Nova meta: esposa de Bill Gates quer mais mulheres lidando com tecnologia

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É comum ver o nome de Melinda Gates associado ao de seu marido, Bill Gates, em diversas ações. Juntos, eles tentam lutar contra a malária, a tuberculose e a AIDS em diversos pontos do planeta, mas agora ela pretende seguir em uma nova empreitada que não tem um cunho tão filantrópico quanto as outras atividades.

Em uma entrevista ao site Backchannel, Melinda explicou que está empenhada em iniciar uma luta para ver mais mulheres trabalhando em áreas que lidem com tecnologia e, evidentemente, se mantendo nesse mercado.

Não sabemos com certeza, mas parece que há uma relação com o momento em que a indústria dos jogos passou a ter mais homens, pois de repente as mulheres abandonaram o curso de ciência da computação

“Eu me preocupo com ciência da computação. Quando eu estava na escola na década de 80, as turmas tinham cerca de 37% [de mulheres] se graduando em ciência da computação e em direito. Direito aumentou para 47% atualmente. Em medicina, nós éramos 28% em 1984, passando agora para 48%. Ciência da computação foi de 37% para 18%”, explicou a mulher de Bill Gates.

Outro detalhe curioso mencionado por ela é o fato de que aparentemente esse sumiço tem uma relação com o mercado de games. “Não sabemos com certeza, mas parece que há uma relação com o momento em que a indústria dos jogos passou a ter mais homens, pois de repente as mulheres abandonaram o curso de ciência da computação”, comentou Melinda.

Melinda Gates acredita que o mercado de jogos pode ter contribuído para que algumas mulheres abandonassem o campo tecnológico

Mais espaço

Durante o bate-papo, também foi mencionado que, ao observar os laboratórios, é possível ver que as mulheres trabalham separadas, e raramente é possível ver três ou quatro juntas em um mesmo ambiente.

Além disso, Melinda mencionou que tomou conhecimento de uma situação bem comum ao redor do globo. Em diversos lugares, as mulheres só conseguem se fazer ouvidas quando há várias delas, e muitas vezes essa acaba sendo a única forma de terem seus direitos reivindicados.

“Comecei a reparar nessas coisas e a dizer ‘meu Deus’. Para mim, a indústria da tecnologia é um dos melhores lugares para trabalhar agora. Se eu estivesse trabalhando novamente, eu gostaria de atuar na área de ciência biológica, tecnológica ou uma combinação das duas. Toda companhia precisa de tecnologia, e estamos formando menos mulheres nesse campo. Isso não é bom para a sociedade, temos que mudar isso”, concluiu Melinda.

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