Seu smartphone pode se tornar parte do maior telescópio do mundo

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Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCI), nos Estados Unidos, criou um aplicativo para transformar a rede mundial de smartphones em um detector de raios cósmicos do tamanho do planeta, de acordo com um artigo publicado essa semana no fórum de física da Universidade Cornell.

Segundo os líderes do projeto, os físicos Michael Mulhearn e Daniel Whiteson, a equipe desenvolveu um aplicativo para usar um milhão de câmeras de smartphones a fim de desvendar um enigma antigo na área da astrofísica: a fonte das partículas de ultra-alta energia do espaço que atingem a Terra.

Popularmente — se é que existe esse termo em astrofísica — essas partículas são chamadas de Raios Cósmicos. Elas batem em nossa atmosfera em eventos chamados de “chuveiros de ar” (air showers, segundo o estudo) e se decompõem em radiação eletromagnética e em outras partículas à medida que atravessam o ar, em uma área de muitos quilômetros quadrados.

Apesar de terem sido descobertos há algumas décadas, os raios cósmicos são muito raros, o que torna difícil identificar onde no universo eles se originaram.

Como funciona o aplicativo?

O app desenvolvido pela equipe se chama CRAYFIS – Cosmic Ray Found in Smartphones (sigla em inglês para Raios Cósmicos Encontrados em Smartphones). Ele coleta de dados apenas quando o telefone estiver conectado a uma fonte de energia e não tenha sido utilizado por alguns minutos, para que não interfira com o uso normal do aparelho ou acabe com a bateria.

Dentro da câmera dos smartphones, existem fotodiodos de silício, que detectam a luz visível e a transformam em códigos que são traduzidos nas imagens que você pode ver na tela. De acordo com os estudos da UCI, os fotodiodos também podem detectar essas partículas de alta energia. O que o aplicativo faz é registrar quando a câmera detectá-las, e em seguida gravar a potência do “chuveiro de ar”, mais o local e a hora da ocorrência.

Para se juntar à comunidade é só acessar o site do aplicativo e clicar em join. Quem sabe você não se torna coautor de uma grande descoberta científica?

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