7 tecnologias vestíveis que poderão nos dar poderes de super-herói

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(Fonte da imagem: Reprodução/Geeks of Doom)

Que atire a primeira pedra quem nunca desejou voar pelos céus, atravessar paredes, ler mentes ou salvar uma dama em perigo usando alguns poderes extraordinários. O sonho de se tornar um super-herói da vida real é mais comum do que você imagina, mesmo que no fundo todos nós saibamos que as coisas não são tão simples como a ficção tenta nos mostrar há anos.

Ninguém ganha superpoderes ao ser picado por uma aranha, assim como ninguém (até agora) nasceu com demasiada força ou resistência física fora do normal. Há quem afirme ter o dom da clarividência, mas nada realmente muito confiável e concreto. Por outro lado, os avanços tecnológicos mostram que um dia poderemos aumentar nossas capacidades naturais e, consequentemente, ganharmos alguns poderes até então inimagináveis.

Um bom exemplo disso é o conceito batizado como wearable technology, ou “tecnologia vestível”. O termo, que abrange qualquer tipo de invenção tecnológica que possa ser trajada por um indivíduo, tem usufruído de certa popularidade nos últimos tempos com a chegada de gadgets como o Google Glass. É preciso notar, contudo, que esse conceito é bem mais antigo e vai muito além dos óculos inteligentes desenvolvidos pela gigante das buscas.

Separamos abaixo algumas invenções na área de wearable technology capazes de aprimorar as características humanas e criar um verdadeiro “super-herói” da vida real. A maioria dos itens listados ainda está em fase de testes ou desenvolvimento, mas impressionam pela criatividade e pelo potencial de alterar a vida de qualquer indivíduo. Confira!

É um pássaro? É um avião? (Fonte da imagem: Reprodução/Programm)

1) Exoesqueletos incríveis

Não é exagero considerar o Homem de Ferro um dos super-heróis mais aclamados da atualidade. Nós podemos estar um pouco distantes de inventar um exoesqueleto tão complexo e mortal quanto o utilizado pelo Tony Stark, mas o X1 pode servir como um excelente ponto de partida. Produzido pela NASA, trata-se de um “robô vestível” de apenas 26 kg que pode ser usado tanto para auxiliar quanto para inibir o movimento de seu usuário.

O invento foi projetado para ajudar astronautas em seus exercícios físicos e missões de longa duração, mas também pode ser utilizado para terapias com deficientes incapazes de ser movimentar. De acordo com a NASA – que está trabalhando em conjunto com diversas universidades norte-americanas e organizações especializadas –, o exoesqueleto ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento primário.

X1 pode ajudar astronautas em seus exercícios físicos e missões de longa duração (Fonte da imagem: Reprodução/CNN)

2) Sexto sentido

Desenvolvido pelo estadunidense Victor Mateevitsi, o SpiderSense é uma tentativa de recriar o “sentido-aranha”, espécie de sexto sentido dominado pelo clássico personagem Peter Parker (Homem-Aranha). O projeto resume-se a um conjunto de sensores (sonares e infravermelhos) capazes de escanear todo o cenário ao redor do usuário, detectando interferências e objetos de qualquer tipo. O pesquisador (junto com seus colegas da Universidade de Illinois, em Chicago) afirma que a tecnologia pode ser de grande valia para deficientes visuais e auditivos, permitindo a eles localizar itens ao seu redor e aumentar sua interatividade com o ambiente.

O mais interessante é que o SpiderSense está sendo desenvolvido como um equipamento de baixo custo: a ideia é criar um modelo que possa ser fabricado por no máximo US$ 500, o que ajudaria a baratear uma eventual versão comercial do invento. Agora só falta descobrir uma maneira de atirar teias pelo pulso.

AmpliarMateevitsi testando um protótipo do equipamento (Fonte da imagem: Divulgação/Victor Mateevitsi)

3) Camisetas indestrutíveis

Você sabe o que é o carboneto de boro? Trata-se de um dos materiais mais resistentes que o homem já foi capaz de descobrir. Ele é comumente utilizado para revestir couraça de tanques militares e reatores nucleares, mas alguns cientistas norte-americanos estão descobrindo outras aplicações bastante interessantes para a substância.

Recentemente, pesquisadores da Universidade de Carolina do Sul conseguiram criar nanofios elásticos de algodão reforçados com carboneto de boro, permitindo a fabricação de camisetas extremamente resistentes e com a mesma leveza das roupas que utilizamos em nosso cotidiano.

Mas os cientistas universitários não foram os primeiros a tecer fios com o material mais duro do mundo. Esse pódio foi conquistado pela NASA, que demonstrou sua técnica em 2009 e iniciou pesquisas com o intuito de revestir naves espaciais com uma fibra mais leve.

(Fonte da imagem: Reprodução/QuimLab)

4) Capas de invisibilidade

A canadense HyperStealth é uma companhia bastante renomada no campo de camuflagem militar. Recentemente, a empresa afirmou estar trabalhando em uma tecnologia revolucionária para criar uma capa de invisibilidade nos mesmos moldes que estamos acostumados a ver em longas-metragens fantasiosos. Junto com o anúncio controverso, o instituto divulgou a imagem logo abaixo.

(Fonte da imagem: Divulgação/HyperStealth)

Incrível, certo? Bem, não. A HyperStealth se esqueceu de avisar que a fotografia liberada é apenas um mock-up feito no Adobe Photoshop. Posteriormente, o Guy Cramer – atual CEO da companhia – disse que não pode dar maiores detalhes sobre a tecnologia, visto que o projeto ainda prossegue em regime de segurança máxima. Ele também diz que está sendo financiado tanto pelo Pentágono quanto pelas forças militares do Canadá, mas nem todos acreditam. O jeito é esperar para (não) ver.

5) Com a força da mente

Não é de hoje que cientistas ao redor do mundo inteiro tentam usar a mente humana como matéria-prima para diversos experimentos científicos. É o caso, por exemplo, do professor José Contreras-Vidal, que leciona kinesiologia na Universidade de Maryland. O pesquisador desenvolveu um elmo que utiliza eletroencefalografia para ler atividades cerebrais e utilizá-las para operar objetos eletrônicos diversos – em outras palavras, o projeto quer que você mexa em computadores usando apenas seu pensamento.

Contreras-Vidal afirma estar focando suas pesquisas para o campo de próteses inteligentes, criando braços e pernas artificiais que podem ser controlados de uma maneira mais natural. A equipe de desenvolvimento liderada pelo professor recebeu US$ 1,2 milhão da Fundação Nacional da Ciência, uma agência governamental dos Estados Unidos que promove projetos em diversos campos científicos.

José Contreras-Vidal usando seu equipamento (Fonte da imagem: Reprodução/Ecouterre)

6) Óculos mais do que especiais

Todo mundo já está cansado de ouvir falar sobre o Google Glass, mas é sempre bom lembrar que existe uma grande variedade de óculos inteligentes repletos de funções inacreditáveis. Enquanto os esportistas podem usar o Recon Jet, as forças policiais podem recorrer ao Golden-i para combater o crime usando recursos que parecem extraídos diretamente de filmes sci-fi.

E não acaba por aí. Estudantes da Universidade Carlos III, em Madrid, conseguiram adaptar um óculos de realidade aumentada e transformá-lo em um precioso item para deficientes visuais. Equipado com um par de micromonitores, o gadget consegue detectar obstáculos e alertar o usuário para o que o próprio possa desviar de forma apropriada – algo semelhante com o conceito utilizado para o SpiderSense.

Óculos customizado por estudantes da Universidade Carlos III (Fonte da imagem: Reprodução/Ecouterre)

7) Lentes high-tech

E, se óculos não são o suficiente para você, que tal experimentar lentes de contato? Especialistas dos Estados Unidos e da Suíça anunciaram recentemente estar trabalhando em uma lente capaz de oferecer visão telescópica para seus usuários quando combinada com um par de óculos especial. Tal combinação consegue ampliar em até 2,8 vezes o campo de visão do utilizador.

Embora o invento tenha sido concebido para barrar a degeneração macular e outros problemas de visão decorrentes da velhice, é perfeitamente possível utilizar o equipamento para fins militares. Um protótipo (de oito milímetros de diâmetro e um milímetro de espessura) já foi fabricado e aprovado pela equipe de desenvolvimento, mas ainda há pontos a serem aprimorados.

(Fonte da imagem: Reprodução/True Activist)

E não para por aí: cientistas mais ambiciosos já estudam uma forma de criar lentes de contato de LED flexível, permitindo a reprodução de imagens diretamente na retina de um indivíduo – algo que deixaria qualquer Google Glass no chinelo.

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