidade de smartphones e tablets, pois a maneira como a luz incide sobre o material faz com que alguns conteúdos apareçam de forma borrada dependendo do ângulo de visualização.

Em um dos experimentos, um toque na solução gerou uma corrente de 0,8 nanoamperes, aproximadamente um milionésimo da eletricidade usada por um aparelho auditivo. Os cientistas envolvidos acreditam que novos estudos e experiências podem gerar aumentos de eficiência suficientes para que a tecnologia consiga carregar dispositivos móveis em um futuro próximo.

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