Bodle, a tecnologia de telas coloridas que não consome energia

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A batalha por aumentar a duração da bateria dos smartphones pode ter um avenço e tanto em um futuro não muito distante. A solução para isso? Trocar a tela que usamos atualmente por uma que praticamente não consome energia, mas ainda oferece imagens de alta qualidade visíveis até na luz do sol.

Desenvolvido pela Bodle Technologies, o material, que leva o nome também de “Bodle”, é um enorme segredo: tudo o que a empresa revela em seu site é que seu sistema é capaz de enviar pulsos elétricos através de várias camadas transparentes, capazes de filtrar que tipo de cor passa por elas – e como ela passa.

Seja como for o mecanismo, a ideia por trás do Bodle é criar uma tela que funciona de maneira semelhante a um e-paper colorido, que pode exibir uma informação normalmente sem qualquer perda de energia. Assim, ele somente gasta eletricidade quando há algo de novo na tela.

“Esta tecnologia é capaz de prover telas de cores vívidas que parecem similares ao papel, mas com resolução muito alta”, conta o Professor Harish Bhaskaran, parte da dupla que desenvolveu a tecnologia, à Universidade de Oxford. “Ela também é capaz de renderizar vídeos de resolução extremamente alta que pode ser vista em plena luz do dia”, continuou.

Não é preciso dizer que, se isso se tornar realidade, temos o potencial de diminuir drasticamente o consumo de energia dos celulares, mas a ideia não se limita a isso: eles ainda dizem ser possível criar vidros inteligentes que são capazes de filtrar, por exemplo, o calor do sol ou o um tipo específico de luz, de maneira a nos manter protegidos e confortáveis mesmo em um dia extremamente quente.

Harish Bhaskaran e Peiman Hosseini, criadores do Bodle

Vale notar que essa não é a única tecnologia do mercado que promete melhorar a eficiência de nossas telas: comentamos mais cedo, por exemplo, sobre um projeto feito pela Fujitsu e a Universidade de Kogakuin que promete melhorar a eficiência de energia mesmo em telas 4K – e isso é feito através de softwares. Agora basta imaginar o potencial de ambas juntas.

Antes que você se anime demais com as possibilidades, é bom deixar claro que o Bodle ainda está em seus primeiros passos. Por outro lado, a equipe afirma que já recebeu um enorme investimento para a pesquisa dessa tecnologia por parte de várias empresas, embora não tenha revelado nenhum nome específico – não que seja difícil imaginar quantas companhias de tecnologia devem estar interessadas em pôr as mãos nessa tela.

Seja como for, vamos apenas torcer para que o Bodle se torne realidade o quanto antes.

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