Terceira Guerra Mundial: como seriam as armas usadas em um futuro próximo?

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É claro que ninguém quer ver uma nova Guerra Mundial sendo deflagrada, mas os departamentos militares de vários países se preparam para não serem pegos de surpresa caso algo desse tipo aconteça em um futuro próximo. Com isso em mente, governos de algumas das maiores potências do mundo investem bilhões de dólares anuais no desenvolvimento de novas armas e veículos militares.

Mas como seriam essas armas e o que elas ofereceriam de diferente? Será que o poder de fogo é a única melhoria que seria vista? Hoje, vamos descobrir o que poderia ser utilizado pelas Forças Armadas de alguns países se uma Terceira Guerra Mundial fosse iniciada. Uma coisa é certa: você não vai querer estar por perto quando esses equipamentos começarem a ser usados para valer!

A evolução dos combates em solo

No início do século passado, a Primeira Guerra Mundial ficou marcada pelos combates em trincheiras. Nelas, os soldados eram obrigados a batalhar até terem suas forças esgotadas — não apenas com disparos de armas de fogo, mas também com alguns combates corporais. Ainda havia canhões e metralhadoras pesadas, mas é preciso ter em mente que elas eram muito mais rústicas do que se imagina.

É claro que a Guerra foi muito além disso, mas estamos apenas citando exemplos para mostrar a “evolução” dos combates, que já pôde ser vista algumas décadas depois, quando cegou a vez de a Segunda Guerra acontecer e levar os combatentes ao campo. Desta vez, os combates aconteciam de um modo um pouco mais parecido com o que estamos acostumados a imaginar de uma guerra.

Isso ocorre principalmente pela maior existência de combates em cidades — lembrando que durante a Primeira Guerra isso era bem raro. Havia mais presença de veículos blindados e armas de alto calibre, sendo que os soldados eram equipados com artilharias mais preparadas para as batalhas com alcance longo ou médio. Ou seja... menos baionetas e menos lutas.

E as outras guerras?

Esta guerra teve fim em 1945 e de lá para cá muita coisa mudou. Muitas outras guerras de menor abrangência foram realizadas ao redor do mundo e isso contribuiu para que a indústria bélica se desenvolvesse tanto. Ocupações do exército dos Estados Unidos no Oriente Médio, combates no período da Guerra Fria e diversos outros conflitos têm servido de laboratório militar.

Mais do que isso, as Forças Armadas mostram o poder de fogo em testes com danos controlados, avanços científicos e propaganda. Além da exibição frente aos adversários, isso também serve para deixar claro que estes países estão preparados para responder a invasões e outras ameaças à soberania. E com dois desses fatores — avanços científicos e propaganda — nós podemos prever como seria uma Grande Guerra nos próximos anos.

Soldados e suas armas programadas

Uma das grandes inovações apresentadas pelas Forças Armadas dos Estados Unidos nos últimos anos foi o XM25. Esse armamento é capaz de disparar 25 granadas de alto poder destrutivo e com um altíssimo grau de precisão — graças à facilidade com que os disparos podem ser programados. Ele já foi testado no Afeganistão e certamente seria utilizado em uma nova Guerra — com ainda mais recursos, logicamente.

XM25 lança-granadas do exército dos EUA

Na China, um rifle de assalto chamado ZH-05 também traz funcionalidades similares. Ele pode ser equipado com projéteis de fragmentação e explosivos de diversos tipos, podendo ainda ser usado como um equipamento de combate próximo — ou seja, sendo mesmo um rifle de assalto.

Voltando ao termo “disparos programados”, fica difícil imaginar armas de alto calibre que não tenham esse tipo de recurso. Apesar de fuzis e rifles ainda dependerem bastante da mira humana, estima-se que artilharias mais pesadas fiquem cada vez mais autônomas e dependentes apenas da programação, mas não da precisão dos soldados. Mas o que isso significa?

Em termos gerais, significa que os soldados precisam apenas informar aos computadores de controle quais são os alvos que desejam atingir, pois cálculos de distância, possíveis interferências e momento do disparo são feitos automaticamente — lembrando que isso é válido para veículos, bases e objetos, não soldados humanos. Os rifles, fuzis, pistolas e outras armas menores ficam mais restritos aos combates “homem a homem”.

O que há de novo nos blindados e canhões?

Como dissemos anteriormente, armamentos mais pesados já começam a ser equipados com recursos computadorizados para melhorar a precisão e ampliar o poder de fogo dos exércitos. Mas não é apenas na tecnologia de “miras” que os avanços podem ser percebidos. Há também novidades nos projéteis, mas a principal mesmo está nas formas como eles são disparados.

Por padrão, armas de fogo precisam de pólvora para que possam ser utilizadas, não é mesmo? Era, mas isso está mudando. O exército dos Estados Unidos está desenvolvendo um sistema chamado “DREAD Silent Weapon System”, que pode disparar até 120 mil projéteis por minuto sem fazer qualquer ruído ou sofrer com aquecimento. O motivo para isso está na troca da pólvora por eletricidade.

Este sistema é imaginado para blindados e outros veículos de combate, mas ainda está em fases iniciais de projeto. Não é possível imaginar quando será possível ver algo assim em funcionamento real — e nem mesmo se algum dia isso realmente poderá sair dos laboratórios —, mas há outro tipo de armamento que usa eletricidade e que está muito mais perto das ruas.

Canhões eletromagnéticos

Canhões de laser já passam por testes em alguns países, sendo bastante indicados para a desativação de equipamentos eletrônicos inimigos, por exemplo. Mas um dos grandes destaques da indústria bélica nos últimos anos fica por conta dos canhões eletromagnéticos, também conhecidos como “Railguns”. Nos Estados Unidos isso já é visto em testes reais, que mostram que o futuro está mais perto do que se imagina.

E quem também investe nesses tipos de tecnologia é a China. O gigantesco país da Ásia não poupa recursos para fazer com que seus exércitos fiquem preparados para qualquer ação inimiga. De acordo com o The Economist, a China estaria tentando produzir um canhão eletromagnético capaz de lançar projéteis em velocidades de 2,5 quilômetros por segundo.

Assim como nos outros exemplos citados anteriormente, os railguns não utilizam pólvora e podem ser muito mais silenciosos — facilitando a ação em incursões militares em que a furtividade é necessária. Também é importante deixar claro que canhões desse tipo são muito pesados e devem ser limitados à aplicação em grandes navios. Ou seja: nada de railguns nos tanques blindados.

Por ar e mar

Acabamos de falar sobre os canhões eletromagnéticos que podem ser instalados em navios, mas não são somente eles que farão as guerras do futuro. Neste artigo, mostramos as grandes possibilidades dos novos armamentos vistos nos navios de guerra da nova geração. Sensores avançados, canhões de longo alcance, sistemas de lançamento vertical de mísseis e metralhadoras pesadas já são uma realidade.

Tudo isso deve começar a ser visto em uma série de equipamentos bélicos, como o novo porta-aviões de US$ 13 bilhões da Marinha dos Estados Unidos e em uma série de outros navios de alta potência de guerra. Como você já deve estar imaginando, os dois países que mais dominam os avanços nesse campo são Estados Unidos e China.

E quando vamos para os ares, também há muita coisa mudando. Além dos aviões mais poderosos da atualidade, não podemos nos esquecer da importância dos drones. As aeronaves não tripuladas devem ser cada vez mais utilizadas em missões de reconhecimento e ataques a regiões remotas ou de alta periculosidade — sendo equipadas com os mais diversos tipos de armamentos.

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Vale ressaltar que estamos falando apenas sobre possibilidades remotas de uma guerra mundial. Por isso, fomos atrás de uma série de avanços científicos e bélicos que podem ser mostrados nos próximos anos, não levando em consideração situações políticas. Ou seja: não estamos falando de uma Terceira Guerra Mundial que realmente acontecerá em um futuro próximo.

É importante lembrar também que boa parte dos equipamentos citados aqui ainda vai demorar um bom tempo até que se torne estável o bastante para não colocar missões em risco. O desenvolvimento dessas máquinas de guerra exige muito investimento e testes muito complexos, mas é bem claro que a evolução está acontecendo. Só esperamos que não seja necessário vermos isso tudo em funcionamento real, não é mesmo?

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