5 tecnologias antigas e esquisitas que possuem versões modernas

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Algumas das tecnologias que são tão comuns hoje possuem origens muito mais antigas do que imaginamos, por mais estranho que isso soe. Muitos dos conceitos que vemos atualmente já foram cogitados décadas atrás, pelo menos de modo parecido. Entretanto, como não existiam tecnologias capazes de fazer com que eles se tornassem realidade, ficaram no papel, esperando o momento certo de realmente se materializarem.

É claro, tudo é devidamente atualizado de acordo com o contexto histórico. Apesar de os nossos antepassados serem igualmente inovadores, eles não dispunham dos recursos para aperfeiçoar as suas ideias. Hoje, vamos ver alguns desses conceitos antigos que possuem certos reflexos até hoje:

1 – Um protótipo de eReader?

Em 1922, o Fiske Reading Machine foi projetado pelo oftalmologista Bradley Fiske. O dispositivo, caracterizado por trazer livros impressos em cartões com fontes extremamente pequenas, teve o objetivo de ser portátil e prático. Com obras tão diminutas, qualquer um poderia levar os seus livros para diferentes lugares sem se preocupar com peso, somente colocando os cartões de letras miúdas nas lentes do Fiske Reading Machine e os lendo.

Um tipo de monóculo é necessário para ler os cartões e é preciso segurá-lo constantemente perto dos olhos, o que não parece ser muito confortável. Um livro de 93 mil palavras pode se transformar em 13 pequenos cartões com o Fiske Reading Machine, o que é interessante.

Contudo, o dispositivo não fez sucesso. As pessoas simplesmente não compraram o aparelho, que não foi considerado muito prático. Felizmente, décadas depois, os eReaders foram lançados, permitindo que centenas de livros sejam armazenadas em um só dispositivo.

2 – Informações entregues diretamente em casa

Por mais que você não assine ou não compre jornais em bancas de revistas, é quase impossível permanecer isolado das informações pelas quais somos bombardeados todos os dias – principalmente pela internet. Antigamente, as notícias demoravam muito mais tempo para atingir o público e se propagar, normalmente exigindo que os próprios indivíduos fossem atrás do conteúdo, não o processo inverso. Hoje, ao abrir o Facebook já é permitido saber das principais notícias do dia dependendo de quais perfis você segue.

Em 1933, um dispositivo capaz de imprimir automaticamente os jornais nas casas das pessoas foi desenvolvido. O responsável pela inovação foi o inventor William Finch e o objetivo de tal aparelho foi distribuir a informação para as famílias diretamente, sem que elas precisassem sair de casa para comprar os jornais. Os sinais eram recebidos por rádio, convertidos em textos e imagens  impressos para criar um jornal caseiro.

Contudo, o Radio Set Prints Newspaper tinha um público exclusivo bem definido: as famílias ricas. Muitas pessoas sequer sabiam de tal invenção e os jornais possuíam um público pequeno para receber os sinais de jornais personalizados. Devido à baixa demanda e ao tempo de impressão desse material (quase seis horas em alguns casos), o dispositivo de impressão de William Finch foi esquecido no tempo. Felizmente, hoje temos a internet para disseminar as notícias e informações de modo muito mais veloz.

3 – Tecnologias vestíveis no século 17

Hoje temos os smartwatches que, apesar de não serem tão populares, já fazem parte do mercado de dispositivos vestíveis. Contudo, na China do século 17, já existiam itens que poderiam ser considerados vestíveis e que realizavam algumas tarefas básicas, principalmente relacionadas aos cálculos. O ábaco é um instrumento para solução de contas extremamente antigo, repleto de bastões e bolinhas que representam diferentes unidades.

O que os chineses inventaram, entretanto, foi bastante engenhoso: um anel em formato de ábaco. Desse modo, contas simples poderiam ser feitas em qualquer lugar com o auxílio do instrumento, localizado ali no dedo e muito portátil. Dadas as devidas proporções, é como se alguém utilizasse um smartwatch ou um smartphone para fazer um rápido cálculo.

Esses anéis eram utilizados principalmente por comerciantes, que também precisavam usar um tipo de alfinete para movimentar as peças do ábaco extremamente pequeno, como você pode conferir na imagem. Com dimensões tão pequenas, somente com o auxílio de um instrumento pontiagudo eles poderiam fazer uso do item. De qualquer modo, é algo bastante interessante – um anel-ábaco.

4 – GPS na década de 30

Em 1932, os carros não eram nem um pouco populares como são hoje. Portanto, pode causar estranhamento para alguns imaginar que um tipo de GPS foi desenvolvido para eles nesse período. É claro que não estamos falando de um GPS de verdade, já que sinais não eram transmitidos e recebidos de fato. Este era um dispositivo capaz de guiar os motoristas em estradas (com algumas condições).

Estamos falando do Iter Avto, concebido por um grupo italiano para guiar motoristas de modo, supostamente, muito preciso. Dentro do carro, um mapa do trajeto era exibido em um tipo de visor instalado próximo ao painel de controle, atualizado constantemente de acordo com o movimento do automóvel. Como o aparelho estava ligado ao velocímetro do veículo, o condutor sempre estava com o posicionamento correto de acordo com o mapa inserido.

Contudo, a existência do Iter Avto foi considerada um tanto desnecessária e até mesmo dispensável. É que o próprio condutor devia criar e inserir todo o mapa de viagem antes de realizar o trajeto. Em outras palavras, o aparelho não fornecia nenhum dado novo que você mesmo não soubesse ou tivesse programado anteriormente, sendo irrelevante.

5 – O Google Street View de 79

Por falar em mapas, apresentamos aqui o precursor, em partes, do Google Street View: o Aspen Movie Map. Como o nome já diz, somente as ruas da cidade americana de Aspen podiam ser exploradas nesse projeto. O mapa interativo da cidade foi desenvolvido para que as pessoas vissem digitalmente pontos históricos, utilizando diversas fotos que foram unidas para criar esse efeito semelhante ao que vemos hoje no Google Street View.

Com o Aspen Movie Map, as pessoas também podiam movimentar a câmera e andar para as ruas que quisessem (desde que tivessem sido mapeadas anteriormente) – um conceito bastante inovador em 79. Hoje, as ruas e avenidas de dezenas de países do mundo estão completamente mapeadas pelo Google Street View, permitindo que você viaje para os lugares mais distantes com o computador.

E você, conhece outras tecnologias antigas (sejam bizarras ou não) que posteriormente tiveram um reflexo em algo que vemos hoje? Comente abaixo.

Fontes

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